Qual o impacto do crescimento da China para a economia mundial
Artigo: Qual o impacto do crescimento da China para a economia mundial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eusaulo • 3/4/2014 • Artigo • 965 Palavras (4 Páginas) • 526 Visualizações
Exame,
10/03/2012). Qual o impacto do crescimento da China para a economia mundial ?
Apesar das previsões de crescimento da China serem menores para 2012 o
impacto na economia mundial ainda irá se elevar pois hoje, segundo Arthur Kroeber, sócio
fundador da Dragonomics, a China é muito maior que há 10 anos, época em que a economia
chinesa gerava em torno de US$ 1 trilhão e hoje é de cerca de US$ 7 trilhões, o que significa
que se ela crescer 7% adicionará US$ 500 bilhões à economia mundial, sendo assim, 7% hoje
tem um impacto cinco vezes maior no mundo do que 10% a 10 anos atrás.
Para entender como a economia mundial será afetada pela desaceleração do
crescimento chinês podemos observar o fato de que a China, nos últimos 10 anos, vinha
investindo pesado em infraestrutura, como rodovias, estradas de ferro, usinas e habitação,
para os próximos anos prevê-se uma desaceleração com esses gastos, o que significa uma
desaceleração no consumo de aço, ferro, alumínio e cobre. Então, como agora já construíram
praticamente toda infraestrutura e indústria de base e que a renda das pessoas vem se
elevando rapidamente, o consumo por alimentos está crescendo. Como a China não possui
terras para plantar tudo o que necessita, o aumento das importações em relação á carne, grãos
e outros alimentos irá se elevar. Então mesmo com a desaceleração na demanda por minérios
deverá haver um aumento na demanda de alimentos importados.
Ainda segundo, Arthur Kroeber, embora isso seja bom para os exportadores
de alimentos, não se sabe as reais conseqüências para a economia mundial. Quando a China
elevou a demanda por minério os preços rapidamente se elevaram o que foi bom para os
exportadores como o Brasil, isso não causou nenhum impacto negativo. Porém se houver uma
elevação nas importações de trigo por exemplo e o preço no mercado internacional se elevar
isso poderá ser bom para os exportadores de trigo, porém pode causar consequências graves
aos países pobres onde um grande percentual dos gastos das pessoas é com alimentos. O
aumento dos preços dos alimentos pode causar graves consequências políticas em países do
Oriente Médio. Também é interessante observar que se por um lado o consumo de grande
quantidade de matérias-primas, alimentos e energia confirma a alta dos preços das
commodities. Por outro lado, a produção de manufaturas chinesas, as melhorias nas condições
de trabalho e em tecnologia, para o mercado interno e exportações, reforça a posição de
preços baixos desses produtos devido ao efeito escala de produção, o que poderá gerar
mudanças nas estruturas das exportações de diversos países.
A crise de 2008 acentuou os conflitos comerciais entre os Estados Unidos e
China desencadeando a guerra cambial entre esses países.
“A forte injeção de liquidez pelo governo americano, durante e após o auge da
crise, não se reverte em significativos aumentos no produto, nos investimentos e nos empregos,
gerando excesso de liquidez. Dado que os Estados Unidos são emissor da moeda mundial, este
excesso gera dois movimentos: a desvalorização do dólar em relação as outras moedas (exceção ao
caso chinês que adota uma estratégia reativa de atrelamento de sua moeda ao dólar); e abundância
no mercado mundial. Isso significa um aumento da liquidez que se destina a buscar aplicações
rentáveis (mercados futuros de commodities e aplicações em mercados de títulos e ações),
especialmente nos países emergentes, valorizando as moedas locais e dificultando a competitividade
de suas exportações.” (IPEA, Comunicados, nº 85, 08 de Abril de 2011).
Em relação a produtividade, as transformações na China podem também
alterar as estruturas
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