Trabalho de Filosofia: “Introdução à história da filosofia (I) pg 80-89”
Por: Luan Henrique de Melo Vilaça Dornelas • 11/3/2016 • Trabalho acadêmico • 736 Palavras (3 Páginas) • 262 Visualizações
Trabalho de Filosofia: “Introdução à história da filosofia (I) pg 80-89” : CHAUI, M.
Grupo: Ane Laura R. Gouvea, Carlos N. Braga, Eduarda S. Theixeira, Izabella V. Sobrinho ,Luan Henrique de M. V. Dornelas.
Quando nos propomos analisar o pensamento de Heráclito, a partir do texto “Introdução à história da filosofia”, é possível agrupar o pensamento de Heráclito em cinco temas: “o mundo como devir eterno”, “ a luta dos contrários”, “a unidade da multiplicidade”, “o fogo primordial como phýsis”, “o conhecimento verdadeiro”. No primeiro trecho fica evidente que para Heráclito o mundo vive em constante mudança e o movimento, portanto é a realidade verdadeira, por isso a frase “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas e nós não somos nunca os mesmos.”. Diferente dos pré-socráticos, Heráclito acreditava que “a guerra é comunidade”, ou seja, a guerra permite que os lados opostos se juntem e formem a unidade de mundo. Quando se refere a “unidade na multiplicidade”, Heráclito critica o vulgo e o senso comum, o sentido de “tudo é um”, uma vez que defendia que as coisas poderiam existir sem seu oposto, separando sua multiplicidade, porém cada coisa nasce de seu contrário e são inseparáveis, a unidade primordial é múltipla. Ao se referir à phýsis Heráclito retoma a unidade dos contrários, o dia e a noite, a guerra e a paz são opostos que formam uma unidade, e de acordo com o filósofo é a phýsis de todas as coisas. Então, a partir dos contrários, nascem todas as coisas de modo harmônico, é possível perceber quando evidencia que ao mesmo tempo somos e não somos, porque ao sermos algo, precisamos deixar de ser outrem. Já no último trecho, ao aludir ao conhecimento e a sabedoria, diz que o homem pode procurar a sabedoria, mas a verdade plena pertence apenas à divindade, restando ao homem apenas procura-la e amá-la.
Tal como, o filósofo Heráclito cita o “mundo como devir eterno” referindo, que tudo e todos estão em constante mudança. A cada segundo tudo está transformando, os seres humanos estão envelhecendo, as árvores crescendo, a luz do dia está escurecendo... O mundo em cada milímetro de sua rotação está transformando sem cessar. Nada se mantém idêntico por mais que tenha essa ilusão. Por exemplo: Uma vela acesa, temos a impressão de que a chama esta estável, mas o que muda é a quantidade de cera da vela que está sendo consumida pela chama. Isto é, a cera está se tornando em chama, a chama em fumaça, e está chama consume a cera. Há um ciclo de mudança. “Tudo flui, tudo passa, tudo se move sem cessar.”
O autor leva a entender que tudo se transforma no seu contrário, todas as forças serão contrárias para que tenha equilíbrio. A combinação entre os opostos leva a harmonia. Exemplos simples e concretos disso são: a doença nos faz valorizar a saúde, assim como a morte nos faz dar valor a vida.
Se fizermos uma analogia do enunciado da questão com o pensamento de Heráclito, concluiremos que ele apresenta perfeita coerência. Como apresentado no texto, partimos da premissa de que "O um é múltiplo e o múltiplo é um", mas o que isso significa? Para ele, existe uma unidade primordial (a phýsis) que dá origem à multiplicidade das coisas, e que é múltipla, ou seja, "o um existe múltiplo, é múltiplo". Ao afirmar que "tudo é um" afirma-se que a multiplicidade é a unidade de todas as coisas. Além disso, temos a tese que nos mostra que os contrários são inseparáveis e nascem um do outro. Isso nos é exemplificado quando se apresenta os exemplos da noite, que traz em si o dia e o dia traz em si a noite, e em diversos outros contrários, como o frio e o quente, a saúde e a doença, a beleza e a feiura e a vida e a morte. Diremos assim, que a multiplicidade é a unidade, e a unidade a multiplicidade. Para uma sociedade tão mutável, que está em constante mudança, dividida em grupos e dotada de diversas características conflitantes, a realidade talvez seria outra. Mais cabível para tal sociedade, seria a "Unidade da Relatividade", pois nosso mundo atual é relativo, e cada local carrega em si uma realidade diferente, que é exclusiva daquele determinado local e que provém da cultura. Dessa forma, a unidade seria a relatividade, e a relatividade, a unidade.
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