Ao Estudo da Revolução Industrial

  A Grã-Bretanha é considerada uma nação muito importante no que diz respeito ao estudo da Revolução Industrial pois foi o primeiro local onde a mesma ocorreu, isso a diferencia de outras nações onde o desenvolvimento industrial se deu de forma um pouco mais tardia, como na França e nos Estados Unidos.

  O pioneirismo inglês no capitalismo industrial se deve a diversas condições presentes na Grã-Bretanha na época. A Inglaterra em um período anterior a Revolução Industrial já tinha grande poder sobre diversos territórios, seja de forma formal (poder sobre colônias) ou de um modo informal, pois a nação inglesa possuía influência sobre diversos pontos comerciais e áreas mercantis. Outro exemplo é o fato de que por volta do século XVIII se via poucos resquícios de uma economia feudal e um comércio já bastante amplo com a ajuda de um setor manufatureiro já desenvolvido. Devido a uma rede comercial já bastante ampla os setores de transportes, estradas e comunicação já eram desenvolvidos antes do início da Revolução Industrial e o uso não era de difícil acesso e também não era caro. Todos esses aspectos concluem que a Inglaterra já era uma economia de mercado antes da Revolução Industrial. Com relação a aspectos sociais é importante ressaltar o crescimento populacional e da mão-de-obra disponível, não apenas pelo fato de ter mais trabalhadores nas fábricas, esse crescimento favoreceu o aumento do mercado consumidor inglês.

  No que diz respeito aos fatos e razões que resultaram no pioneirismo inglês na Revolução Industrial pode-se citar a questão de a Grã-Bretanha no período anterior a revolução já havia acumulado bastante capital como resultado das Grandes Navegações. A criação das guildas de lã por exemplo foi importante para o desenvolvimento inglês como um centro produtivo na Europa. O setor manufatureiro de algodão já era amplo o que fez com que não ocorresse apenas um aumento populacional como já foi citado anteriormente, mas que também as famílias e trabalhadores migrassem do campo para as cidades, estimulando assim tanto o setor da indústria como o setor da agricultura visto que esse movimento aumentou a demanda por produtos de primeira necessidade.

   Aspectos referentes a exportação, mercado interno juntamente com o governo britânico foram importantes em suas atuações para consolidar a Revolução Industrial. A produção de algodão tinha grande influência sobre o número de exportações, tanto que o setor têxtil é pioneiro na revolução, isso auxiliou a ampliação do transporte marítimo. O mercado interno que como foi dito anteriormente já era bastante amplo gerou melhorias nos transportes terrestres. O governo atuava nos dois setores principalmente na parte de inovações, outro exemplo está relacionado a implantação de políticas capazes de alavancar a produção inglesa, a política de cercamentos para a criação de ovelhas além de estimular o setor têxtil auxiliou na migração de mão de obra do campo para as cidades. Havia uma forte dependência de relações externas visto que era necessário a importação de matérias-primas para a fabricação dos produtos. As consequências da revolução afetaram a vida de todos os ingleses tanto no âmbito social como na questão econômica, pois a produção que antes era manufatureira a partir da revolução industrial passa a ser fabril e ocorre a divisão do trabalho nas fábricas.