Análise sobre a história da economia mundial
Por: Felipe Fiorim • 26/6/2017 • Seminário • 1.477 Palavras (6 Páginas) • 239 Visualizações
Introdução / breve história
Ao fazermos uma breve análise sobre a história da economia mundial podemos claramente definir que aquele que deu início ao estudo no que diz respeito a teoria da economia foi Adam Smith, com a publicação de seu livro A riqueza das nações em 1776. O que permite que se diga isso se baseia no fato de que, em períodos anteriores, os estudos realizados não foram da mesma intensidade que o feito pelo escocês, porém isso não quer dizer que não havia preocupação econômica.
Como exemplo destes estudos anteriores podemos citar os trabalhos realizados na Grécia Antiga por Xenofonte (440-335 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e seu discípulo Aristóteles (384-322 a.C.). Ressalta-se que naquela época moedas metálicas já circulavam, o que indica certo desenvolvimento quanto a noções econômicas. Seguindo com os exemplos, ao contrário da Grécia Antiga, Roma e os séculos seguintes (até o século XVI) do mundo não deixaram como legado estudos profundos sobre economia. Outro exemplo notável foi o mercantilismo, que a partir do século XVI (período dos descobrimentos) frisou o acúmulo de metais preciosos, que eram a medida de riqueza da época, além de ter forte intervenção do Estado.
Os clássicos
A partir do século XVIII temos o surgimento dos fisiocratas, uma escola de pensamentos francesa que, diferentemente dos mercantilistas, consideravam que a riqueza do país era medida por tudo aquilo que podia ser retirado da terra (o que era chamado de “produto líquido”) e também defendiam a não intervenção do Estado na economia. O fisiocrata que merece o maior destaque foi o escritor de Tableau Economique, François Quesnay. O trabalho deste grupo de pensadores serviu de grande avanço à economia, mesmo sendo fortemente atrelado com questões morais.
Ainda dentro do século XVIII temos a maior obra clássica, A riqueza das nações, publicada por Adam Smith. O estudo de Adam foi extremamente abrangente e pode-se dizer que este “oficializou” o início de fato do estudo sobre a teoria econômica e ainda, desta obra saiu o termo conhecido como a hipótese da mão invisível. Este termo, resumidamente, sugere que os indivíduos, em sua busca por lucro e riqueza, são suficientes para promover o bem-estar da sociedade. Em outras palavras, podemos dizer que a tal mão invisível rege a economia, sem a necessidade da intervenção Estatal, o que é o princípio do liberalismo. Além disso, o escocês afirmou que trabalho é sinônimo de riqueza.
Thomas Robert Malthus, Jean Baptiste Say, Frédéric Bastiat, James Mill, David Ricardo e John Stuart Mill são outros economistas de destaque do período clássico. Seus trabalhos em conjunto colaboraram para a criação de modelos sobre o funcionamento da economia e também para a criação de órgãos importantes como os Bancos Centrais.
Focando em David Ricardo, este economista elaborou análises sobre a distribuição do rendimento da terra e afirmou que esta distribuição depende da produtividade das terras mais pobres.
Já John Stuart Mill foi aquele que consolidou os estudos e teorias clássicas e firmou o principal material de estudo de economia para o início do período neoclássico, além de ter adicionado, e muito, teorias sobre o funcionamento da economia.
A teoria neoclássica
Após o período clássico de Adam Smith temos o período neoclássico (com início na década de 1870), no qual os aspectos microeconômicos foram dados maior importância dos que os macroeconômicos. Os nomes de renome são: Alfred Marshall, que escreveu a obra mais importante do período, William Stanley Jevons, Carl Menger, León Walras, Eugen Böhm-Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur C. Pigou e Francis Edgeworth, dos quais os últimos cinco são seguidores dos três primeiros.
Como dito anteriormente, Marshall escreveu a obra de maior importância da época, Princípios da economia (1890). Esta serviu como referência até a metade século.
Este período foi marcado pelo estudo sobre o comportamento do consumidor (satisfação e felicidade em relação ao produto consumido) e pelo comportamento do produtor (maximização de lucros com base na felicidade do consumidor). O equilíbrio do mercado (que depende de conceitos marginais) foi um resultado obtido através do estudo de curvas e funções de utilidade e de produção, levando em conta as restrições de fatores e restrições orçamentárias. Desta forma também podemos chamar a teoria neoclássica de teoria marginalista.
O foco sobre o estudo da teoria marginalista foi variado (pois é uma teoria rica e extensa, que possibilita diversas abordagens), sendo por alguns economistas as interações de vários mercados em conjunto e por outros os aspectos de um equilíbrio parcial do mercado.
Como dito anteriormente, a microeconomia ganhou foco sobre a macroeconomia, porém esta não foi a única estudada. Como por exemplo, Schumpeter com a teoria do desenvolvimento econômico, Böhm-Bawerk com a teoria do capital e do juros, Knut Wicksell e sua busca de interligação da macroeconomia com a microeconomia.
A teoria Keynesiana
Como o próprio nome da teoria sugere, o pai deste período foi John Maynard Keynes, com a publicação da obra A teoria geral do emprego, do juro e da moeda em 1936, o que deu início a Revolução Keynesiana. Ao contrário do período neoclássico, desta vez o foco foi na macroeconomia.
Ao longo de sua obra, Keynes propôs meios para que a economia da época saísse da dada crise (período de 1930), também chamada de depressão, que já durava alguns anos. Ao contrário do que vinha sendo proposto anteriormente em relação sobre a intervenção do Estado na economia, Keynes sugeriu então uma maior intervenção, via gasto público. Tais medidas foram implementadas e o resultado foi estrondoso, o que abriu portas para a utilização da teoria econômica para o bem coletivo.
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