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ECONOMIA REGIONAL: UMA ANÁLISE DAS DESIGUALDADES REGIONAIS

Por:   •  13/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.257 Palavras (22 Páginas)  •  377 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

NIELLY LIMA BARROSO

UMA ANÁLISE DAS DESIGUALDADES nas regiões brasileiras

João Pessoa, 2018

NIELLY LIMA BARROSO

ECONOMIA REGIONAL: UMA ANÁLISE DAS DESIGUALDADES REGIONAIS

Trabalho apresentado à disciplina Economia Regional, do curso de graduação em Economia da UFPB, como requisito parcial de avaliação no Período 2017.2.

Prof.(a): Liedje Siqueira

João Pessoa, 2018

RESUMO

Este trabalho tenciona analisar as regiões brasileiras no que tange aos aspectos demográficos e sociais de que cada uma. O objetivo principal é construir um conjunto de informações relevantes que caracterizem a situação que se encontra cada região em termos de situação socioeconômica, educacional e de emprego. Para isso, foram utilizados dados secundários coletados no site do IBGE. Através do Sistema Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE no portal de Recuperação de Dados - SIDRA e da Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios.

Palavras-Chave: Desigualdade. Economia regional. Rendimento.

1 INTRODUÇÃO

        O objetivo deste trabalho é analisar os aspectos demográficos e sociais de cada região brasileira. Um dos aspectos que marcam o Brasil, além da sua desigualdade de indivíduos, é a presença de desigualdades regionais.

Desde o período colonial, a estrutura produtiva brasileira foi se moldando e concentrando a produção e renda na região Centro-Sul do país. Isso se deu, principalmente, devido ao escoamento de recursos da região Nordeste para estas regiões, onde a liberação de recursos advindos da atividade de exportação do café teria permitido a formação da indústria no Sudeste.

Mesquita (2009) aponta que a formação social do Sul e Sudeste, que teve uma base social mais homogênea e menos conflituosa do que no Nordeste, levou à formação de comunidades em que o nível de capital social é maior. Portanto, estas regiões apresentaram um maior crescimento em relação as outras regiões.

Além desta seção, este trabalho possui mais sete seções. Na segunda seção são discutidos os objetivos da pesquisa. É apresentado os fundamentos teóricos que norteiam a análise empírica, na terceira seção. Na quarta seção, é apresentado a metodologia que foi utilizada para elaboração do trabalho. Na quinta seção, consta os resultados obtidos a partir da metodologia. E na sexta seção é destinada a conclusão. E a sétima e última seção é apresentado as referências na qual este trabalho foi baseado.

2 OBJETIVOS

2.2.2 Objetivos Geral

        O objetivo geral deste trabalho é analisar as características demográficas e sociais das regiões brasileiras, entendendo alguns dos elementos que marcam a desigualdade regional do país.

2.2.3 Objetivos Específicos

  • Coletar os dados referentes a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano de 2015;
  • Gerar os resultados através do programa STATA, analisando os principais resultados obtidos;
  • Proporcionar uma reflexão acerca das desigualdades regionais.

  1. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 LITERATURA TEÓRICA

        Nesta seção será feita uma revisão da literatura acerca das desigualdades regionais, e uma breve análise no que tange o Estado da Paraíba.

2.1.1 Mercado de Trabalho Paraibano

        O Estado da Paraíba apresenta a mesma dinâmica característica de alguns estados situados na região Nordeste do país, marcados pelo atraso econômico, político e social. Isso é resultante, em parte, de questões naturais como a seca, e também da reprodução de uma economia tradicional baseada na agricultura de subsistência.

Em Uma Política de Desenvolvimento Econômico para o Nordeste, o economista Celso Furtado (1967) analisou os aspectos da região Nordeste e revela como a estrutura de produção brasileira e as instituições sociais marcaram a formação de um país desigual regionalmente. Furtado ratifica que o problema do Nordeste não é necessariamente o clima, mas sim, fundamentalmente, o seu subdesenvolvimento tendo em vista a concentração Centro-Sul do país.

Para ele, a distribuição da renda média no Nordeste é mais concentrada e o nível de concentração vem desde o período colonial. Então, não há só uma grande desigualdade entre regiões, mas essa desigualdade tende a se acentuar porque ritmo de crescimento da região Nordeste é menor do que da região Centro-Sul. Furtado expõe que a percepção da desigualdade de renda entre as regiões não era percebida pelo governo, e que o problema para eles era a seca. Diante disso, a solução seria a industrialização, via armazenamento de água, o que favorecia a região Centro-Sul, porque a região estava se industrializando e a maioria dos recursos do Nordeste aplicados escorriam para o Centro-Sul.

Assim como há a presença de desigualdades entre as regiões, também existe esse aspecto quando se volta para as mesorregiões de um Estado, como acontece na Paraíba. A Paraíba é composta por quatro mesorregiões: a mesorregião da Mata Paraibana, do Agreste Paraibano, da Borborema e do Sertão. Em virtude dos aspectos econômico, político e social, as mesorregiões apresentam contrastes. A mesorregião da Mata Paraibana é a mais povoada e urbanizada, concentrando também boa parte da riqueza do Estado, principalmente devido às políticas de urbanização do governo, bem como a elevada aceleração da população urbana, através das migrações campo-cidade. Logo, as melhores condições de emprego e renda estão aí localizadas também.

  1. Desigualdades Regionais

Dentro de sua especificidade histórica, o Estado Brasileiro, ao tornar-se o principal promotor do desenvolvimento, terá que se confrontar também com um sério problema, ligado à formação do Estado nacional: as desigualdades regionais. O processo de desenvolvimento, que é desigual e combinado, no caso brasileiro, é agravado pela “herança regional”, determinada pela nossa evolução histórica (COHN, 1978).

Celso Furtado já analisava essa questão, e o mesmo mostra que o problema da desigualdade regional brasileira vem desde o período colonial, e marca um fenômeno de atraso econômico e de exclusão social. Não é à toa que segundo a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), o Brasil está entre os dez países mais desiguais do mundo.

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