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A ECONOMIA MONETARIA

Por:   •  19/8/2021  •  Resenha  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  132 Visualizações

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Universidade federal Rural do Rio de Janeiro

Resenha 1 de economia monetária

Professora: Elena Soihet
Aluna: Rhaiany Silveira

A maneira influente e necessária que a moeda se apresenta no nosso cotidiano torna a difícil pensar que um dia, atividades econômicas eram realizadas com sua ausência. A moeda como unidade monetária tem um papel essencial nas nossas relações há muito tempo, porém, mesmo sem sua atuação, povos primitivos faziam negociações econômicas através de trocas diretas denominadas escambo. As necessidades de consumo dos grupos primitivos limitavam-se basicamente à sobrevivência do grupo. Utilizavam bens relacionados à proteção (animais, clima e tempo), alimentação (caça, pesca e frutas). Por isso, a falta de determinados recursos resultaria na extinção do grupo.
A partir das necessidades de cada grupo apresentadas, observaram determinado grupo possuía uma quantidade significativa de um produto essencial e outro grupo também detinha uma quantidade de outro produto essencial, como por exemplo: o grupo X possuía excedentes de lã e o grupo Y, excedente de cereais para consumo, a necessidade do grupo X por cereais do grupo Y por lã, tornou interessante, para ambos os grupos, a troca. A partir daí surgiram as trocas, que resultaram em escambo e iniciaram o relacionamento econômico.
Esse relacionamento econômico rudimentar fora modificado após a primeira revolução agrícola, que mudou intensamente as formas como os grupos se relaciona. Alguns grupos primitivos começaram a organizar e a desenvolver em determinadas regiões, a agricultura (cultivo de plantas) e a pecuária (criação e domesticação de animais). Com isso, o nomadismo, que caracteriza o deslocamento constante devido a escassez dos recursos de determinada região, foi se tornando cada vez menos frequente e com o passar dos anos, a produção se diversificou e a criação de ferramentas de trabalho aumentou ainda mais a produtividade, além de provocar mudanças essenciais para a criação de moeda na economia.
Com toda essa mudança tanto na produtividade quanto nas relações econômicas, fez-se necessária a divisão do trabalho em funções, para que pudessem otimizar tempo e recursos, aumentando ainda mais a produtividade. Como no exemplo: os guerreiros (protegem o grupo de outros grupos que tentem se apropriar da área cultivada), agricultores (responsáveis pela plantação), pastores (domesticavam animais), artesãos (produção de objetos e utensílios domésticos) e sacerdotes (conduziam o grupo espiritualmente). Após constantes mudanças e avanços que as trocas proporcionaram, o escambo, que já era fundamental, foi gradativamente dando lugar a processos indiretos de pagamento.

A partir disso, a origem da moeda se estabeleceu no recebimento de produtos nas transações econômicas como forma de pagamento. Por isso, podemos definir “moeda” como medida de valor que fa o intermédio das trocas e que tenha aceitação geral, pois para se tornar um ativo monetário em uma determinada sociedade, o produto precisa ser aceito pelo grupo de indivíduos como forma de pagamento.

A moeda assume não apenas faz a intermediação da troca, mas sim algumas outras funções como: a moeda como medida de valor, como reserva de valor, como poder liberatório, moeda como padrão de pagamentos deferidos e moeda como instrumento de poder. A moeda como intermediária de troca, funciona como um pagamento indireto nas transações econômicas.
O uso contínuo da moeda fez surgir uma unidade de medida padrão, onde os valores de todos os produtos são convertidos, criando assim a moeda como medida de valor. A função da moeda como reserva de valor, onde há a possibilidade de guardar riqueza, não necessariamente é exercida pela moeda, podendo ser exercida por outras formas monetárias, como por ativos financeiros e ativos não financeiros. A função da moeda como padrão de pagamentos deferidos é de suma importância para o desempenho econômico, uma vez que viabiliza fluxos de renda e de produção. A função da moeda como instrumento de poder serve como instrumento de poder econômico, político e social para os que a manuseiam.  

Adam Smith desvendou algumas funções essenciais para a moeda: a indestrutibilidade, a homogeneidade e a divisibilidade, a transferibilidade e a facilidade de transporte e manuseio. Para que a moeda possa seguir com suas funções, essas características citadas por Smith são indispensáveis.

 A indestrutibilidade da moeda faz alusão a sua durabilidade, já que esta não pode se deteriorar à medida que os agentes econômicos à manuseiam nas transações econômicas, por isso, cédulas devem ser impressas em papéis de boa qualidade, para evitar o desgaste e criar obstáculos à falsificação. Para serem homogêneas, duas unidades monetárias diferentes que possuam o mesmo valor, para exercer funções essenciais, devem ser idênticas, para evitar transtornos entre compradores e vendedores. A terceira característica essencial é a divisibilidade, a moeda deve obrigatoriamente possuir múltiplos e submúltiplos em quantidade e em variedade, para que possam ser realizadas com facilidade tanto transações de grande porte, quanto transações de pequeno porte. A facilidade com que se deve acontecer sua transferência de um possuidor para outro, deve ser rápida, segura e de modo que não fique com características de seu atual ou anterior possuidor. A fácil transferência, sem dúvidas, é uma das principais características da moeda, assim como o manuseio e o transporte, no qual não pode prejudicar ou danificar a moeda em seus processos. Precisa ser feito de maneira segura.

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