A Função Econômica da Cidade

Atividade três – A função econômica

A cidade surgiu como uma forma diferente de organização, primeiramente como parte do feudo, chamada de sistema feudoburguês por José Luis Romero, mas nada funcionaria até a Revolução Industrial, por causa do modo de produção senhorial, que concedia benefícios aos burgueses.  Apesar de limitações, os senhores conservavam uma posição proeminente nas cidades, e os burgueses eram burgueses deles, e tinham o direito de serem julgados por escabinos em qualquer esfera. Os burgueses procuravam muito servir aos cônegos, pois lhes eram concedidos isenções fiscais, eles ajudavam o cônego na administração dos bens, a cuidar dos excedentes e da aplicação do dinheiro, a burguesia cresceu bastante em Chartres por intermediar os negócios dos poderosos e do mundo em evolução.

Nesta origem das cidades, o comércio e o artesanato se tornam inseparáveis e se desenvolvem ainda mais, os artesãos se transformaram em comerciantes de tempo parcial e por algumas vezes eram empresário-mercador ou empresário-artesão. Os produtos de certas cidades, como o vinho, o couro, chegam até o Oriente no fim do século XII. Marselha por exemplo beneficiou-se de seu porto.

Três tipos de negociantes são citados por Fournial em Forez no século XIII, em ordem crescente: os artesão-lojistas, os mercadores (que secundariamente praticavam a usura), e os banqueiros. Quando a ascensão das feiras havia feiras locais e também internacionais, eram realizadas em dias de festa. Antes de tudo, as feiras são fenômenos urbanos, todos os produtos ali fabricados ou financeiramente controlados pela cidade, pertencem a cidade e não poderiam existir fora dela. A cidade é um centro de consumo, o fator que mais a distingue do mundo rural, entre seus habitantes há um grande número de não-produtores. Sombart define que é cidade qualquer aglomeração de pessoas que dependem dos produtos da agricultura exterior para sua subsistência. O grande consumo da economia urbana é o de carne e o de vinho.

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