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A Analise do Crescimento Econômico de BH

Por:   •  18/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  971 Palavras (4 Páginas)  •  323 Visualizações

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UNIFERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL RE

Faculdade de Ciências Econômicas

Conceitos e Medidas de Desenvolvimento

Walisson José Soares Cardoso

Análise do crescimento econômico em Belo Horizonte (MG) 1991-2010

Este trabalho tem o intuito de investigar a pobreza na cidade de Belo Horizonte - MG. A partir das informações dos Censos Demográficos de 1991 e 2000, analisa-se a relação entre crescimento econômico e pobreza do ponto de vista do crescimento da renda per capita.

Tabela 1 - Pobreza e taxa de crescimento da renda per capita em Belo Horizonte - Minas Gerais – 1991 a 2000

Percentual de Pobres 1991

Percentual de Pobres 2010

Taxa de cres. Da renda per capita

18,0

6,2

86,6

Neta tabela 1, podemos observar a evolução da proporção de pobres entre 1991-2010, sendo que em incialmente o número de pobres na cidade era de aproximadamente 1/5 da população um número que pode ser considerado alto mesmo estando abaixo da média estadual e nacional. Ao final do período analisado chega a praticamente 1/3 deste valor. Ainda pode se observar um aumento considerável no nível de renda per capita do município.

Segundo Rocha, se tratando de pobreza, um índice que meça apenas a proporção de pobres em uma determinada população não é suficiente para entender sua intensidade. Para tal, iremos utilizar a razão de insuficiência de renda, que demonstra que quanto mais próximo da unidade, maior é a intensidade da pobreza.

Tabela 2 – Razão de insuficiência de renda em Belo Horizonte – MG

1991

2010

0,40

0,58

O que podemos observar na tabela 2, é que apesar da diminuição da proporção de pobres apresentada na tabela 1, a intensidade da pobreza cresceu. O que significa que o valor monetário necessário para colocar todos os pobres acima da linha de pobreza aumentou.

Ainda segundo Rocha, outro índice importante quando se fala de pobreza é o de Sen, onde ele observa a “fragilidade” nos dois apresentados anteriormente, mas vê também que ambos possuem qualidades complementares. Sendo assim, ele busca agrupa-los e ainda incorpora a desigualdade de distribuição de renda, através do índice de Gini. Com isso o resultado obtido varia de 0 a 1. Onde sendo 1, significa que todos possuem renda zero; sendo 0, todos estão acima da linha de pobreza.

A tabela 3, a seguir apresentará os resultados.

Tabela 3 – Índice de Sen para Belo Horizonte – MG

1991

2010

0,0081

0,0057

Como apresentado nos resultados a cidade de Belo Horizonte, apresenta um número relativamente baixo para o índice de Sen. O que indica que analisando a pobreza pela proporção de pobres, intensidade da pobreza e a distribuição de renda, a cidade apresenta um padrão de vida consideravelmente elevado. O que significa que apesar de apresentar um baixo índice de pobreza, os pobres estão muito abaixo deste padrão de vida.

Seguindo a afirmação anterior, vamos fazer análise de duas relações. Uma delas demonstra a relação entre a insuficiência de renda e a renda total da população. A outra, faz relação parecida, porém faz com a renda total dos pobres.

Tabela4 – Relação entre insuficiência de renda e a Renda em Belo Horizonte -MG

1991

2010

Rel. Insuf. De Renda e Renda Total da Pop.

1,3

0,3

Rel. Insuf. De Renda e Renda Total dos Pob.

68,9

140,0

Sendo assim, o que se observa é que em relação a renda total da população a insuficiência de renda dos pobres representa 1,3% e 0,3% para os períodos de 1991 e 2010, respectivamente. Em outras palavras seria necessário apenas uma porcentagem ínfima da renda total da polução para acabar com a pobreza. Já a partir da relação da insuficiência e a renda total dos pobres o que se pode observar é que em 1991, os pobres percebiam uma renda maior (31,1%) do que seria necessário para acabar com a pobreza, o que demonstra que a intensidade da pobreza era menor do que em 2010, onde se vê que a insuficiência de renda é maior (40%) do que a renda percebida por eles.

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