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ECONOMIA EMPRESARIAL

Por:   •  15/11/2015  •  Ensaio  •  5.639 Palavras (23 Páginas)  •  704 Visualizações

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ECONOMIA EMPRESARIAL

A economia empresarial, pelo estudo da análise de mercado, é o ramo da ciência econômica que se preocupa com a discussão sobre o comportamento econômico de consumidores, famílias e empresas, como, por exemplo, na formação dos preços em mercados específicos.

Na verdade, nesse aspecto temos um estudo microeconômico, seja no âmbito propriamente econômico, seja na esfera administrativa, de gestão industrial e serviços. Ao analisar os mercados específicos, devem ser levadas em consideração, no estudo da microeconomia, determinadas informações que nos fazem entender e compreender melhor a divisão da teoria econômica. Em outras palavras: Sobre mercado, preços, funções e equilíbrio

• O mercado é o local ou contexto no qual compradores e vendedores tendem a comprar e a vender produtos. No caso da microeconomia, tem-se um mercado para cada bem e/ou serviço no sistema econômico;

• Nos mercados específicos, são formados os preços. O preço de um determinado bem e/ou serviço é a sua relação de troca pelo dinheiro, ou seja, a quantidade de reais (R$) necessários para ser transacionada uma unidade da mercadoria (bem e/ou serviço);

• De acordo com esse contexto de mercados específicos, apresentam-se funções que demonstram relações entre compradores e vendedores, ou seja, uma função mostra a relação entre duas ou mais variáveis, indicando como o valor de uma variável (chamada dependente) depende e pode ser calculado pela especificação do valor de uma ou mais variáveis (definidas como variáveis independentes);

• O equilíbrio é uma condição de um mercado que, uma vez atingido, tende a persistir. O equilíbrio, de acordo com o que veremos nesta aula, resulta do balanceamento das forças do mercado.

A respeito da hipótese coeteris paribus (tudo o mais permanece constante), proposta por Pindyck & Rubinfeld (2010)

• Refere-se ao chamado efeito líquido (ou puro) que cada variável tem em relação a outra qualquer, especificamente;

• Na microeconomia, segundo Pindyck e Rubinfeld, os preços relativos (em outras palavras, os preços de um bem em relação aos demais) são mais relevantes do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias;

• Genericamente, os princípios básicos, para os consumidores, referem-se aos desejos que estes desejam maximizar. Entretanto, para as empresas, esses princípios abrangem a maximização de seus lucros totais. Temos, portanto, a racionalidade individual de consumidores e empresas;

• A análise da teoria microeconômica (ou teoria dos preços) pode ter papel fundamental no auxílio às decisões de planejamento (e administração) das empresas ou de alguma organização produtiva (tais como na formação da política de preços, previsões de custos de produção, etc.), por exemplo.

Teoria de mercado

Um mercado específico caracteriza-se como um ambiente onde grupos de pessoas (físicas e/ou jurídicas) se encontram para tentar comprar e/ou vender algo (bem e/ou serviço). Com os modernos meios de comunicação e a diversificação do comércio, tais pessoas não precisam estar necessariamente em contato direto. Porém, desde que sejam “conhecedoras” dos preços e das possibilidades de entrega, procede-se o intercâmbio e, consequentemente, caracteriza-se o mercado de trocas. A teoria de mercado (na microeconomia) demonstra, então, que um mercado é compreendido como local (ou unidade econômica ou convergência), onde são encontrados compradores/vendedores, realizam-se forças de oferta e demanda (procura) por bens e/ou serviços e são formados os preços, conforme veremos adequadamente na aula posterior.

Sistema de mercado: demanda, oferta e equilíbrio de mercado

A lei da demanda

As trocas são realizadas nos mercados interno e externo. Nestes, atuam (conjuntamente) as forças de demanda e oferta por mercadorias (bens e/ou serviços). Como os recursos são escassos, compradores e  vendedores tendem a entrar em um acordo sobre os preços dos produtos, de tal forma que sejam feitas as transações das quantidades dessas mercadorias por uma determinada quantidade de dinheiro (ou moeda). Nesse contexto, os preços dos produtos (mercadorias) podem ser definidos como a quantidade de reais (R$) necessários para obter uma determinada quantidade de mercadorias em troca.

Fixando preços para todos os produtos (bens, serviços e mesmo para os fatores de produção), o mercado permite a coordenação de compradores e vendedores, assegurando a viabilidade de um sistema capitalista por meio do chamado livre jogo da oferta e demanda.

O livre jogo da oferta e demanda é uma peça-chave no funcionamento de toda a economia de mercado e onde tende-se a obter o que definimos como equilíbrio de mercado. Pela visão microeconômica, o funcionamento de um mercado e a formação de preços ocorrem devido às relações entre demanda e oferta.

A demanda (procura) por um determinado produto indica o quanto alguém (ou mesmo um grupo de pessoas), deseja consumi-lo, de acordo com o preço e período de tempo desse produto.

Como exemplo, tomemos o gráfico que representa o comportamento da demanda em relação a um produto X.

Quando o preço está em um nível elevado, a demanda pelo produto é menor, ou seja, uma boa parte dos consumidores não está disposta a adquirir o produto nesta faixa de preço.

No gráfico, ao preço Px = R$ 7,00 teremos

Qx = 1.000 Kg a serem consumidos. Se o preço está em um nível mais baixo, a demanda pelo produto será maior, pois mais consumidores estarão dispostos a adquirir o produto naquele nível de preço.

Nota-se no gráfico que ao preço Px = R$4,00 haverá Qx = 4.000 Kg a serem compradas

Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade Qx do produto no mercado não é somente influenciada pelo preço Px. Existe uma série de outras variáveis (ou fatores) que também afetam a demanda desse produto.

Dessa forma, segundo Vasconcellos (2010), temos que, geralmente em termos quantitativos, os fatores mais significativos que acabam afetando também a demanda dos consumidores na sua maioria dos mercados são:

Qx = f (Px, Py, Pz, R)/t

Qx = quantidade procurada (demandada) do produto X

Px = preço do produto X

Py = preço do produto substituto

Pz = preço do produto complementar

R = renda do consumidor

t = significa determinado período de tempo (dias, meses, etc.)

Demanda de mercado

De acordo com a função da fórmula, Qx = f (Px, Py, Pz, R)/t, coeteris paribus, se houver um aumento da renda e isso fizer com que haja um crescimento da demanda, dizemos que o produto (X) é de consumo normal. Porém, caso ocorra um crescimento da renda e, simultaneamente, queda da demanda, o produto é de consumo inferior. Ainda no que diz respeito à função (geral) da demanda acima, coeteris paribus, havendo aumento do preço de um bem Y e consequente aumento da demanda do produto X, diz-se que X e Y são produtos substitutos. Por outro lado, se ocorrer um aumento do preço de um bem Z e isso causar a diminuição da demanda do produto X, assim, X e Z são produtos complementares. É importante destacar que existe uma categoria que chamamos de bens de consumo superior.

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