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Utilitarismo: embasamentos e interpretações

Por:   •  3/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  199 Visualizações

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É possível, com base no livro ”Justiça”, de Michael Sandel, cotejar a abordagem utilitarista exposta com a questão dos fins expansivos utilitários, que dizem respeito à relação entre Estado e pessoas, individual ou socialmente.

Na obra do professor de Harvard, fica extrínseco o escrúpulo do bem geral como mais importante do que a qualidade de vida ou satisfação individual dos componentes de uma sociedade. A teoria usa como suposição o cenário em que o bem ou satisfação da maioria prevalece às conveniências singulares, tal como é perceptível no tópico “A cidade da felicidade”- remonta ao clássico conto de Ursula K. Le Guin, “The Ones Who Walked Away from Omelas”- onde o autor exemplifica a circunstância em que uma cidade perdura em perfeita harmonia, entretanto para que o bem geral seja alcançado é necessário que uma garota passe todos os dias de sua existência trancafiada em um quarto, lugar em que vive só e sofre constantemente. Esse trecho explicita a questão de que até qual ponto se pode chegar para haver a felicidade majoritária.

Bentham, ao sintetizar seus conhecimentos acerca do utilitarismo, alvitra dizendo, de certa forma, que a dignidade humana não é de suma importância na aplicação da tese, além de reduzir erroneamente tudo que convém à importância moral a uma escala simplificada de prazer ou dor.

John Stuart Mill segue por outro caminho, o discípulo de Bentham teoriza suas convicções assentado no ideal liberal, respeitando antes de tudo o interesse individual e defendendo o fato de que o governo não deve interferir no que o indivíduo comete contra si próprio, para Mill, desde que isso não acarrete problemas ao próximo, isso não deve ser regulado. O britânico também tem uma visão mais futurista em relação ao seu mestre, já que cria uma estimativa do quão prazeroso será determinada felicidade (atual) a longo prazo.

Embasado no que foi supracitado é possível correlacionar com a matéria abordada em sala de aula, onde foi exprimida a ideia de que, segundo Dallari, o Estado está confinado a buscar o maior bem para o maior número de indivíduos, no âmbito exclusivamente material. Essa teoria pode ter efeitos colaterais tal como o desprezo à dignidade humana e o acarretamento em sistemas totalitários (comunismo, nazi-fascismo).

Por fim, é possível asseverar que o utilitarismo, de modo geral, não se preocupa com a questão moral de sua prática e que é, de certa forma

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