A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

SCHUMPETER,  J.  (1911)  A  teoria  do  desenvolvimento  econômico.  São  Paulo:  Nova  Cultural, 1985.

        Joseph A. Schumpeter nasceu em 1883 na Áustria. Doutorou-se em Viena em 1906, em 1907 conheceu Marshall e Keynes, em 1927 foi professor nas universidades de Cenati e Gras em seu país, assim como ministro das Finanças; em 1925 foi para a Universidade de Bonn, Alemanha, na época uma das mais importantes da Europa. Em 1932 foi convidado para lecionar em Harvard onde permaneceu até a sua morte em 1950 (SWEEZY, 1962).

Segundo o próprio Schumpeter suas principais obras são: The Theory of Economic Development, publicada em 1912, na qual estão inseridas as idéias básicas de seu pensamento econômico; Business Cycles (1939), na qual faz uma análise histórica, teórica e estatística do processo capitalista; Capitalism, Socialism and Democracy (1942); Imperialismo e Classes Sociais (1919); e História da Análise Econômica (1964) (MORICOCHI e GONÇALVES, 1994)

        Schumpeter de uma forma geral, em suas obras citadas e em todo o seu trabalho, possui uma trajetória teórica que inicia o pensamento em relação à inovação que vai da abordagem de desequilíbrio até uma definição de destruição criadora, que sintetiza o papel da inovação. Sua obra em questão, Teoria do Desenvolvimento Econômico, é um livro abrangente mas de interessante análise por ser centralizado no papel da inovação.

        O primeiro capítulo da obra apresenta um modelo de economia e equilíbrio geral, sendo que o conceito de equilíbrio geral se traduz em um cenário que não há lucro e, portanto, não há inovação. Assim toda a atividade econômica se apresenta de maneira idêntica em sua essência, repetindo-se continuamente. Mas esse modelo contrasta coma estrutura dinâmica que Schumpeter apresenta no capítulo II, intitulado “O Fenômeno Fundamental do Desenvolvimento Econômico”, onde aparece a figura central do empresário inovador - agente econômico que traz novos produtos para o mercado por meio de combinações mais eficientes dos fatores de produção, ou pela aplicação prática de alguma invenção ou inovação tecnológica. Assim, para o autor, o empreendimento pode ser entendido como a introdução de inovação.

Neste mesmo tópico, o autor descreve uma relação chave entre lucro e à inovação. Sendo que o lucro é definido como o prêmio para a inovação bem sucedida. Além disso, o monopólio da inovação é descrito como não é permanente, e sim temporário devido à imitação e ao surgimento de novas inovações. Essa dinâmica se repete com o impulso para obtenção de lucro iniciando-se novamente. Assim, a inovação se torna o centro, devido a sua relação com o lucro como chave da economia moderna.

        De toda sua obra em questão, sua apresentação a respeito da tipologia da inovação é um direcionador importante em aplicações atuais, sendo os tipos de inovação definidos como:

1. Um novo produto;
2. Um novo processo;
3. Abertura de um novo mercado
4. Descoberta de novas fontes de matéria prima
5. Inovações organizacionais

        O trabalho de sintetizar resumidamente os principais aprendizados e pontos principais desta obra é desafiador pela obra em si e também por todo o conjunto de contribuições do autor para o tema. Além disso, outros textos e autores contribuem para a construção do raciocínio e aprendizado construído em conjunto e serão abordados em outros trabalhos.

        Referência bibliográfica:

MORICOCHI, L. e GONÇALVES, J. S. Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter: Uma Revisão Crítica. Informações Econômicas, SP, v.24, n.8, ago. 1994

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