Trabalho Esau e Jaco em relação a IED
Por: jlm1234 • 24/11/2015 • Abstract • 548 Palavras (3 Páginas) • 288 Visualizações
Faculdade Mineira de Direito – PUC Praça da Liberdade
Nome: Joana Lages Moreira
Turma: 1º Período – Sala 401
Matéria/Professor: Introdução ao Estudo de Direito – Lucas Gontijo
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ESAÚ E JACÓ – MACHADO DE ASSIS.
O livro Esaú e Jacó de Machado de Assis retrata o conflito de dois irmãos, Pedro e Paulo, duas personalidades opostas que representavam o cenário político da época: a transição entre Império e República. Os opostos dos irmãos era o país dividido entre os dois regimes de governo.
A personalidade das personagens era muito diferente, mas os dois eram tão parecidos na aparência que chegava a confundir Flora. Machado faz uma crítica com isso, pois tentou demonstrar que a população brasileira não conseguia diferenciar as duas formas de regime, pois elas possuíam discursos diferentes mas as práticas políticas eram bastante semelhantes. Até mesmo o nome das personagens é uma crítica de Machado: Pedro, que vem de São Pedro, se vincula ao conservadorismo, defende a monarquia e possui influências do imperador Luís XVI. Paulo, vem de São Paulo, é liberal, defende a república e se baseia em Robespierre. Até a profissão deles mostram essa diferença, médico e advogado, respectivamente.
A narrativa de Machado de Assis pode ser comparada com a peça Fausto, de Goethe, pois na peça de Goethe, Fausto é um homem dedicado ao estudo das ciências da natureza e tem como objetivo superar os conhecimentos de sua época. Nisso, faz um acordo com Mefistófeles e vende sua alma ao diabo. A ambição está presente em ambos os textos, pois o desejo pelo poder faz o doutor vender sua alma ao diabo na peça de Goethe, e os irmãos brigarem e separarem uma família por possuírem diretrizes diferentes e o desejo do controle político.
No livro Esaú e Jacó, o capítulo que compõe a assertiva proposta no trabalho é o LXXXI – Ai, duas almas pois se trata de uma discussão sobre a alma das personagens Pedro e Paulo e qual a visão deles sobre o bem e o mal. Goethe afirma que as pessoas possuem duas almas antagônicas e complementares dentro de si; Machado, por sua vez, acreditava na existência da alma exterior e interior, a qual se traduzia nos objetos, pessoas e tudo que pudesse ser considerado uma extensão do homem. Tanto Goethe como Machado acreditam que o mal é necessário para trazer o bem e o aprendizado.
O livro se relaciona muito com o cenário atual do Brasil, uma vez que a política se divide em dois lados: a esquerda (representada principalmente pelo Partido dos Trabalhadores) e a direita (representada principalmente pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Tal disputa ideológica permanece desde a briga pelo poder entre Império e República. Os discursos dos partidos são totalmente diferentes e um lado tenta culpar o outro de todas as dificuldades do país. Mas, o que as pessoas não percebem é que ambos tem as mesmas ações políticas e insistem em reforçar essa disputa.
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