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A Economia Brasileira

Por:   •  15/3/2021  •  Exam  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  257 Visualizações

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1. Porque os elaboradores do Plano Real entendiam que era primordial que a primeira etapa do mesmo consistisse de um ajuste fiscal?

Um dos principais motivos para que o ajuste fiscal fosse a primeira etapa do plano junto a desindexação foi por causa do chamado Efeito Tanzi às avessas. Que basicamente era uma forma que o governo utilizava a inflação a seu favor, ou seja o orçamento era aprovado um ou dois meses antes de forma que quando o orçamento fosse liberado seu valor fosse maior por causa da inflação, porém seu valor real permaneceria o mesmo o que fazia com que não houvesse um déficit por causa da inflação. Dessa forma, com a inflação controlada surgia um déficit potencial.

2. Considerando as funções básicas da moeda, a Unidade Real de Valor (URV) desempenhava apenas o papel de unidade de conta, não realizando as funções de meio de troca nem de reserva de valor. Explique porque isso acontecia.

Ela servia como uma forma de indexação para a moeda brasileira, ou seja, seu valor tinha paridade com o dólar e os cruzeiros reais eram expressos em URV. Dessa forma, o salários passaram a ser pagos em URV e apenas convertidos para cruzeiros reais a mesma coisa aconteceu com os aluguéis e com os preços dos produtos, o banco central publicava todos os dias quanto um URV correspondia em termos de cruzeiro real e dessa forma os preços foram aos pouco sendo substituídos apenas pela URV pelo fato de possuírem menos variação até que foi estabelecido o real como moeda. O URV serviu como uma espécie de moeda de transição até ser estabelecido o real que continuo com a mesma paridade com o dólar de R$ 1,00 = $1,00.

3. Entre 1994 e 1999 houve importantes mudanças no regime cambial do Brasil. Quais foram essas mudanças? Como os diferentes regimes cambiais do período se associam à chamada “âncora cambial”?

O primeiro período de regime cambial foi o de câmbio fixo que consistia em ter um paridade entre o real e o dólar, dessa forma o real poderia variar apenas abaixo de um dólar chegando ao máximo a se igualar. Essa era uma medida muito importante para o controle da inflação, porém muito custosa para o Banco central, dessa forma houve a mudança para a bandas cambiais que estabeleciam um limite que o dólar poderia variar sem que o governo intervisse para a alteração de seu valor. E por último, já no último governo do FHC foi alterado para o regime de câmbio livre, ou câmbio sujo que é quando o governo não interfere no valor do câmbio deixando-o variar livremente apenas interferindo quando há alterações bruscas.

Os dois primeiros câmbio tinham como objetivo fazer a âncora cambial, ou seja deixar a moeda atrelada ao dólar de forma que a concorrência estrangeira pudesse entrar no Brasil a preços competitivos e assim diminuir os preços dos produtos internos e do produtos externos diminuindo a inflação.

4. Durante o primeiro governo FHC, diferentes crises em outros países geram impactos na economia brasileira. Quais foram essas crises, e quais seus reflexos macroeconômicos no Brasil?

A primeira grande crise que afetou o Brasil foi a crise do México (1994) que foi seguida da crise dos países asiáticos (1997) e da crise Russa (1998). Basicamente todas tiveram o mesmo efeito para a economia brasileira, quando um país em desenvolvimento tinha uma crise fiscal em que o país não tinha reservas para honrar suas dívidas, isso ameaçava os países de que aquele país ia dar calote da sua dívida pública de forma que os investidores externos em geral tiravam seu dinheiro que estava naquele país, o Brasil por apresentar uma economia parecida e problemas parecidos acabava sendo visto como um risco e tendo fuga de capital estrangeiro também. Essa fuga de capital estrangeiro diminuía as reservas brasileiras o que ameaçava a política de âncora cambial que por sua vez ameaçava a volta da inflação, para contornar esse problema foi aumentado os juros que voltou a atrair o capital estrangeiro, essa política funcionou até a crise russa, após a crise russa mesmo com o aumento da taxa de juros o capital estrangeiro não voltou a subir tendo assim que acabar com a política de âncora cambial.

5. Explique porque, ao longo do primeiro governo FHC, a “âncora cambial” perdeu importância, enquanto a “âncora dos juros” se tornou mais relevante, e porque a combinação desta segunda âncora com os déficits fiscais de então consistia num problema.

Com as crises nos países

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