A Teoria da População
Por: nataliamaroli • 20/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.044 Palavras (5 Páginas) • 220 Visualizações
A Teoria da População apresenta uma preocupação diante da questão social intensificada pela miséria crescente na Inglaterra. Essa teoria consistia do seguinte raciocínio, a população crescia em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência cresciam em progressão aritmética, o que resultava em miséria e pobreza. Em resumo o que ele argumentava é que a população crescia em proporção maior que o crescimento dos alimentos então chegaria um ponto em que haveria um excesso de população e uma escassez de alimentos. Malthus declarava-se contrário a qualquer intervenção do Estado na tentativa de resolver o problema e afirmava que isso serviria apenas para estimular o aumento da população e o agravamento da questão. Segundo ele, a própria natureza seria incumbida de resolver tal problema, pois aumentaria a mortalidade devido à fome levando ao equilíbrio. Sua teoria tinha dois postulados, um que o alimento é necessário à existência do homem, e o segundo que a paixão entre os sexos é necessária e permanecerá na existência humana. Sob este aspecto, podemos dizer que Malthus queria dizer que a capacidade de crescimento da população é indefinidamente maior que a capacidade da terra de produzir meios de subsistência para o homem. Para amenizar esse problema, ele propunha o controle da natalidade através da abstinência sexual, ou seja, o homem não deve casar antes de possuir condições financeiras e econômicas para sustentar a sua família.
Na teoria da superprodução para Malthus a causa de uma superprodução geral de mercadorias era a ineficiência periódica de uma procura efetiva. Assim, ele procurou entender qual era a causa e o remédio dessa ausência de procura de acordo com os gostos de cada uma das classes sociais de seu tempo: os trabalhadores que consumiam sua renda com subsistências; os capitalistas, que acumulavam o capital, mas não tinham tempo para gastá-lo em consumo; e os proprietários de terras, que com uma entrada contínua procura gastá-la com mais conforto, educação e artes. Concluiu que a causa da superprodução seria: lucros excessivos que levam a uma taxa insustentável de acumulação. Estaria se produzindo muito, o que poderia causar uma crise, pois a demanda não teria capital para adquirir os serviços ou produtos. E afirmou que a solução seria a alteração da distribuição de renda, os capitalistas com menos lucros e proprietários de terra com mais renda.
Algumas inconveniências na teoria da população são que a população não duplicou a cada 25 anos como Malthus afirmou. A teoria seria preconceituosa já que só seria permitida relação sexual a quem possuía dinheiro. E Malthus não levou em consideração o avanço tecnológico do homem no setor agrícola como, por exemplo: mecanização, irrigação, melhoramento genético e outros.
5- David Ricardo defendia a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o valor de todas as mercadorias é determinado pela quantidade de trabalho incorporada nelas. É o trabalho e não a utilidade ou escassez, segundo a outra vertente da teoria do valor existente na época, que pode aquilatar o quanto uma mercadoria vale em comparação com as demais. Não é a utilidade, segundo Ricardo, porque este atributo deve existir em toda mercadoria, e a escassez também não pode ser o fator explicativo, pelo fato de que só é importante para definir o preço de alguns bens raros como quadros, jóias e determinados vinhos; no caso das mercadorias produzidas industrialmente, não existirá a escassez, desde que se arque com os custos de produzi-las. O trabalho é a contribuição efetivamente social do homem sobre as dádivas da natureza e, portanto, a única fonte real de todo o valor. Determinado este ponto, restava a Ricardo resolver algumas importantes objeções à teoria do valor-trabalho que haviam sido enfrentadas de maneira insuficiente por Adam Smith. A primeira delas dizia respeito à incorporação de trabalhos de diferente qualificação e diferentes intensidades, tendo que ser reduzidos a um mesmo parâmetro de valor. Ricardo apontou para esta questão a engenhosa solução do trabalho incorporado, segundo a qual o capital nada mais é do que um somatório de trabalhos passados, e que o trabalho qualificado pode ser reduzido a um múltiplo do trabalho simples, se considerarmos que em sua formação entra também trabalho próprio e de outros. A segunda objeção, mais grave, dizia respeito a determinação dos preços relativos a partir do esquema do valor-trabalho. Numa situação em que, por exemplo, flutuasse o valor dos salários, teríamos uma modificação nas relações de troca, mesmo que as quantidades de trabalho permanecessem invariáveis. Ricardo respondia a esta objeção com o argumento de que poderia ser pensada uma mercadoria média que manteria seu valor, ainda que se modificasse o valor dos salários. Na média, o sistema manteria inalterada a divisão entre salários e lucros pelo princípio da concorrência. É claro que tal resposta funcionou de maneira insatisfatória, pois introduzia na teoria uma circularidade: os valores como determinantes últimos da taxa de lucro e os valores como dependentes da taxa de lucro. Uma última objeção ainda teria de ser enfrentada por Ricardo em relação à sua teoria do valor-trabalho: a questão da determinação de um nível de preços absoluto, a partir de uma mercadoria que contivesse uma medida de valor invariável, capaz de servir de parâmetro para todas as demais. Ricardo apontou o ouro como esta mercadoria, mesmo sabendo que a solução era insatisfatória. Enquanto a teoria do valor-utilidade enfocava mais os aspectos individuais da troca (como o sistema de preferências que se revelava), a teoria do valor-trabalho visava mais os aspectos sociais abrindo com isso a possibilidade de visualizar na origem da formação do valor relações sociais e não a mera troca de preferências individuais. Finalizando destacamos que Smith estabeleceu uma distinção entre preço natural e preço de mercado. O preço de mercado era o “verdadeiro preço da mercadoria”, em determinado momento e em determinado mercado. Já o preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar - aos capitalistas, trabalhadores e proprietários de terra – lucros, salários e aluguéis equivalentes aos níveis necessários de sobrevivência. Já para Ricardo, o preço natural seria aquele correspondente ao valor de uma mercadoria e, portanto, livre dos “desvios acidentais e temporários do preço corrente”.
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