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ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO COMPARADO

Por:   •  8/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  7.032 Palavras (29 Páginas)  •  412 Visualizações

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ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO COMPARADO

Padrões Monetários Internacionais e Modelos de Crescimento

1. Padrão ouro clássico (1819-1914):

Constitui-se pelo período de industrialização tardia e crescimento para fora.

a) Industrializações tardias(EUA,Alemanha)

 Projeto nacional bem definido;fortalecimento da economia/hegemonia nacional – superação do poder econômico mundial.

 Copiar técnicas, estabelecer controle de capitas e erguer barreiras tributarias;

 Beneficiamento pelo déficit de atenção inglês.

 Consolidação de meios de produção.

b) Crescimento para fora:(Argentina)

 Especialização em commodities;

 Financiamento externo.

 Desenvolvimento exógeno.

Apesar de serem parecidos, no modelo de crescimento para fora não há nenhuma ameaça a hegemonia inglesa, de modo que esses países não constituíram indústrias para competir com a mesma.

O que determinava o ciclo econômico destes países dependia dos interesses ingleses, enquanto centro cíclico principal.

De uma forma geral todos os projetos que deram certo foram através de nações que buscavam superar o poder econômico e não se submeter (modelo de industrialização tardia), montando cada qual o seu projeto nacional. Sendo estes com muito mais autonomia quando os autores principais (centos cíclicos) são modificados, ou seja, não sofrem tanto quanto os países periféricos dependentes (modelo de crescimento para fora)

O que determina o ciclo dinâmico internacional são os interesses ingleses, ao passo que a Inglaterra conseguia financiar e amortecer as suas flutuações cíclicas transferindo o ônus do ajustamento aos demais países dependentes.

No caso brasileiro, buscou-se copiar o modelo de industrialização tardia, porém sem a capacidade de ameaçar a hegemonia vigente denominando-se então subst. Importações.

c) Substituição de Importações:

. Substituição da Pauta de Importações por produtos de menor elasticidade preço / bens de capital.

. Resposta a crise estrutural do modelo de crescimento para fora tendo em vista a crise da supremacia inglesa, centro dinâmico da economia mundial.

. Falta de divisas – Crise da supremacia inglesa e falta de interesse dos EUA. Logo, a adoção o modelo de SI responde a um contexto de forte de redução de capacidade para importação diante da escassez de divisas, falta de interesse americano e crise inglesa – Industrialização restringida, sem capital externo.

. A medida que o processo de industrialização torna-se mais complexo, a aversão ao risco por parte do capital privado, nos países periféricos, faz necessário a maior intervenção estatal no processo. Desta forma, o avanço vai passando a exigir um maior planejamento necessário para superar o processo de substituição de importações, visando uma industrialização liderada pelo estado que tinha como objetivo criar uma produção pré demanda.

. Contudo, o estado nunca assumiu efetivamente a vontade de potência nacional, mas sim a busca de afrouxamento da restrição externa ao crescimento. Sendo assim, não consegue consolidar conglomerados nacionais – não houve rompimento com o modelo originário do capitalismo mercantil tradicional. Portanto os processos são bem mais lentos do que nos demais países que adotaram este sistema e pouco planejamento da industrialização.

2. Padrão Bretton Woods:

a) Estratégia de Desenvolvimento a Convite:

O padrão Bretton Woods substitui o padrão ouro clássico pelo padrão dolar-ouro, pode ser caracterizado como capitalismo regulamentado.

. EUA – Centro dinâmico mundial – pós segunda guerra mundial.

. Defesa dos ideais capitalistas.

. As boas condições de crescimento estavam pautadas no contexto da guerra fria recebendo uma ajuda maior dos EUA (dependia da sua posição quanto aos regimes econômicos – Capitalismo ou Socialismo).

. Promoção de ajuda econômica e militar por parte dos estados unidos e Keynesianismo expansivo. Esses pacotes geraram um processo de industrializações aceleradas – Japão e Alemanha por exemplo. Desta forma, os EUA promoveram o desenvolvimento estratégico desses países.

.Criação da Tríade Econômica – Os Estados Unidos não só apenas permitiu como promoveu o desenvolvimento estratégico desses países.

b) Diferenciação de partes da periferia (Brasil, Taiwan e México):

A periferia depende de um processo planejado de industrialização, como não teve uma posição estratégica no contexto da guerra fria, não gozou de ajuda externa(EUA) nem apoio para construir uma dinâmica regional forte.A lógica de expansão ficou muito dependente de empresas transnacionais que não aliviaram nossa restrição externa(não geravam divisas, os lucros eram remetidos para as matrizes) e além disso ficou muito dependente de financiamento externo.

A periferia não era privilegiada, uma vez que o plano Marshall escolheu parceiros estratégicos com grande dinamismo regional, a saída na maior parte dos casos foi a necessidade de endividamento externo por parte dos países uma vez que dispunham de pouca poupança externa.

FIM: A necessidade de ajustamento americano fez com que fosse necessária uma emissão monetária que impediu que se mantivesse o lastreamento do dólar com o ouro levando ao fim do Acordo de Bretton Woods e a adoção do dólar flexível.

3. Padrão Dólar Flexível (Década de 80)

3.1-Inicio de um processo de desregulamentação e inovações financeiras a partir dos EUA em prol de :

A) Reafirmar a segurança da sua moeda

B) Competitividade produtiva

Para realizar essa medidas o efeito colateral foi impor ajustamento aos demais países da tríade e arrastar a periferia a uma crise estrutural sem precedentes

3.2-Globalização como estratégia de reafirmação do poder hegemônico dos EUA

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