A Ascensão dos Estados Unidos como potência global começou com sua participação na primeira guerra mundial
Por: qqpeagui • 18/11/2017 • Projeto de pesquisa • 2.534 Palavras (11 Páginas) • 2.289 Visualizações
Participação Norte-Americana na 1º Guerra Mundial
A ascensão dos Estados Unidos como potência global começou com sua participação na primeira guerra mundial de onde emergiram como a nação mais próspera da terra.
Em uma posição de neutralidade, porém com laços históricos com Inglaterra e França os Estados Unidos lucraram muito vendendo armas, munição e alimento a esses dois países. Não eram só os comerciantes que ficavam ricos com essas vendas, os funcionários das fabricas ganhavam bônus generosos, além disso o governo norte americano precisava de uma vitoria dos aliados para garantir os 3 bilhões de dólares que financiavam a guerra. Para o presidente Woodrow Wilson um democrata que se opunha a guerra, a questão da neutralidade era um dilema, sua preocupação principal era fazer o que fosse mais honroso, sua simpatia natural era pelos aliados, mas só entraria na guerra se encontrasse argumentos morais, quando o presidente americano descobriu que a Alemanha planejava em segredo oferecer áreas dos Estados Unidos para o México caso fosse vitoriosa, os Estados Unidos decidiu entrar para guerra e a chamou de “guerra para acabar com todas as guerras”.
No verão de 1917 as tropas americanas rumaram para os campos de batalha europeus, em dois meses os Estados Unidos mandou dois milhões de soldados para ajudar os aliados e essa ajuda foi decisiva, já que pela primeira vez em quatro anos os soldados alemães bateram em retirada.
Em 11 de novembro de 1918 uma rendição deu fim a grande guerra, e no mundo inteiro se comemorou. O presidente Wilson viajou para França onde foi saudado como anjo da vingança. A investida dos americanos de última hora ajudou os aliados a vencer a guerra.
Ao voltar para casa Wilson pode notar que o animo dos seus contemporâneos havia mudado, muitos americanos, principalmente os republicanos que então controlavam o senado não queriam continuar envolvidos com os assuntos europeus. A derrota democrata nas eleições presidenciais em 1920 marcou o fim de Wilson e sua busca pela paz mundial.
Estados Unidos: Um gigante pós-guerra
O fim da primeira guerra mundial fez com que os Estados Unidos emergisse como a maior potência mundial, embora assim que a guerra teve fim causou uma pequena queda na economia norte-americana, mas logo o crescimento é retomado quando França, Inglaterra e posteriormente a Alemanha passam a saldar suas dividas com os EUA. A nova década que prometia tanto começou com uma nobre experiência, a lei seca, fabricar, transportar ou vender bebidas alcoólicas foi proibido no país, mas comprar ou consumir não. Por todo território americano milhares de litros de bebida foram jogados fora, pela primeira vez na historia uma nação ocidental votou a favor da lei seca, uma lei que se mostrou impossível de ser aplicada. Warren G. Harding, o novo presidente republicano teve uma vitória esmagadora, sua política refletia os interesses da população na época, principalmente seu desejo por diminuir os impostos de pessoas e empresas. Os meses finais de seu mandato foram marcados por especulações de corrupção em seu gabinete, ele morreu de um ataque cardíaco em agosto de 1923, ainda ocupando o cargo. Contra seu sucessor Calvin Coolidge nunca seriam levantadas suspeitas de corrupção, ele era um republicano devoto, cujo slogan era “o principal negócio dos Estados Unidos são os negócios”, ele era contra qualquer tipo de regulamentação e defendia o livre comercio e a livre iniciativa, Coolidge também era presbiteriano praticante e acreditava que até Deus era capitalista e que trabalhar em fábricas era uma forma de adoração. Contudo, ao entrar na casa branca se mostrou ser um puritano muito flexível. Coolidge presidiu no momento de maior prosperidade da história de todas as nações, esse período ficou conhecido como “Big Bussines”. Em meados dos anos vinte até o velho oeste havia sido posto a serviço do enorme surto de energia industrial e engenharia que estava transformando os Estados Unidos, os grandes espaços abertos ricos em recursos minerais agora estavam sendo exploradas, as cidades se tornaram movimentados centros comerciais, embarcações de estrangeiros traziam mão de obra barata para o país que era agora o mais rico do mundo, com os juros os empréstimos feitos aos aliados chegaram a 12 bilhões de dólares, quase todas as nações ocidentais deviam dinheiro aos Estados Unidos. Os EUA se tornou o maior credor do mundo, o país representava mais de 42% da produção industrial mundial, enquanto França, Alemanha e Inglaterra juntas representavam 28%.
A importância de Henry Ford
Os Estados Unidos havia se tornado uma enorme potencia industrial, o maior de todos os empresários era o engenheiro Henry Ford que desenvolvia motores desde a década de 1880, ele previa que um dia todas as famílias teriam um automóvel, o sonho se tornou realidade quando Ford inventou a linha de produção em massa que aumentava a quantidade produzida e diminuía o preço. Quando Ford apresentou o sistema pela primeira vez em 1913 um carro demorava doze horas e meia para ficar pronto, ao final dos anos vinte uma unidade do Ford T saia da fabrica a cada 24 segundos. A linha de montagem de Ford fez os Estados Unidos andarem mais rápido, o Ford T mudou a vida da população e mudou o próprio Estados Unidos e graças a outra invenção americana, o pagamento em parcelas, a maioria das famílias poderia ter um, em 1924 10 milhões haviam sido vendidos, não era duvida de que a industria automobilística estava causando um enorme impacto na economia norte americana, essa venda astronômica de veículos inspirou o mais veloz surto de construção de estradas da história, em uma década estradas de terra foram substituídas por estradas de asfalta cruzando todo o Estados Unidos, surgiram postos de gasolina aos milhares e a sede por gasolina levou a industria petrolífera a lucros extraordinários, a industria automobilística usava 96% do petróleo do pais, 80% da borracha e 20% do aço. Em 1928 havia nove automóveis para cada dez famílias, a produção em massa acelerou a fabricação e cortou os custos, Henry Ford classificou a nova técnica como “messias dos negócios”. O salário de toda a classe trabalhadora aumentava e com os impostos mais baixos as famílias americanas tinham maior poder de compra.
Henry Ford conheceu o aumento da concorrência com a chegada da General Motors e a Chrysler, e embora tivesse vendido 500 milhões de modelos T as vendas estavam caindo em 1927 e carro agora parecia antiquado e só haviam modelos pretos, mas logo as ruas foram invadidas por um novo automóvel, Henry Ford abalou a concorrência com uma versão renovado do amado Ford
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