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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Por:   •  29/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.394 Palavras (10 Páginas)  •  197 Visualizações

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Segundo Assaf Neto (2010), a análise das demonstrações contábeis e financeiras tem muita relevância para a administração financeira e é de grande interesse para os administradores internos e para quem analisa externamente. A importância interna seria em avaliar o desempenho da mesma, identificando erros e acertos, já para o especulador, esta varia se ele for credor ou acionista, às vezes é de difícil entendimento pois nem sempre os dados são publicados na forma correta.

O estudo baseia-se em avaliar o período passado verificando assim o porquê de sua posição atual prevendo e se prevenindo de possíveis problemas no futuro, geralmente a análise é feita com dados de 3 a 5 anos.


ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

Engloba as duas formas mais elementares de análise de demonstrativos financeiros que existem. Assumem um parâmetro (ano inicial na análise horizontal ou total dos ativos na análise vertical) como base calculando os demais dados analisados em relação ao parâmetro estudado devendo ser analisadas conjuntamente

A Análise Vertical

Consiste na determinação dos percentuais dos grupos ou contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do ativo ou passivo. Determina também a proporcionalidade do demonstrativo do resultado em relação a Receita Líquida de Vendas.

Segundo Ávila (2012) a importância da análise vertical é avaliar a qualidade das contas que compõem o Balanço Patrimonial e também acompanhar as contas do Resultado Econômico, servindo como base para a elaboração das propostas orçamentárias da empresa. A análise vertical é conhecida também como análise por coeficientes. Vejamos a seguir um exemplo de como o processo é calculado:[pic 1]

A Análise horizontal 

É uma técnica que permite fazer comparação de itens de um período com outro período anterior, conta a conta. Esta análise tem por objetivo demonstrar a evolução da conta de forma isolada. A análise horizontal é também conhecida como análise por número-índices.

Segundo Ávila (2012), com essa análise verifica se houve do exercício para o outro, disfunções em alguma conta. Por exemplo: Se houve aumento ou redução exagerada nas contas, com esses dados identifica-se o motivo da disfunção podendo assim realizar a ação corretiva necessária.

Vejamos a seguir um exemplo de como o processo é calculado:[pic 2]

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Uma das mais desafiadoras tarefas da gestão financeira de qualquer empresa faz referência à gestão dos recursos líquidos capazes de assegurar todos os pagamentos vindouros. Uma forma de analisar a solvência ou a capacidade de uma empresa realizar os seus pagamentos planejados pode ser feita com o auxílio dos índices de liquidez, também chamados de índices de solvência, que buscam analisar a capacidade da empresa em cumprir seus compromissos acertados, como pagamento de fornecedores, quitação de empréstimos e financiamentos bancários. O estudo da solvência consiste, basicamente, em analisar o relacionamento entre fontes diferentes de capital. Seus principais quocientes costumam ser apresentados por meio dos índices de liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez imediata (BRUNI, 2011).

 Liquidez Geral

Revela a capacidade de a empresa honrar os compromissos assumidos com terceiros a longo prazo, ou seja, quanto maior este quociente, melhor.

É dada pela equação:[pic 3]

 

Segundo Hoji (2009), o principal problema desse índice é que nos diversos valores correntes de diferentes datas se misturam.

Liquidez Corrente

Apresenta a capacidade de solvência da empresa no curto prazo, ou seja, a capacidade de pagamento das suas dívidas, ou seja, quanto maior este quociente, melhor. É feito pelo cálculo:

        [pic 4]

Para Hoji (2009), esse índice é considerado é melhor indicador da capacidade de pagamento da empresa.   

Liquidez Seca

        De acordo com Hoji (2009), com a exceção dos estoques e as despesas do exercício seguinte todos os itens do ativo circulante podem ser convertidos em dinheiro antes do prazo normal de realização se for necessário, podendo ocorrer a diminuição do valor em comparação ao seu valor real, ou seja, quanto maior este quociente, melhor.

Esse índice é calculado da seguinte forma:

[pic 5]

Liquidez Imediata

        Esse índice indica quanto a empresa possui de recursos imediatamente disponíveis para a liquidação de compromissos de curto prazo.

        De acordo com Ribeiro (2014), esse índice mostra quanto a empresa possui de dinheiro em Caixa, Bancos ou Aplicações de Liquidez Imediata, para um real do passivo circulante, ou seja, quanto maior este quociente, melhor.

É feito pelo cálculo:

[pic 6]

Sendo:

Disponível = Caixa, Bancos e Aplicações de resgate imediato.

INDICADORES DE RENTABILIDADE

Segundo Ribeiro (2014) os índices de Rentabilidade servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido da empresa, são calculados com base em valores extraídos da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial.

De acordo com Gitman (2008) sem lucro a empresa não consegue atrair capital externo, pois os proprietários e administradores se preocupam muito com o aumento do mesmo.

Giro do Ativo

Para Ribeiro (2014) o giro do ativo serve para evidenciar a diferença existente entre o total das vendas e os investimentos totais, verificando se o total das vendas realizadas foi satisfatório em relação ao total do capital investido. Quanto maior este quociente melhor para a empresa.

É calculado da seguinte maneira:

[pic 7]

 Margem líquida

Esta relação mostra o resultado líquido das vendas da empresa quanto à administração de receitas, custos e despesas.   Reflete o ganho ou perda líquida da empresa em cada unidade vendida, ou o percentual de lucro que a empresa está obtendo em relação ao seu faturamento.

É feito pelo cálculo:

[pic 8]

Margem Operacional de Lucro

Esta medida da lucratividade das vendas tem o objetivo de avaliar o ganho operacional da empresa (resultado antes das receitas e despesas não operacionais) em relação ao seu faturamento. De acordo com Gitman (2008), após a dedução de todos os custos e despesas o lucro operacional é puro, porque indica o resultado obtido ignorando juros, impostos e dividendos de ações preferenciais. Ela é calculada da seguinte forma:

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