A econômica política
Por: Pamela.Reg • 17/10/2019 • Resenha • 10.262 Palavras (42 Páginas) • 142 Visualizações
PARADIGMAS: conjunto de teorias que explicam o funcionamento do mundo de certa forma, com função de juntar fenômenos estudados pelos cientistas. Estas são constituídas a partir de uma analise com mesmos contextos axiomáticos, utilizando a mesma metodologia e instrumental analítico.
Paradigma é caracterizado por:
- Conjunto de axiomas (constituído de teorias que foram formuladas dentro do paradigma e são consideradas verdades absolutas)
- Metodologia cientifica (como é observado o fenômeno)
- Instrumental analítico (lente usada para analisar o fenômeno)
3 paradigmas: Neoclássicos, Marxista e Keynesiano
Ciência normal: o mundo é algo determinado e é o papel do cientista coordena-lo. Há uma lógica formal que o explica. O cientista tem o papel de encaixar as peças dentro do contexto, buscando formas verdadeiras de entender como o mundo funciona.
Transformação cientifica – criação de um novo paradigma
Renovação paradigmática:
- Interna: uma peça do quebra-cabeça leva para outra questão fora do axioma, metodologia e instrumental analítico. Revolução científica não se encaixa.
- Externa: acontece um fenômeno que não se encaixa no paradigma.
Este movimento dinâmico cria e destrói paradigmas, esta revolução paradigmática é lenta.
MERCANTILISTAS:
O debate começa com os mercantilistas, onde o Capitalismo nasce de um processo de mundialização, A indústria somente transforma mercadorias. Para os mercantilistas, o comércio é criador de riqueza. O diferencial de preços cria riqueza e este processo só se da por meio do monopólio. Se não existir monopólio, não há riqueza. A produção não cria riqueza, apenas transforma as mercadorias.
FISIOCRATAS: Riqueza é quantidade física (excedente) – só a agricultura produz excedente e a indústria o transforma.
SMITH E RICARDO: Estes não são paradigmas! Eles colocam sobre a mesa a questão de riqueza e valor.
SMITH
Riqueza: Ex. algo que o couro ganha ao se transformar em sapato. Algo que a natureza ganha ao se transformar em objetos úteis – ganha VALOR. Riqueza é criada através do processo de transformação, dado pelo trabalho. Riqueza individual adquirida pelo homem e trabalho, se transforma em riqueza social com o capitalismo, feito através da troca, que é feita com mercadorias de igual valor. Essa relação distribui riqueza.
Indivíduos livres produzem para satisfazer seu lado individual egoísta que tem a necessidade de se relacionar no mercado livre, onde transformam riqueza individual em riqueza social através da troca.
Divisão do Trabalho: indivíduos se unem em cooperativa para tornar o trabalho mais produtivo. A divisão do trabalho aumenta a abundancia, ou seja, há mais mercadorias para troca, e a sociedade enriquece.
Ser rico: poder de comando sobre o trabalho alheio – comando sobre valor criado pelo trabalho.
Sociedade é regida como se houvesse a mão invisível.
Determinação do valor: Quantidade de trabalho contida na mercadoria – este é o preço real da mesma, Transformação do trabalho em mercadoria.
Preço real: quantidade de trabalho contido na mercadoria x Preço natural: preço de mark-up.
Marx: Smith não discerne completamente a diferença entre trabalho e trabalho pago.
Smith procura explicar o lucro/excedente da sociedade como um todo. Lucro é deduzido do produto global do trabalho. Trabalho produz maior valor do que ele recebe. O dinheiro não determina o valor.
Não há definição de preço/valor por oferta e demanda – pois o processo econômico produz abundancia.
A sociedade é capaz de produzir o que indivíduos desejam. O limite da divisão do trabalho é tamanho do mercado. Se a oferta é capaz de satisfazer a demanda o preço é determinado pela quantidade de trabalho contido. Para Smith, Ricardo e Malthus para determinar preço pela oferta/demanda, é necessário pensar em escassez pelo desejo. Não faz sentido pensar em escassez.
NÃO há determinação do valor como valor de uso!!! Para Smith, não faz sentido, pois valor de uso é um elemento subjetivo. O que é útil para um, não é para o outro.
Para determinar valor pela utilidade: supor que todos têm o mesmo desejo e comportamento do ser humano é homogêneo e Smith não supõe isso, ele afirma que as pessoas são livres, produzem e satisfazem suas necessidades por meio do trabalho e troca.
RICARDO: Critica o valor determinado por Smith como quantidade de trabalho e que preço não é a quantidade de trabalho que a mercadoria comanda no mercado.
Para Ricardo, o valor não é sabido de antemão, mas sim conhecido no mercado, pela relação entre as mercadorias. Mercadoria sai do processo de produção sem preço.
Marx: que discorda de Ricardo, diz que ele não define valor e sim, preço.
Valor relativo: valor determinado no mercado, que é descoberto pela comparação entre duas mercadorias.
- Esta relação é determinada pela quantidade de trabalho necessário (Para Ricardo).
- Quantidade de trabalho socialmente necessária (Para Marx).
Riqueza é distribuída com o salário, que vem está relacionado com a produtividade agrícola. Valor depende da quantidade de trabalho necessário.
Salário real: é poder de compra, determinado pelo preço dos produtos.
Há monopólio sobre melhores terras. Para estas, se é cobrado renda da terra, o que reduz o lucro pela ineficiência que é dada pela infertilidade da terra. Ricardo introduz na terra o problema da escassez.
Comércio internacional – teoria das vantagens comparativas.
MALTHUS: Teoria da população – PG e Alimentos – PA
Não há como aumentar a produção de alimento, pois é terra é escassa. A população cresce em maior quantidade que a capacidade de produção de alimentos. Enquanto na agricultura há o problema de escassez, o oposto ocorre na indústria.
O problema da indústria: é que esta produz para os mais ricos, que consomem menos. Os ricos são poupadores e acumulares e este fato gera problema de demanda para os produtos industrializados. Por isso, Malthus aparece com Marx no livro de Keynes, o problema não é a escassez e sim o excesso de produção e falta de consumo, gerando a crise de subconsumo.
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