Utilitarismo Stuart Mill
Seminário: Utilitarismo Stuart Mill. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: niniver • 17/11/2013 • Seminário • 1.415 Palavras (6 Páginas) • 939 Visualizações
O UTILITARISMO DE STUART MILL ( clica em cima do nome)
Texto 1
A doutrina que aceita como fundamento da moral a utilidade, ou o princípio da maior felicidade, defende que as acções são correctas na medida em que tendem a promover a felicidade [bem estar], e incorrectas na medida em que tendem a gerar o contrário da felicidade. Por felicidade entendemos o prazer, e a ausência de dor; por infelicidade, a dor, e a privação de prazer. Para dar uma perspectiva clara do padrão moral estabelecido pela teoria é preciso dizer muito mais; em particular, que coisas se inclui nas ideias de dor e prazer; e até que ponto isto é deixado como questão em aberto. Mas estas explicações suplementares não afectam a teoria da vida na qual esta teoria da moralidade se baseia nomeadamente, que o prazer, e a ausência de dor são as únicas coisas desejáveis como fins; e que todas as coisas desejáveis (…) são desejáveis ou pelo prazer inerente a si mesmas ou como meios para promoção do prazer e a prevenção da dor.
John Stuart Mill (2005) Utilitarismo. Trad.. Pedro Galvão. Porto Editora, p. 50-54
Texto 2
A felicidade que constitui o padrão utilitarista do que está correcto na conduta não é a própria felicidade do agente, mas a de todos os envolvidos. O utilitarismo exige que o agente seja tão estritamente imparcial entre a sua própria felicidade e a dos outros como um espectador desinteressado e benevolente.
(…) O motivo nada tem a ver com a moralidade da acção, embora tenha muito a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se afogar faz o que está moralmente correcto, quer o seu motivo seja o dever, ou a esperança de ser pago pelo seu incómodo; quem trai a confiança de um amigo, é culpado de um crime, ainda que o seu objectivo seja servir outro amigo para com o qual tem deveres ainda maiores.
John Stuart Mill (2005) Utilitarismo. Trad. Pedro Galvão. Porto Editora, p. 67-68
II. A DEONTOLOGIA DE I. KANT (clica em cima do nome)
Texto 1
(…) o valor moral da ação não reside, portanto, no efeito [consequência] que dela se espera. Por conseguinte, nada senão a representação da lei [moral] em si mesma, (…) enquanto é ela, e não o esperado efeito, que determina a vontade, pode constituir o bem excelente a que chamamos moral (…) Não pode residir em mais parte alguma senão no princípio da vontade [na intenção], abstraindo dos fins que possam ser realizados por tal vontade”.
Mas que lei pode ser então essa, (…) mesmo sem tomar em consideração o efeito que dela se espera, tem de determinar a vontade para que esta se possa chamar boa absolutamente e sem restrição? (…) devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal.
Kant, Fundamentação da metafísica dos costumes, Edições 70, p. 31-33
Texto 2.
Cada ação pode ser descrita como uma ação de um certo tipo. Se ajudas alguém, podes conceber o que fazes como um ato de caridade. Neste caso, ages segundo a máxima de que deves ajudar os outros. Mas tens outras alternativas: quando forneces a ajuda talvez estejas a pensar que essa é uma maneira de fazer o beneficiário sentir-se em dívida para contigo. Neste caso, a máxima da tua ação pode ser a de que deves fazer que os outros se sintam em dívida para contigo. Para saberes que valor moral tem a tua ação, vê que máxima te levou a fazer o que fizeste.
Não é difícil perceber por que razão precisamos de considerar os motivos do agente e não as consequências da ação. Kant descreve o caso de um comerciante que nunca engana os seus clientes. A razão é que ele receia que, se os enganasse, os seus clientes deixariam de comprar na sua loja. Kant diz que o comerciante faz o que está certo, embora não pela razão certa. Ele age de acordo com a moralidade, mas não devido à moralidade. Para descobrir o valor moral de uma ação, temos de ver por que razão o agente a realiza, o que as consequências não revelam.
Se o comerciante age aplicando a máxima "Sê sempre honesto", a sua acção tem valor moral. Todavia, se a sua ação é o resultado da máxima "Não enganes as pessoas se é provável que isso te cause prejuízos financeiros", ela é meramente prudencial, e não moral. O valor moral depende dos motivos e os motivos são dados pela máxima que o agente aplica ao decidir o que fazer.
Tradução de Faustino Vaz
Retirado do livro Core Questions in Philosophy, de Elliott Sober (Prentice Hall, 2008)
Stuart Mill (1806-1873)
A ética de Suart Mill é uma visão renovada e crítica da ética utilitarista de Jeremy Bentham (1748-1832), reflectindo também o ideário positivista de Auguste Comte (1798-1857) e a sua crença na ciência e no progresso da Humanidade.
A doutrina utilitária clássica, também denominada “utilitarismo dos atos”, tem por
base as doutrinas de Jeremy Bentham e
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