Amartya Sen Defendeu Desenvolvimento Além do PIB
Por: LaisCosta360 • 13/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 287 Visualizações
[pic 1] | Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC Departamento de Ciências Econômicas - DCEC Curso de Ciências Econômicas |
AMARTYA SEN
Ilhéus, BA
set./2018
[pic 2] | Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC Departamento de Ciências Econômicas - DCEC Curso de Ciências Econômicas |
Andreza Simões Caldas Souza
Brunna Santos Fernandes
Laís Silva Costa
Luma Marinho dos Santos
Saionara Ribeiro Martins da Silva
Trabalho escrito apresentado como parte da avaliação da disciplina Introdução à Economia.
Ilhéus, BA
set./2018
VIDA
Amartya Sen é economista indiano, nascido em 1933 e ganhador de inúmeros prêmios em sua área, incluindo o Nobel de Economia em 1998. Foi também professor na Universidade de Berkeley, Stanford, Oxford, Cambridge (onde completou seu doutorado/PhD) e Harvard, privilegiada instituição americana onde ensina até os dias atuais. Para além de sua atuação como primeiro presidente não-americano da Associação Econômica Americana em 1996, também presidiu a Associação Econômica Indiana, a Associação Econômica Internacional, e foi presidente Honorário da Oxford Committee for Famine Relief, a qual é Conselheiro Honorário nos dias atuais.
Apesar de viver num país subdesenvolvido e de condições não tão ricas, Sen é filho e neto de professores universitários, sendo assim, teve boa escolaridade e ótimas condições de vida, mas isso não o impediu de enxergar a péssima vida do indiano pobre. Além disso, presenciou a escassez de alimentos que atingiu Bengala, cidade onde nasceu no ano de 1943. Fortemente influenciado, interessou-se por reformas sociais em países subdesenvolvidos, podendo então mais tarde se tornar um dos maiores especialistas em pobreza do mundo.
CONTEXTO HISTÓRICO
Amartya testemunhou a fome em Bengala, que se estima mais de três milhões de mortes por desnutrição e doenças relacionadas durante a escassez de alimentos na região indiana. Esta fatalidade se deu por uma combinação de fatores naturais, sócio-políticos e lideranças insensíveis. Sen, influenciado e sensibilizado pelo impacto, dedicou-se e desenvolveu as suas próprias ideias sobre este mesmo tema, a fome. Essencialmente, os seus esforços decorrem do seu interesse em questões de distribuição e, em particular, de membros mais pobres da sociedade. Os estudos de Amartya Sen incluíram a fome para criar uma compreensão mais profunda das razões econômicas por trás da fome e da pobreza, a justiça, a desigualdade social, a ética e o desenvolvimento.
Aos 14 anos, já presenciava o conflito territorial entre os países asiáticos Índia e Paquistão. Desde a sua independência do Império Britânico em 1947, a Índia já apresentava rivalidades para com o Paquistão. Ao longo dos anos, os dois países se envolveram em diversos conflitos, principalmente enquanto disputavam a região de Caxemira, que fica entre os dois territórios. A “separação” foi dada pela divisão da até então Índia britânica em dois Estados soberanos: a Índia, de maioria hindu; e o Paquistão, de maioria muçulmana. O desejo de tomar Caxemira pra si se dava pela riqueza hídrica de lá, o que abriria oportunidades para o desenvolvimento da pesca e agricultura para o país que a tivesse. A tensão entre os dois países nunca morreu de fato, e está longe de morrer - em 2016, dois acontecimentos trouxeram ao livro da hostilidade mais um capítulo indo-paquistanês: bombardeios pela Índia no Paquistão; e a consequente declaração da Índia sobre o fechamento total da fronteira com o Paquistão.
OBRAS
Em seu livro “Pobreza e Fome: Um Ensaio sobre Direitos e Privação”, publicado no começo dos anos 80, Sen argumenta de modo claro e evidente que a fome não é causada pela simples escassez do alimento, e sim pela falta de acesso a ele. Pessoas de baixa renda e classe social não têm condições de comprar as comidas que sempre estarão ali, disponíveis em prateleiras de mercados, balcões de padarias ou menus de restaurantes – mas ainda sim, o alimento está ali, sendo ofertado para os detentores de classe social superior o suficiente para poder comprá-lo. Isso implica: A economia afeta diretamente a fome, portanto, requer auxílio do Estado, que tem seu papel de regular a economia local quando necessária, já que o mercado não se faz pleno por si só.
Em 1999, com “Desenvolvimento Como Liberdade”, ele explora enfaticamente a liberdade, como se pode ver no título. Para Sen, as pesquisas, estatísticas e medidas econômicas não podiam ser baseadas apenas nos resultados do PIB, renda familiar, índice de consumo ou industrialização, pois em sua opinião, estes resultados não têm o cunho social necessário para se entender com clareza ou precisão as causas da pobreza, miséria e fome. Para ele, liberdade é, de fato, a capacidade do cidadão de poder levar a vida que deseja, com todos os suportes sociais (educação, saúde e segurança, principalmente) e econômicos que necessita. Uma vida livre e progressora, na qual ele se baseia na democracia para que se realize com eficácia, pois gera liberdade constitutiva – permite o direito ao voto, por exemplo, ou liberdade de expressão sem repressões. Sendo assim, para Amartya Sen, a liberdade é um dos principais fatores para que uma nação seja bem desenvolvida.
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