A Educação Financeira
Por: GeovannaFeliix • 11/9/2015 • Relatório de pesquisa • 1.348 Palavras (6 Páginas) • 507 Visualizações
2.2 A relação entre os alunos do ensino fundamental e a educação econômica
A Educação Financeira é um tema pouco discutido e estudado no Brasil, diferentemente de países de primeiro mundo, que sempre discutiram sobre esta temática, e trabalham com ela desde a infância com seu povo. A partir e muitas pesquisas, podemos constatar que a uma carência de trabalhos e estudos sobre essa temática.
Essa carência que se tornou uma dificuldade para o nosso trabalho, é comprovada por Saito (2007), ao dizer: “... não há especificamente trabalhos sobre a implantação da Educação em Finanças Pessoais nos currículos nacionais” (SAITO, 2007, p. 7). Segundo o mesmo, grande maioria dos trabalhos no Brasil relacionados ao tema está voltado para a discussão da gestão do patrimônio, havendo necessidade de uma análise do ponto de vista de educadores.
Muniz Jr. (2010) sita no seu trabalho o projeto de Lei nº 3401, de 2004, no qual propõe a criação de uma disciplina de educação financeira no currículo escolar das quatro ultimas séries do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Isso já representa um avanço em nosso país, por ter reconhecido a necessidade e importância da Educação Financeira nas escolas.
A educação econômica necessita ser inserida no currículo escolar do ensino fundamental brasileiro, pois toda criança necessita ter acesso a noções de poupança, investimentos, consumismo, financiamento de bens de consumo. A importância da discussão de uma proposta de Educação Financeira no Brasil, é indiscutível. Encontramos um documento que apresenta a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).
No tal documento, tem-se a definição de Educação Financeira dada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esta é a definição adotada pelo Brasil, sendo apresentada nos seguintes termos:
(...) educação financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e dos riscos nele envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consciente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro (BRASIL, 2011b, p. 57-58).
Desenvolvida por representantes do governo a Estratégia Nacional de Educação Financeira, teve como iniciativa privada e da sociedade civil. Assim, em 2007, com a inteção de melhorar a Educação Financeira da população brasileira, o Coremec (Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros de Previdência e Capitalização) visando ao desenvolvimento de uma proposta nacional de educação financeira constituiu o Grupo de Trabalho (GT).
A Educação Financeira é atualmente um tema com crescentes números de livros no mercado, para que assim possam alertar as pessoas sobre uma gestão financeira saudável. Os autores de livros como esses questionam e criticam a ausência de uma proposta de Educação Financeira no sistema de ensino brasileiro.
. Em 2003 Gustavo Petrasunas Cerbasi, consultor financeiro publicou uma obra intitulada, Dinheiro: os segredos de quem tem; e, logo no ano seguinte (2004), outra denominada, Casais inteligentes enriquecem juntos. Gustavo Petrasunas Cerbasi fala que a ideia de escrever suas obras surgiram a partir “da dor de ver tanta gente perder rios de dinheiro sem se dar conta” (CERBASI, 2003, p. 12). Mostra a sua decepção com a ausência de uma proposta de Educação Financeira no Brasil ao dizer:
Na verdade, sou inconformado com o fato de não existir obrigatoriamente a disciplina de Educação Financeira no ensino médio das escolas brasileiras. Afinal, a falta de poupança é a origem de muitos problemas nacionais, assim como a falta de crédito e os juros elevados (CERBASI, 2004, p. 91).
Cerbasi (2004) enxerga a necessidade da inserção da Educação Financeira no sistema de ensino de nosso país. Contudo, esta proposta pode ser ampliada, não somente no Ensino médio, como ele sita no livro, mas também e com maior prioridade no Ensino Fundamental. Pois sabendo que quanto mais cedo ocorrer a absorção conhecimento sobre o assunto, mais fixado será, pois crianças guardam com maior fixação oque aprendem no inicio da escolaridade.
Há também o livro publicado por Neale S. Godfrey (2007) com o titulo: Dinheiro não dá em árvore: um guia para os pais criarem filhos financeiramente responsáveis. Nesta obra, a autora apresenta diversas sugestões de como os pais podem orientar os filhos na gerência financeira. Neale S. Godfrey (2007). Ela é especialista no mercado financeiro e alertar que:
Escolas e empresas estão apenas começando a perceber que a educação financeira é importante – e que é necessário começá-la desde cedo. No entanto, ainda pertencemos a uma cultura insipiente demais em finanças. Nosso débito nacional sobe às alturas, bem como nosso débito pessoal. A falência tem se tornado um problema nacional. Débitos com cartão de crédito se alastram. E as nossas crianças não sabem o suficiente sobre dinheiro (GODFREY, 2007, p. 10-11).
Godfrey (2007) diz que a educação financeira pode ser algo divertido de acordo com a idade dos filhos, por isso quanto mais cedo for explicado a criança, melhor será. Ela diz que os pais devem sempre se questionar: “O que devo dizer ao meu filho sobre finanças que eu gostaria que alguém tivesse me dito quando eu tinha a idade dele?” (GODFREY, 2007, p. 170). Assim, percebe-se que a autora acredita que a Educação Financeira não deve ser um tema passageiro, mas sim um processo de aprendizagem que acompanha a idade dos filhos.
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