Assimetria de informação
Por: Bruna Coan • 19/4/2017 • Resenha • 526 Palavras (3 Páginas) • 341 Visualizações
Assimetria de Informação no seguro desemprego
Referencial Teórico
Assimetria de informação é a divergência de informação existente entre partes que tem por fim um acordo ou negociação. Isto ocorre pelo fato de uma das partes possuir mais conhecimento do produto do que a outra.
Segundo abordagem de Bertolin e Braga (2008), assimetria de informação descreve um fenômeno segundo o qual alguns agentes econômicos têm mais informação do que sua contrapartida, moldando um cenário incerto e inseguro. Nessa concepção, o grau de incerteza pode assumir a forma contingencial (ações aleatórias da natureza e do mercado consumidor), e de assimetria de informação, desconhecimento por um tomador de decisão das informações possuídas pelos outros agentes envolvidos na transação.
Na análise realizada por Bertolin e Braga (2008), referente a assimetria de informação nas corporações, em relação às informações externas investigadas, inserem-se as informações classificadas como potenciais e mínimas, ou seja, aquelas que contribuem para a agregação de valor ao produto do agente, nos processos produtivos ou comerciais, e sua consequente competitividade. Foram observadas as informações relacionadas ao conhecimento do mercado, às inovações tecnológicas, às mudanças econômicas e institucionais.
Já aplicando o conceito de assimetria de informação relacionado ao seguro desemprego, cenário qual deseja-se investigar a assimetria de informação envolvida, inicialmente analisa-se as causas do desemprego.
Segundo Zylberstajn e Balbinotto Netto (1999) o desemprego tem diversas causas, a compreensão deste fato permite caracterizar o desemprego com maior rigor analítico. No que refere-se ao custo de oportunidade é a existência ou não do seguro desemprego. Quando há seguro desemprego, reduz o custo marginal da busca por emprego, e portanto, aumenta o salário de reserva.
Com objetivo de minimizar o impacto da assimetria de informação entre empregador e empregado, Zylberstajn e Balbinotto Netto (1999) sinalizam em seu trabalho a teoria dos salários eficientes.
Esta teoria parte do pressuposto que as firmas têm dificuldade em monitorar o comportamento dos trabalhadores, com objetivo de fazer com que os trabalhadores maximizem sua produtividade pagarão salários eficientes. Este salário está acima do salário de mercado, dada que demanda de trabalho, gera-se um desemprego involuntário.
Para reduzir a aplicação do seguro desemprego em situações onde o trabalhador usou de má fé para obtenção do benefício, Zylberstajn e Balbinotto Netto (1999) usam o argumento em termos políticos econômicos, a necessidade de medidas que aumentem a probabilidade de obter-se um novo emprego, tais como oferecer treinamentos aos trabalhadores demitidos, prover informações sobre as condições de emprego em outros segmentos e medidas que reduzam o custo de migração.
Neste sentido, Zylberstajn e Balbinotto Netto (1999) levantam a hipótese que os trabalhadores que desejam corrigir a assimetria de informação e sinalizar ao mercado que são os mais aptos para exercer tais funções, emitem sinalização desfavorável se tiver aceito passado um emprego desqualificado. Neste caso o desemprego seria um bom sinalizador para as firmas, pois mostraria que o trabalhador tem confiança em sua capacidade e não se desespera diante de uma situação de adversidade momentânea.
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