A ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL
Por: debora.paulah • 30/9/2021 • Trabalho acadêmico • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 227 Visualizações
QUINTA PARTE – ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL (SÉCULO XX)
XXX – A Crise da Economia Cafeeira
• Situação excepcionalmente favorável à expansão da cultura do café:
o Oferta não-brasileira atravessou uma etapa de dificuldades;
o O problema da imigração passou às mãos dos Estados;
o O efeito estimulante da grande inflação de crédito nesse período.
• Crescimento da oferta de café – disponibilidade de mão-de-obra e terras subocupadas
• A partir da crise de 1893, começaram a declinar os preços no mercado mundial – impraticável apelar para o mecanismo cambial
• Política de valorização do café:
o Com o fim de reestabelecer o equilíbrio entre oferta e procura do café, o governo interviria no mercado para comprar os excedentes;
o O financiamento dessas compras se faria com empréstimos estrangeiros;
o O serviço desses empréstimos seria coberto com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada;
o A fim de solucionar o problema a mais longo prazo, os governos dos Estados produtores deveriam desencorajar a expansão das plantações.
• Defesa do preços – vantagem relativa aumentava – lucros elevados – inversões na própria cultura do café
• Procura – contraía pouco nas depressões, também pouco se expandia nas etapas de grande prosperidade
• Desequilíbrio estrutural entre a oferta e procura
• Erro básico de toda essa política – não se ter em conta as características próprias de atividade econômica de natureza tipicamente colonial
o * Equilíbrio entre a oferta e procura:
Procura: se atingia a saturação do mercado
Oferta: se ocupavam todos os fatores de produção
= Produtos coloniais: tendência, a longo prazo, à baixa de seus preços
• Aumento brusco e amplo da renda monetária dos grupos que derivavam suas receitas da exportação – provocavam pressão inflacionária – rápido crescimento das importações – baixa elasticidade da oferta interna
XXXI- Os Mecanismos de Defesa e a Crise de 1929
• Acelerada queda do preço internacional do café a partir de 1929:
o Grande acumulação de estoques de 1929;
o Rápida liquidação das reservas metálicas brasileira;
o Precárias perspectivas de financiamento das grandes safras previstas para o futuro
• Acumularam-se os efeitos de duas crises – uma do lado da procura e outra do lado da oferta
• Organizações intermediárias no comércio do café – em situação favorável ao perceberem a debilidade da posição da oferta
• Queda do valor externo da moeda – grosso das perdas poderia ser transferido para o conjunto da coletividade através da alta dos preços das importações
• Financiamento da retenção de estoques – expansão de crédito
• Destruição dos excedentes – equilíbrio entre a oferta e a procura a nível mais elevado de preços
• Preço do café – condicionado pelos fatores do lado da oferta
• Consequências da política de retenção e destruição de parte da produção cafeeira – ao evitar-se uma contração na renda monetária do setor exportador reduziam-se os efeitos do multiplicador de desemprego sobre os demais setores da economia
• Política de defesa do setor cafeeiro – verdadeiro programa de fomento da renda nacional
• Recuperação da economia brasileira a partir de 1933 – não se deve a nenhum fator externo e sim à política de fomento e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros
XXXII- Deslocamento do Centro Dinâmico
• Efeito Multiplicador da Política de Defesa do Café – Desequilíbrio Externo (as partidas rígidas da balança de pagamentos constituíram agora, com baixas de preços, uma carga muito maior, e a fuga de capitais agravava a situação cambial).
• Correção do Desequilíbrio – Forte baixa no poder aquisitivo externo da moeda
• Contração da procura de mercadorias importadas
• Maior firmeza da procura interna – Setor que produzia para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador
• Fator dinâmico principal – mercado interno
• Primeira fase da expansão da produção – Aproveitamento mais intenso da capacidade já instalada (1º Fator)
• Aquisição de equipamentos de segunda mão, no exterior, a preços muitos baixos.(2º Fator)
• Instalação de uma indústria de bens de capital – Crescimento da procura de bens de capital e forte elevação dos preços de importação desses bens.
• Decisão de continuar financiando sem recursos externos a acumulação de estoques de café:
o Mantinha-se a procura monetária relativamente a alta no setor exportador;
o Encarecimento brusco das importações
o Capacidade ociosa em algumas das indústrias que trabalhavam para o mercado interno
o Existia um pequeno núcleo de industrias de bens de capital
= Rápida ascensão de produção industrial (fator dinâmico principal)
• Produtores internos x Importadores – perda do mecanismo cambial (para os cafeicultores)
o Instrumento de grande importância para o sistema
XXXIII – O DESEQUILÍBRIO EXTERNO E A SUA PROPAGAÇÃO
• Acumulações sucessivas de saldos positivos na balança de pagamentos – desvalorização da taxa
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