Combater a inflação
Seminário: Combater a inflação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dressss • 5/5/2014 • Seminário • 835 Palavras (4 Páginas) • 228 Visualizações
Caro aluno, você deve ter observado que, na atualidade, o Brasil é uma economia mais aberta e interdependente. Isto traz consequências sobre a atividade econômica, as tranformações na produção, comercialização e financeira, tornando-as cada vez mais rápidas. Os movimentos de globailização e formação de blocos econômicos é uma realidade da qual a Economia Brasileira não pode estar à parte.
É neste contexto de grandes transformações no cenário mundial que o Brasil está inserido. Nos anos 1980, o país viveu a crise da dívida externa e a elevação da inflação. Tornou-se urgente controlar a inflação e colocar o país no rumo do crescimento. Assim, no Brasil, o combate à inflação aparece no desenho dos diferentes planos de estabilização, pós 1986. Assim, tivemos Plano Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989) e o Plano Collor (1990). Neste período, o diagnóstico era de inflação inercial e, já no final de 1993, a inflação chegou ao auge de 2.708% a.a.
Pode-se concluir que o elemento fundamental destes planos é o entendimento de que o processo inflacionário no Brasil alimenta-se da indexação (inflação inercial) e a existência, até o Plano Real, de medidas de congelamento de preços e salários (componente heterodoxo). Ao longo do período (1986-93) verificou-se oscilações na inflação e no nível de crescimento econômico. As incertezas políticas do período ficaram por conta do processo de redemocratização do país, devido a eleições diretas para governadores e senado (1986) e a Constituinte (1988). Destaca-se ainda que a economia fechada até 1989 era considerada um empecilho ao combate à inflação porque protegia os produtores do mercado interno mesmo que estes praticassem preços abusivos. Esta situação começou a ser revertida com a abertura comercial, que aumentou a concorrência com os produtos estrangeiros. Seguiu-se também a abertura financeira.
Neste contexto, em 1994, iniciou-se o Plano Real. Este partiu do diagnóstico de que a inflação brasileira possuía um forte caráter inercial. Para tanto, o Plano Real foi implementado em três fases: ajuste fiscal, a indexação completa da economia pela conversão dos cruzeiros reais pela tabela da Unidade Real de Valor (URV) e a reforma monetária, momento em que a URV foi convertida em reais (R$) na base de 1 URV = R$ 1,00 (BRUM, 1999; GREMAUD, 2002).
Porém, estas medidas, por si só, não conseguiriam conter a 'mentalidade inflacionária'. O combate à inflação só seria conquistado caso não houvesse nenhum choque de preços, nem por parte do governo, nem por parte da iniciativa privada. Os agentes (públicos e privados) deveriam ser impedidos de melhorar a distribuição de renda a seu favor. Neste contexto, a abertura comercial, o acúmulo de reservas, a valorização da moeda e o controle da base monetária tinham papel fundamental a desempenhar.
No combate à inflação a abertura comercial e acúmulo de reservas cambiais foram duas pré-condições importantes sob as quais se apoiou o Plano Real. O primeiro porque tolhia qualquer aumento de preços dos produtos internos maior do que os preços externos, pois abriu a possibilidade de substituir produtos nacionais por importados e o segundo porque davam maior segurança tanto para as transações comerciais e financeiras como para a ancoragem
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