APLICAÇÃO DO MODELO KEYNESIANO SIMPLES: ECONOMIA FECHADA E COM GOVERNO

APLICAÇÃO DO MODELO KEYNESIANO SIMPLES: ECONOMIA FECHADA E COM GOVERNO

Supondo que, numa economia, fechada e com governo, o consumo autônomo seja 200 milhões de reais; o investimento de 100 milhões; a propensão para consumir, de 0,8, os gastos governamentais de 50 milhões, os impostos T=10 + 0,1Y e política de transferência de 50 milhões. Nessa situação, no equilíbrio, pede-se:

1. Produção ou renda (Y) ou Demanda Agregada (DA)?

Resposta (milhões R$)

Da Identidade Macroeconômica: DA = Y= C + I + G + X – M

Exclui-se: X – M => DA = Y = C + I + G (tem tributos)

Com Co = 200 milhões, PMgC = 0,8 e T=10 + 0,1Y

    A função consumo é dada por: C = Co + cTra – cTo + c(1 - t)Y

    C = Co + cTra – cTo + c(1 - t)Y, (com transferências)

    Sabendo que I = 100 , G = 50 e Tra=  50 Então:

    DA = Y = C + I + G (com os tributos fica):

    DA = Y = Co + cTra – cTo + c(1 - t)Y + I + G

    DA = Y = 200 + 0,8*50– 0,8*10 + 0,8(1- 0,1)*Y + 100 + 50

    DA = Y = 200+ 40 – 8+0,72Y+150=> Y-0,72Y= 382 ou 0,28Y=382

    DA = Y = 382/0,28=1364,28

1. Multiplicador(α)? Se fizer um investimento de 100 nessa situação isso será multiplicado por 3,57

    O multiplicador é:

    α = 1/[1 - c(1 - t)] => α = 1/[1 – 0,8(1 – 0,1)] = 1/0,28

    α = = 3,57

1. Montante de impostos? E % do Valor da Produção?

Montante de Impostos: T = 10 + 0,1Y => T=10+0,1*1364,28=146,42 ou 10,7% da Produção (Y). Representa a carga tributaria dessa economia, significa que 10,7% de toda a renda voltam para o governo por meio de impostos. Quando a carga tributaria é muito grande pesa sobre o consumidor o impedindo de consumir.

1. Renda disponível (Yd)?

Renda Disponível (Yd) = Y – T => 1364,28 – 146,42= 1217,85 é a renda que foi gerada menos os impostos pagos ao governo.

1. Montante de consumo da economia?

C = Co + c(Yd)

C=200 +0,8(1217,85)

C= 1.174,28

Ou seja da renda que ele tem disponível o consumidor gastou ou consumiu 1.174,28

1. Função poupança e poupança desta economia)?

Função poupança?

S=Yd-C

S=Yd-(200+0,8Yd)

S=0,2Yd-200

Poupança desta economia?

S=0,2Yd-200

S=0,2*1.217,85-200

S=243,57-200=43,57

7) Efeito na: Demanda (Y), Renda disponível (Yd) e Multiplicador (α) sem os gastos do governo (G)?

    Y = Co + cTra – cTo + c(1 - t)Y + I (retira G)

    Y = 200 + 0,8*50– 0,8*10 + 0,8(1- 0,1)*Y + 100

    Y = 200+ 40 – 8+0,72Y+100=> Y-0,72Y= 332 ou 0,28Y=332

    Y = 332/0,28=1185,71

                  Sem G, a produção (Y) cai de 1364,28 para 1185,71 ou seja -178,6 (-13,9%).  

Efeito na Yd (renda disponivel)

Nesta situação:

T=10+0,1Y=10+0,1(1.185,71)=128,57 ou 10,84% da produção da Y(renda)

A nova renda disponivel será:  Y-T=1,185,71-128,57=1.057,14

Sem a presença dos gastos do governo a Yd encolheu de 1.185,71 para 1.057,14, ou seja: -128,57 ou ( -10,84%)

O efeito no multiplicador será:

α = 1/[1 - c(1 - t)] => α = 1/[1 – 0,8(1 – 0,1)] = 1/0,28

α = 3,57

obs: os gastos do governo(G), como variável autônoma e política, não influi diretamente no calculo do multiplicador porem influi na variação da renda disponível, com queda de (-10,84%), o que poderá reduzir as despesas de consumo trazendo conseqüências indiretas na formação do multiplicador, caso atinja a propensão marginal a consumir(c).

8) Efeito na: Demanda (Y), Renda disponível (Yd) e Multiplicador (α) sem a política de transferências (Tra)?

    C = Co + cTra – cTo + c(1 - t)Y, (Sem transferências)

    Sabendo que I = 100 e G = 50 Então:

    Y = C + I + G (com os tributos fica):

    Y = Co – cTo + c(1 - t)Y + I + G

    Y = 200 – 0,8*10 + 0,8(1- 0,1)*Y + 100 + 50

   Y = 200– 8+0,72Y+150=> Y-0,72Y= 342 ou 0,28Y=342

   Y = 342/0,28=1221,42

Sem G, a produção (Y) cai de 1364,28 para 1221,42 ou seja -142,85 ou (-10,47%).

O efeito na (Yd)

Nesta situação o novo montante de impostos(arrecadação do governo) será:

T=10+0,1Y=>10+0,1(1221,43)= 132,14 ou 10,82% da produção da Y (RENDA)