DESEMPREGO NO BRASIL - TIPOS, CAUSAS E TAXAS
Por: Vence Empreedimentos • 4/6/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.477 Palavras (10 Páginas) • 294 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO -UEMASUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E LETRAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DESEMPREGO NO BRASIL
Abril/ Imperatriz
2019
ALAYNE ADELINA DOS SANTOS SILVA
ANDRIELY SANTOS MENESES
GERCINO MENEGUSSI NETO
IGOR ALVES DE ARAÚJO
DESEMPREGO NO BRASIL
Trabalho apresentado ao curso de Administração como requisito para obtenção parcial de nota na disciplina de Macroeconomia referente ao primeiro semestre de 2019.
PROFESSOR: ROBSON MARTINS
Abril/ Imperatriz
2019
1. O QUE É O DESEMPREGO?
O conceito de desemprego que a maioria tem, sendo este, “a falta de emprego” não condiz com o conceito econômico de desemprego, que é basicamente a desaceleração da oferta de trabalho proporcionada pela redução no consumo e em consequência a diminuição da renda. Para se enquadrar neste conceito são necessários alguns critérios nos quais os indivíduos devem se encaixar para de fato serem considerados desempregados.
Estes critérios são utilizados para calcular as taxas de desemprego, que aparecem nos noticiários e pesquisas, já que influem nas medições. Num primeiro momento só se enquadram nessas taxas quem faz parte da PIA (População em Idade Ativa) que é formada por todas as pessoas na faixa etária apta a exercer algum trabalho, esta se divide em dois grupos:
• PNEA (População Não Economicamente Ativa): Onde se encaixam as pessoas que não trabalham por que tem alguma deficiência (física ou mental); desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego por não terem obtido sucesso com buscas anteriores) e pessoas que não querem trabalhar.
• PEA (População Economicamente Ativa) que se divide em:
►População Ocupada (PO): Pessoas empregadas com carteira assinada; trabalhadores autônomos; empregadores; voluntários e estagiários não necessariamente remunerados que trabalham por no mínimo 15 horas semanais
►População Desocupada (PD): Pessoas que não trabalham mas estão dispostas a trabalhar e que recentemente procuraram empregos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável por calcular as taxas de emprego e desemprego no Brasil. Após todas as diferenciações entre PIA, PNEA, PEA, PO e PD é que são finalmente calculadas as taxas de desemprego, que são obtidas pela porcentagem da PEA que está desocupada. Ou seja só é considerado desempregado o indivíduo que se enquadra na população economicamente ativa (PEA) e na população desocupada (PD).
Existem ainda quatro formas de desemprego, são eles:
• Desemprego Cíclico: que se dá pela falta de trabalho durante uma crise econômica (recessão), e que pode ser revestido se a economia melhorar.
• Desemprego Estacional ou Sazonal: surge pela flutuação estacional da oferta e da procura. É um desemprego por épocas, que pode ser muito bem exemplificado pelo setor da agricultura onde em épocas de colheita a oferta de trabalho aumenta e o desemprego diminui.
• Desemprego Friccional de Transição ou Mobilidade: é marcado pela transição de postos. Ocorre quando o empregado e o empregador não entram em acordo e o empregado acaba pedindo demissão ou sendo demitido, de forma que o mesmo parte a procura de outro emprego. É uma forma provisória de desemprego e tende a ser constante.
• Desemprego Estrutural: é um desajuste entre a procura e oferta de mão-de-obra. Mais especificamente é quando há pouco emprego para muitos desempregados. Esta situação exige a intervenção do Estado para solucionar o desequilíbrio.
Do ponto de vista pessoal, social e político pode-se perceber que o desemprego afeta a todos, de modo que a conta do desemprego é paga pela coletividade dos indivíduos de uma sociedade, já que o desemprego é um fator que acarreta no aumento de impostos. Além disso aumenta o índice de violência e criminalidade visto que com a ausência de emprego, algumas pessoas procuram outras alternativas ilegais para conseguirem a renda de que precisam, o que afeta a sociedade como um todo. Essas e outras consequências como o aumento de problemas relacionados com o bem-estar pessoal, familiar e como já foi falado social, levam a crer que o desemprego é um problema que não afeta somente uma parcela da população, mas sim todo o corpo social de um país, região, estado e cidades.
2. FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DESEMPREGO NO BRASIL
• Baixa qualificação profissional: os trabalhadores que não possuem treinamento ou formação profissional ou acadêmica adequada para uma vaga específica ou outra qualquer termina se tornando ocioso no mercado de trabalho.
• Substituição de mão de obra por máquinas: desde a revolução industrial as pessoas têm sido substituídas gradativamente por máquinas na linha de produção, em dias atuais, na Revolução Digital (ou Terceira Revolução Industrial) por exemplo, o bankline gerou o fechamento de milhares de vagas, já que os serviços bancários podem ser realizados por um aplicativo de smartphone ou num programa no computador, substituindo os caixas de atendimento nos bancos.
• Crise econômica: num país em crise financeira, o consumo de bens e produtos tende a diminuir, já que com a alta dos preços, o poder de compra da população é reduzido, com isso, as empresas demitem funcionários para reduzir os custos e assim poder enfrentar a crise mantendo a lucratividade.
• Crise das Commodities: são produtos primários com cotação internacional, ou seja, mercadoria básica mais consumida pela população, podendo ser agrícola, como carne e soja, ou mineral, como madeira e petróleo. O ápice das exportações das commodities iniciou em 2004 com alta demanda da China ocasionada por um crescimento acelerado desse país, o que influenciou preços, os deixando altos, e favoreceu países produtores, como o brasil. As exportações aumentaram mais de 500% entre 2005 e 2011, entretanto, houve redução da demanda a partir de 2011, já que a China adotou um novo modelo econômico que valoriza o mercado interno, o que fez com que as exportações brasileiras diminuíssem e os preços brasileiros caíssem. Em 2018, as commodities voltaram a alcançar alto índice de exportações, alcançando 50,2% em comparação com os 51,4% em 2011(índice máximo já alcançado), entretanto, segundo a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), em 2019 esse valor deve cair em 7,3%.
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