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A. SMITH e D. RICARDO

Por:   •  15/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.890 Palavras (8 Páginas)  •  383 Visualizações

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Adam Smith desenvolve suas ideias primitivas acerca da teoria do capital, em decorrência do problema da taxa de lucros até então desconhecida, como relação social e distinguindo a taxa de lucros como rendimentos originários do capital, separando em por agentes econômicos capitalistas, trabalhadores e proprietários fundiários, e seus fluxos de rendimentos lucros, salários e renda da terra. Segundo Coutinho (1993, p.122 - 123)

De outro lado, Smith individualizou o capital como relação social constitutiva da moderna sociabilidade e distinguiu a taxa de lucro – rendimento originário do capital - dos juros – rendimento do capital sob a forma monetária. Afastou-se nesse ponto, da problemática mercantilista, detectando claramente a existência de uma categoria genérica (o capital em geral) à qual o capital soba forma de dinheiro se subordinava.

O capital é fruto do trabalho realizado pelo trabalhador, parte desse capital fica com o proprietário da terra, a outra parte é revestida em forma de salário ao trabalhador, gerando assim o lucro para o capitalista. Essa acumulação de capital eleva a demanda de trabalho que aumenta os salários, essa acumulação faz com que lucros e salários possam crescer mesmo em proporções diferentes graças ao acumulo do capital, mesmo que a classe operaria não apresente grandes vantagens em relação aos patrões vencendo sempre o “mais forte”. O lucro dos proprietários tende a crescer cada vez mais com a acumulação do capital pelos capitalistas, explorando cada vez mais a força de trabalho. Segundo Smith (1996, p.98)

Poder-se-ia talvez pensar que os lucros do patrimônio não passam de uma designação diferente para os salários de um tipo especial de trabalho, isto é, o trabalho de inspecionar e dirigir a empresa. No entanto, trata-se de duas coisas bem diferentes; o lucro é regulado por princípios totalmente distintos, não tendo nenhuma proporção com a quantidade, a dureza e o engenho desse suposto trabalho de inspecionar e dirigir. É totalmente regulado pelo valor do capital ou patrimônio empregado, sendo o lucro maior ou menor em proporção com a extensão desse patrimônio.

Para Smith a renda da terra dependia da localização e qualidade da terra, e da procura pelo produto produzido no mercado determinando assim os salários a serem pagos. Do ponto de vista do capitalista o trabalho é uma mercadoria e o mecanismo regulador dos salários é a oferta e demanda do mercado de trabalho, isso se da com a expansão econômica e do aumento do produto excedente e da riqueza nacional. O salário dos na produção deve ser o mínimo necessário para assegurar a subsistência Segundo Smith (1996, p.117)

Quando, em qualquer país, a demanda de pessoas que vivem de salários trabalhadores do campo, diaristas, empregados de todo tipo está em contínuo aumento, se a cada ano surge emprego para um número maior de trabalhadores do que o número dos empregados do ano anterior, os operários não precisam associar-se para aumentar seus salários. A escassez de mão de obra provoca uma concorrência entre os patrões, que disputam entre si para conseguir operários, e dessa forma voluntariamente violam o natural conluio patronal para que não se elevem salários.

Os lucros dependem da concorrência entre os capitais, mesmo que a demanda da mão de obra seja alta, o grande oferta de mercadorias no mercado pode afetar os lucros, lucros que podem se recuperar com a baixa nos salários e apos a retirada do capital vender mais caro os produtos. Segundo Smith (1996, p.138)

Entretanto, a diminuição do estoque do capital de uma sociedade, ou dos fundos destinados à manutenção da mão-de-obra, assim como baixa os salários, aumenta os lucros do capital, e consequentemente também os juros do dinheiro. Pelo fato de baixarem os salários, os donos do capital remanescente na sociedade têm condições para colocar suas mercadorias no mercado com despesas menores do que antes, podendo vendê-las mais caro, já que é menor do que antes o capital empregado para colocá-las no mercado. Portanto, suas mercadorias custam menos para eles, porém eles as vendem mais caro. Pelo fato, portanto, de estarem lucrando tanto na compra como na venda delas, podem permitir-se pagar juros mais altos.

Concluísse então que para Smith que toda renda (salários, lucros e renda da terra) vem do trabalho, com o capital sendo necessário para o capitalista, forçando o trabalhador a produzindo sempre um excedente não apenas o necessário para assim obter um salario maior e obter uma renda mais alta. Segundo Smith (1996, p. 99 - 101)

Importa observar que o valor real dos diversos componentes do preço é medido pela quantidade de trabalho que cada um deles pode comprar ou comandar. O trabalho mede o valor não somente daquela parte do preço que se desdobra em trabalho efetivo, mas também daquela representada pela renda da terra, e daquela que se desdobra no lucro devido ao empresário [...] Assim sendo, o que é anualmente obtido ou produzido pelo trabalho de cada sociedade, ou o que é a mesma coisa o preço total disso, é originariamente distribuído entre alguns dos membros da sociedade. Salários, lucro e renda da terra, eis as três fontes originais de toda receita ou renda, e de todo valor de troca. Qualquer outra receita ou renda provém, em última análise, de um ou de outro desses três fatores.

Ricardo assim como Smith mostra que o sistema capitalista é composto por três classes sociais principais o capitalistas, os trabalhadores e proprietários de terras distribuídas sob o nome de renda, lucro e salários. Para mostrar como funciona o capitalismo em função do capital em prol dos lucros, autorizando assim a economia politica, deixando de ter em vista fatores econômicos concretos e reduzindo-se assim a um numero restrito de hipóteses. Desenvolve sua teoria a sua teoria a partir dos conceitos de renda da terra. Segundo Ricardo (1996, p.15)

O produto da terra — tudo que se obtém de sua superfície pela aplicação combinada de trabalho, maquinaria e capital — se divide entre três classes da sociedade, a saber: o proprietário da terra, o dono do capital necessário para seu cultivo e os trabalhadores cujos esforços são empregados no seu cultivo. Em diferentes estágios da sociedade, no entanto, as proporções do produto total da terra destinadas a cada uma dessas classes, sob os nomes de renda, lucro e salário, serão essencialmente diferentes, o que dependerá principalmente da fertilidade do solo, da acumulação de capital e de população, e da habilidade, da engenhosidade e dos instrumentos empregados na agricultura.

Ricardo observa que parte da renda da terra produzida pelo trabalho ficava nas mãos dos proprietários de terras, gerando problemas entre lucro e renda da terra, prejudicando os salários,

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