Entrevista de Fernando Novais, do livro “Conversas com Historiadores”
Por: Matheus Valadão Lopes • 17/8/2016 • Relatório de pesquisa • 696 Palavras (3 Páginas) • 338 Visualizações
Nome: Matheus Valadão Lopes RA: 174698 Data: 10/03/15
Professores: Dr. José Dari Krein e Prof. Dr. José Denis Maracci Gimenez
Curso: Ciências Econômicas (Integral) Disciplina: CE105 (Fundamentos de Teoria Econômica)
Disciplina: CE105 (Fundamentos de Teoria Econômica)
Turma: A
Resumo do texto: Entrevista de Fernando Novais, do livro “Conversas com Historiadores”
Fonte:
Nesta entrevista, Fernando Novais começa a falar sobre a sua trajetória de vida e como foi a sua época de estudos na Universidade de São Paulo no curso de História. Como o curso era no mesmo local em que ficava a Faculdade de Filosofia, ele passou a assistir aulas de cursos como Antropologia e Sociologia. Nesse início de entrevista ele ainda fala sobre amizades que ele construiu com diversos professores do curso dele, virando assistente de alguns destes professores. Somente depois de 12 anos, Fernando defende o seu doutorado no ano de 1973. Ele se justifica mostrando a diferença entre um jornalista e um acadêmico, em que o primeiro escreve mais do que lê e o segundo lê mais do que escreve. Ele é um acadêmico.
Além de contar a sua história, ele passa a opinião dele sobre a Disciplina conhecida como História dizendo que esta área não é bem uma ciência, é um domínio de saber muito antigo anterior à ciência, `à universidade e obviamente às Ciências Sociais. A história tem dois significados: significa todo acontecer humano em todo tempo e em qualquer lugar. O segundo é a narrativa desse acontecer. E muitas vezes a história para muitos acaba juntando tanto o discurso literário (usando mitos e histórias que podem não ser totalmente verdadeiras) como o discurso historiográfico. E ele acha que essa junção não deveria ser tão feita pelos historiadores. A história é diferente de todas as outras áreas do conhecimento dentro das ciências humanas já que enquanto a Sociologia, Filosofia, Antropologia, Economia e outras seccionam a realidade e vêem certos ângulos, a História acaba tendo que ver o todo e muitas vezes usam outras ciências humanas para ajudar na compreensão da história em certos aspectos.
Fernando ainda conta sobre como entrou o marxismo na Universidade de São Paulo por meio de diversas maneiras: pelo curso do Florestan e pelo Seminário Marx, em que o Fernando Novais se reuniu com diversos intelectuais como Fernando Henrique Cardoso, Paul Singer, Ruy Fausto e Roberto Schwarz.
Diversos especialistas consideravam que deveria deixar de se fazer História Política, fazendo a interpretação econômica da história por meio de um viés político. Para Fernando, isto está correto, mas a saída não é abandonar a História Política, a saída verdadeira é fazer a História Política sem interpretações econômicas. Além disso, na entrevista falam mais sobre o marxismo, mostrando como estão os tempos atuais do marxismo e as influências francesas e inglesas no marxismo, a renovação que os ingleses deram ao marxismo e o que ele acha sobre a “crise nas Ciências Sociais” com uma crise da razão já que ocorreu também uma crise das utopias.
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