Economia: Marx, Adam Smith, David Ricardo
Por: Gustavo Thomasi • 11/11/2018 • Trabalho acadêmico • 753 Palavras (4 Páginas) • 467 Visualizações
- A Teoria da Mão Invisível diz respeito à regulamentação do mercado de forma autônoma pelos agentes econômicos. Hoje a conhecemos como as curvas de oferta e demanda agregada, que acabam por determinar o preço vigente de certo produto. É dela que provêm conclusões como a alta de preços sendo consequência da alta demanda ou a baixa oferta, ou a baixa de preços como consequência da ampla oferta ou baixa demanda. A curva da oferta representa os produtores e a curva de demanda os consumidores. Ambas são dinâmicas e variam de acordo com condicionamentos macroeconômicos.
Para Adam Smith, um liberal assíduo, o Estado deve manter-se mínimo quanto à regulamentação de preços ou protecionismo econômico, sendo somente essencial no que tange a garantia de direitos básicos dos cidadãos, sendo o mais relevante economicamente a propriedade privada. A Mão Invisível descrita em “A Riqueza das Nações” seria responsável por coordenar o mercado de maneira autônoma.
- Segundo Karl Marx, o conceito de Mais-Valia é a essência do capitalismo já que consiste na diferença do valor monetário produzido pelo trabalhador frente a sua remuneração periódica recebida. Ela é uma analogia ao lucro, e se relaciona a exploração da mão de obra em termos gerais.
O valor de venda no mercado dos bens produzidos pelo assalariado é infinitamente maior que seu salário, sendo detentor desse “spread” o dono dos meios de produção, o empregador. Por exemplo, um trabalhador em uma linha de produção de um celular ganha mil e quinhentos reais por mês. Ele contribui para produção de mil celulares por dia, os quais são vendidos no mercado por três mil reais cada. A receita do empregador seria de três milhões de reais diários, enquanto a do assalariado seria de mil e quinhentos reais por mês. Essa é a ilustração do conceito marxista, fonte da desigualdade segundo ele.
- O fetichismo do mercado segundo Karl Marx é a desconsideração dos processos humanos envolvidos na produção de mercadorias, sendo estas equivalentes somente a seu valor monetário de troca. As características sociais presentes nos produtos seriam incorporadas a eles e revertidas em um número objetivo, sendo somente este considerado para qualquer espécie de transação. A “humanização” portanto dos bens seria feita dessa forma. A relação do trabalho de cada indivíduo na cadeia produtiva perderia o caráter humano também, e o empregador passaria a tratar seus subordinados como objetos. Haveria portanto uma inversão de papéis ocasionada pelo fetichismo entre pessoas e mercadorias.
Nos dias atuais podemos observar tal fenômeno pela expoente mecanização dos processos produtivos, onde a habilidade pessoal é desconsiderada e substituída pela eficiência dos maquinários. O trabalhador é também facilmente substituível e descartável. Não são considerados mais os valores sociais de cada especialização e o produto final é precificado de acordo somente com seu custo de produção.
- O inglês David Ricardo formulou a Teoria das Vantagens Comparativas, a qual refere-se à troca de produtos entre nações de acordo com a vocação produtiva de cada uma. Em suma, existem fatores naturais e culturais que influenciam nos processos produtivos. Quanto a insumos, a geografia do local é de extrema importância. Como cada país ocupa uma posição única no globo e dispõe de uma tradição cultural singular, é mais vantajoso a produção de determinado produto em determinado país. Sendo assim, existe a especialização da cadeia produtiva de acordo com o menor custo de produção de certo bem. Essa teoria é uma das bases do comércio exterior e é fundamental para o entendimento da balança comercial e das relações de importação e exportação.
Podemos exemplificar a sua ocorrência com a própria nação brasileira. Somos um país de clima tropical, vasto território, poucas cadeias montanhosas, com hidrografia privilegiada e chuvas constantes. Esses fatores tornam o Brasil uma potência agrícola e pecuária. É muito mais barato se produzir soja, laranja e outras culturas aqui do que na maioria absoluta dos outros países. A mesma lógica se aplica aos processos pecuários e aviários. Dessa forma, o Brasil firma sua posição na geopolítica como um país exportador de tais produtos. Por outro lado, precisamos importar tecnologia de ponta e manufaturados em geral, uma vez que não dispomos das mesmas vantagens quanto a produção desses bens como os países asiáticos por exemplo.
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