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Conversas com Historiadores Brasileiros Fernando Novais

Por:   •  19/8/2019  •  Resenha  •  425 Palavras (2 Páginas)  •  371 Visualizações

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NOVAIS, Fernado. “Entrevista” In: Moraes, J.Geraldo V. e Rego, J. Marcio. Conversas com historiadores brasileiros. São Paulo: ed.34, 2002

Fernando Novais é um renomado professor de História no Brasil. Lecionou na USP e, depois de se aposentar, na Unicamp. A escolha de sua carreira foi influenciada por seu comportamento estudioso, por seu pai (também professor) e por sua professora de história, Maria Simões, de quem gostava muito.

Em seu discurso, Fernando, explicita dois significados para História. O primeiro é, a História como uma memória construída de acontecimentos humanos em qualquer tempo e espaço. Já o segundo, a História como narradora desses acontecimentos. Portanto, visto que a História nasce junto com a existência da humanidade, “História não é bem uma ciência” pois ela precede as ciências.

Já que a História estuda os acontecimentos passados e presentes, fica difícil delimitar seu objeto e sua metodologia de estudo. Diferentemente das Ciências Sociais, que têm como objeto a demanda social. No entanto, isso não significa que a História não tenha um objetivo principal. A historiografia procura fazer a análise dos fatos para a reconstituição da memória histórica. Em contrapartida, a Sociologia quer apenas explicar a memória histórica e por isso, Novais, designa a História com sendo mais complicada que as Ciências Sociais.

Contando uma pouco mais sobre sua trajetória, o historiador Fernando Novais, diz sobre sua participação em um grupo de leituras filosóficas, que eram preferencialmente marxista, e de discussões sobre problema teóricos, filosóficos e metafísicos. O grupo durou de 1961 à 1964 e contava com filósofos, tais como Gianotti, sociólogos, como Florestan, e um historiador, Novais.

Além disso, Novais, acrescenta na conversa sua análise a respeito da Escola de Annales e o marxismo inglês. A principal diferença entre esses dois estudos é que em Annales o marxismo está ligado a filosofia, no marxismo inglês está ligado a historiografia. Porém, ele destaca, que pode haver concordância entre essas duas correntes. Ambas, dizem que deve haver diálogo com as Ciências Sociais e o uso de conceitos historicizando.

Adiante, o entrevistado, segue citando os dois maiores intelectuais brasileiros influenciadores do seu trabalho, Caio Prado Jr. e Sérgio Buarque de Holanda. Caracteriza Caio Prado como um estudioso mais heterodoxo e Sérgio Buarque como um pesquisador mais amplo e complexo.

O historiador concluiu com a temática que está presente nas suas principais obras: “Brasil Colonial”, discorrendo desde seu sistema econômico até sua independência. Com isso, ele apresenta as diferenças entre escravismo e escravidão; os três fatores que moviam o colonialismo: trabalho compulsório, acumulação externa e produção mercantil; e por fim, os interesses regionais e da elite no processo de independência.

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