Economia Contemporânea Brasileira
Por: _dan19 • 8/6/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 580 Palavras (3 Páginas) • 215 Visualizações
- Descreva as políticas de defesa do setor cafeeiro e analise seus efeitos sobre a economia.
Como o café era fundamental para a economia do país, esta política era um “castelo de cartas”, pois qualquer alteração no mercado externo impactaria diretamente na economia interna.
Com a crise que atingiu os países capitalistas da época, as exportações caíram bruscamente, o que teve impacto direto na economia brasileira. Para defender o setor cafeeiro, o então presidente Getúlio Vargas adotou uma política que contava com a emissão de dinheiro em massa, além das constantes desvalorizações cambiais. Além disso, o governo também comprava e destruía o excesso do café produzido, para conservar o equilíbrio dos preços.
Porém, com a desvalorização do real, as importações encareciam, o que teve consequências positivas, como o aumento na procura de produtos nacionais, beneficiando nossa indústria, mas também apresentou efeitos negativos, como o encarecimento de produtos e equipamentos que eram importados, dificultando a instalação de novas fábricas e indústrias.
- Explique como se processou o deslocamento do centro dinâmico da economia neste período.
Como os produtos importados estavam se tornando mais caros e difíceis de serem adquiridos, houve o deslocamento da demanda que foi mantida dos produtos antes importados para a produção nacional, e a queda de rentabilidade do setor cafeeiro fez com que o capital fluísse para outros setores.
Vendo a fragilidade causada pela dependência a um único produto e a dificuldade e desinteresse do setor privado em investir nas indústrias nacionais, o governo passou a fazê-lo. Nesta época, foram criadas empresas como a Vale do Rio Doce e a Eletrobras, reduzindo o custo de importação com itens que antigamente eram importados. Com isso, produtos que anteriormente dependiam majoritariamente de importações passaram a ser fabricados no Brasil.
- Explique o PSI, passando pelos seguintes pontos: mecanismos utilizados para proteção à indústria nacional e dificuldades na implementação desse processo.
O PSI foi estimulado pelo desequilíbrio externo, que resultou no crescimento e diversificação da indústria. Se antes de 1930 era o desempenho das exportações a determinar o produto, a renda e o emprego na economia brasileira, após 1930 o mercado interno passa a determina-los. As características do PSI são a industrialização fechada e por etapas. O PSI conta com grande participação estatal e causa aumento da concentração de renda e escassez das fontes de financiamento.
Os mecanismos utilizados envolviam enorme participação estatal e investimentos em indústrias. Com isso, o campo ficava em segundo plano, o que causou a migração em massa das pessoas do interior para as cidades grandes. Contudo, como este fluxo migratório era caracterizado por pessoas com pouco estudo, quando elas conseguiam se empregar, não ocupavam cargos notórios, deixando-os para os próprios moradores das capitais, que tinham condições de se preparar melhor para aquelas posições. Isso gerou concentração de renda e aumento na desigualdade.
As principais dificuldades na implementação do PSI no Brasil foram a tendência ao desequilíbrio externo, pois o governo controlava a variação de câmbio. Além disso, não havia competitividade na indústria, e as demandas por importações aumentaram em virtude do investimento industrial e do aumento da renda. Outra dificuldade enfrentada na implementação do PSI foi o aumento da participação estatal nos investimentos, o que tendeu ao déficit público e aumento da inflação.
Houve também o êxodo rural, causado pelo desestímulo à agricultura e desemprego no setor. Com a criação das legislações trabalhistas, que não contemplavam os agricultores, eles se viram desamparados e migraram para a cidade. Porém, devido ao baixo grau de estudo, não conseguiam bons salários na indústrias, o que causou concentração de renda.
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