Crise Econômica Mundial
Por: Dayana M. Kabarite • 11/6/2021 • Trabalho acadêmico • 1.919 Palavras (8 Páginas) • 205 Visualizações
Crise econômica mundial
Universidade Veiga de Almeida
Matéria: Análise Economica de Mercado
Nome: Dayana Ramos Magalhães Kabarite
Matrícula: 20192301182
M201923020192301182
Crise econômica mundial
Introdução
Neste trabalho vamos falar de crise econômica mundial, mas antes de entrar no tema é importante entender o que é uma crise econômica. A crise econômica é o nome dado a um dos períodos do ciclo econômico, quando há uma diminuição de crescimento do país por conta da queda de sua atividade econômica. Essa queda pode impactar diretamente em todos os setores. Temos como referência o PIB como o maior indicador do estabelecimento de uma crise econômica. A crise nos leva ao declínio da atividade econômica. A demanda por consumo diminui, o que gera a diminuição da taxa de lucro das empresas.
Contexto da crise econômica mundial
Aconteceram algumas crises econômicas que impactaram mundialmente e marcaram a história. Segue abaixo alguma delas:
- Crise de 1929
Ao final da segunda guerra mundial, os Estados Unidos tinham a Europa como principal consumidora de seus produtos, devido ao impacto nas indústrias europeias com a guerra, a maior parte dos produtos precisava ser importada. Mas com o tempo, as indústrias foram se recuperando, sendo mais consumidos os produtos nacionais, e baixando o consumo por produtos importados.
Neste período os Estados Unidos sofreram a crise da superprodução, devido ao excesso de produção junto com a redução da exportação. A redução de compras e excesso de produtos, fez com que começassem a praticar demissões em massa, aumentando a taxa de desemprego e de pobreza. Foi uma crise do liberalismo, que defendia o estado mínimo, onde havia menor intervenção do estado. Esperava-se que a o mercado se ajustaria conforme a lei de oferta e demanda. Porém, o mercado não foi capaz de se autorregular, existe um colapso e se iniciando uma crise. Para a recuperação o país adotou a medida de intervenção do Estado na economia.
- Crise econômica mundial de 2008
Crise financeira também iniciada nos Estados Unidos. Foi um colapso no sistema de especulação, decorrente de uma bolha imobiliária. Antes de isso acontecer as pessoas tinham facilidade de empréstimos e negociações com os bancos, devido à baixa taxa de juros. Porém a forma desse empréstimo era por hipoteca, onde colocavam como garantia seus imóveis. Eram empréstimos altos e muitas pessoas não conseguiam pagar. Os bancos desconsideram o risco e vendiam essas dividas classificando-as como seguras. A inflação no país aumentou fazendo com que aumentasse também a taxa de juros, levamos ao esfriamento da economia e desvalorização dos imóveis. Assim as pessoas não conseguiram pagar suas dívidas. Como as negociações eram envolvidas por bancos de investimento, envolvia o mundo inteiro, gerando um efeito dominó, que levou os bancos ao colapso. Atingiu os Estados Unidos, depois a Europa e depois chegando em países ainda em desenvolvimento. Para evitar uma crise maior, o Estado mais uma vez precisou interferir.
Como vimos no vídeo Inside Job, era um crime cometido com a participação de alguém que tinha a confiança da vítima. Como os bancos que apostavam contra produtos que eles próprios vendiam aos clientes.
Foi uma desregulação geral do sistema financeiro, onde teve uma fusão ilegal do Citibank e do Travelers Group, que após ser legalizada se tornou o Citigroup a maior empresa financeira do mundo. O Banco Central Americano , favoreceu o Citigroup durante um ano do cumprimento das disposições da lei Glass Steagall que estava em vigor desde 1934, essa lei foi sancionada após a grande depressão e fazia a distinção entre bancos de investimento e bancos comerciais. Ela tinha como objetivo estabilizar o sistema financeiro e garantir que os depósitos de pessoas físicas não estivessem sujeitos aos riscos que os banqueiros do investimento por vezes assumem. Essa lei continuou em vigor até os anos 90, quando os bancos começaram a expandir, a se fundir novamente e a realizar operações de investimento. Neste período o setor bancário fez um lobby para revogar a lei, sendo revogada em 1999. Com tudo isso, os juros baixaram, os bancos lucraram vendendo hipotecas problemáticas, hipotecas de alto risco, tendo como aliada as agencias de classificação de crédito que foram cumplices. Não houve qualquer regulamentação do mercado de hipotecas enquanto uma enorme bolha crescia. E assim se chega ao colapso.
- Crise econômica no Brasil
No período entre os anos de 2014 e 2016, houve uma retração do Produto Interno Bruto no país. Sendo uma das causas, a crise global de 2008, que afetou o mercado internacional como um todo e também a política econômica adotada pelos administradores do governo.
O PIB sofreu uma queda de -3,8%, sendo essa queda a maior em 25 anos, afetando todos os outros setores, como o da indústria que teve um tombo -6,2%, o de serviços (bancos, mercados, cebelereiros, etc) em -2,7%. Importante ressaltar que o setor de serviços é o que mais emprega no Brasil e com a crise, empresários não conseguiram se manter, fechando suas lojas e fazendo com que a taxa de desemprego aumentasse.
O Brasil é um grande exportador de comanditeis, com a crise mundial o valor desses produtos caíram, fazendo que a exportação do país caísse também, mesmo com adoção de políticas econômicas por parte do governo, não foi possível evitar a recessão econômica. O setor mais afetado foi a indústria, causando demissão em massa e capacidade de consumo das famílias caíram. Até porque a inflação subiu, os produtos no mercado, como por exemplo: o leite, subiram, reduzindo assim o potencial de compra.
Nesse período também houve baixa Formação bruta de capital fixo, que são os investimentos que podem gerar mais produção e riqueza e aumentar o PIB. Intensificando uma crise política que culminou no impeachment da presidente Dilma Roussef. Para conter a crise, seu sucessor, Michel Temer, adotou várias medidas econômicas, como a PEC do teto dos gastos, a reforma trabalhista e a Lei da terceirização. Muitas dessas medidas se tornaram impopulares por seus riscos de precarização do trabalho e das possíveis consequências para a população diante das dificuldades que educação, saúde e segurança pública enfrentarão nos próximos anos com o congelamento dos gastos.
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