A Economia e Mercado
Por: anac7539 • 23/4/2018 • Trabalho acadêmico • 936 Palavras (4 Páginas) • 225 Visualizações
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4. ECONOMIA E MERCADO
- 4.1 O termo crise possui uma definição abrangente. Pode designar uma situação aflitiva, anormal e grave, como também uma conjuntura perigosa. Observando essas definições, é possível dizer que a situação atual da economia brasileira se enquadra nesses significados. Até meados dos anos 2000, o Brasil vivia um processo de expansão, com o mercado interno valorizado e exportações em alta, a crise econômica de 2008 foi a responsável por um grande recuo nas atividades econômicas mundiais. Como indicador das atividades industriais. Tomando como base o índice PMI, no final de 2008 depois de uma queda vertiginosa esse índice mostrava 36,4 em dezembro de 2008.16 essa desaceleração econômica mundial prejudicou a atividade industrial em diversos países que eram os maiores importadores dos minérios da Vale como a China por exemplo que, como visto anteriormente era sozinha responsável pela compra da maior parte da produção transoceânica da Vale. A indústria de mineração é responsável pelo fornecimento de matéria prima para as atividades industriais globais. Sendo atividade industrial global o componente mais cíclico e volátil da econômica, ela acaba transmitindo essa volatilidade à demanda por minerais. Por outro lado, os investimentos necessários para a manutenção e expansão das atividades de mineração e reposição de reservas não podem responder tão rapidamente quanto à variação da demanda, causando às grandes mineradoras um tempo de resposta grande às variações na demanda global.
- 4.2 A Companhia possui um dos mais baixos custos de produção de minério de ferro e Pelotas. A Companhia acredita que é capaz de manter-se competitiva no mercado em que atua por obter custos de produção mais baixos do que dos concorrentes. O custo de produção de minério de ferro engloba custo de mineração, beneficiamento e logística. A CVRD produz minério de ferro com níveis baixos de impurezas e outras propriedades, o que lhe permite originar o produto final pretendido de maneira mais eficiente e econômica, dado que, em razão da qualidade de seu minério, os custos de processamento são geralmente mais baixos. As informações de mercado e sobre a posição competitiva da Companhia no setor de atuação apresentadas ao longo deste Prospecto, incluindo estimativas de mercado, foram obtidas por meio de pesquisas internas, pesquisas de mercado, informações públicas e publicações do setor. A Companhia faz tais declarações com base em informações obtidas de fontes que considera confiáveis, tais como o IBGE, o Ministério dos Transportes, o DNPM, dentre outras. Embora a Companhia não tenha motivos para achar que tais informações não são corretas em seus aspectos materiais, tais informações não foram verificadas de forma independente pela Companhia. As informações apresentadas não contemplam a aquisição da Inco pela Companhia, ocorrida no quarto trimestre de 2006.
- 4.3 atualmente, a mineração é uma das principais atividades econômicas do nosso pais, no entanto, para que o setor atingisse a importância que tem atualmente, foi preciso percorrer um longo caminho, além da empresa Vale ser nosso principal negócio, a mineração no Brasil tem uma história muito rica. O panorama da mineração no Brasil mudou a partir do século XX, principalmente entre as décadas de 1930 e 1980. Naquela época, a mineração foi desenvolvida a partir de uma política governamental, baseada principalmente em subsídios, ou seja, incentivos financeiros diretos do governo ao setor. Isso serviu para criar a base de uma economia industrial, mas por outro lado, surtiu alguns efeitos negativos sobre a eficiência e o crescimento da mineração. Apesar do surgimento de tecnologias mais potentes no plano internacional, por exemplo, apenas uma pequena parte do imenso potencial mineral do Brasil foi identificado. Para se ter uma ideia, a contribuição da mineração para a produção total e PIB do país, que era de 0,4% em 1950, subiu para cerca de 1,0% em 1980, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração. A efetiva produção de minério de ferro de Carajás pela Vale, a partir de 1984, entre outros fatores, iria contribuir nos anos seguintes para mudar esse cenário. A Vale apontou a crise política e econômica do Brasil como um dos fatores de risco para a mineradora, outro fato que atua como fator negativo, alinhado a crise política, foi o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro (Fundão) no Estado de Minas Gerais - Brasil, que era operado pela empresa ligada Samarco, o que gerou mortes, afetou comunidades e ecossistemas, incluindo o Rio Doce. Como consequência do rompimento da barragem, o Governo de Minas Gerais determinou a suspensão das operações da Samarco. Como consequência do rompimento da barragem, a Samarco incorreu em despesas, baixa de ativos e reconheceu provisões para remediação que afetou seu balanço patrimonial e demonstração de resultado. De forma geral, a liquidez da companhia é considerada insatisfatória e registra uma forte redução nos últimos anos. No ano de 2015, por exemplo a liquidez geral atingiu o nível de apenas 0,49x, prejudicado principalmente pela alta alavancagem da dívida bancária nos últimos 3 anos. Inclusive, com o alto aumento das obrigações no curto prazo, a capacidade para cumprir com as obrigações no curto prazo também foi afetada e reduziu de 2,25x em 2013 para apenas 1,09x em 2015. Ou seja, para cada 1 real de obrigação no curto prazo, a companhia possui 1,09 de ativos para cobrir. Em função da crise política, bem como com o desastre ambiental da empresa ligada Samarco, a Vale S.A registrou um prejuízo histórico em 2015 de aproximadamente BRL 46 milhões. Consequentemente, o Patrimônio Líquido da companhia foi diretamente afetado pelo resultado negativo e a solvência da companhia reduziu de 52% em 2013 para 40% em 2015. Historicamente as margens operacionais da empresa são baixas, entretanto, devido ao prejuízo, a margem líquida foi de apenas -54%.
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