Capítulo Costas Negras - Manolo Florentino
Por: Jéssica Paiva • 13/1/2019 • Resenha • 307 Palavras (2 Páginas) • 287 Visualizações
Manolo Florentino é professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autor de diversas obras, o seu Em costas negras foi um dos ganhadores do Prêmio Arquivo Nacional (1993). É membro do Comitê Diretor do The Trans-Atlantic Slave Trade Database Voyages;
Em costas negras: uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX), escrito por Manolo Florentino, traz uma grande contribuição para a historiografia brasileira;
No que tange o tema do tráfico de escravos a obra de Manolo Florentino, é uma das análises mais instigantes e expressivas da historiografia nacional;
Florentino articulou pesquisa quantitativa e análise qualitativa para desvendar o tráfico negreiro para o Rio de Janeiro dos séculos XVIII e XIX.
Um negócio de alto risco: roubo, pirataria e morte no tráfico
Todas as etapas da circulação dos escravos, desde as trocas realizadas na esfera africana até aquelas que, efetuadas no Brasil, ensejavam o consumo final da mercadoria humana;
O risco tinha início na própria África;
Os mercadores de almas ainda sofriam frequentes roubos durante as longas jornadas.
Durante a etapa marítima, mais do que em qualquer outra, aumentavam os riscos dos traficantes estabelecidos no Rio;
Uma vez no mar, o primeiro perigo era a subtração da mercadoria humana por piratas;
Os mercadores de alma ainda sofriam frequentes roubos durante as longas jornadas entre o interior e os portos africanos;
O corso a negreiros era tanto mais frequente quanto maior fosse a demanda por africanos, como durante na década de 1820;
O naufrágio era outro tipo de risco marítimo.
Depois do corso eram as mortes durante a travessia oceânica as que mais diretamente atingiam os traficantes do porto do Rio de Janeiro;
Pode-se imputar as mortes a bordo a fatores como a escassez de alimentos e água, maus tratos, superlotação e até mesmo ao medo;
A dureza das condições a bordo fazia que também os tripulantes dos negreiros perecessem;
Pestes e doenças.
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