Economia e Mercado
Por: Welthon Gomes • 25/5/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 12.821 Palavras (52 Páginas) • 327 Visualizações
ECONOMIA E MERCADO
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 1ª AULA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
O estudo dos aspectos econômicos da vida ajuda o homem a entender como suas necessidades são atendidas e como ocorre a prosperidade, com a conseqüente acumulação da riqueza.
Para Samuelson e Nordhaus (1999), a Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor. Para O’Sullivan, Sheffrin & Nishijima (2004), é o estudo das opções que os indivíduos fazem diante da existência de escassez de bens e/ou serviços de qualquer natureza. Portanto, a limitação desses recursos é a motivação do estudo econômico.
Um sistema econômico, para Passos e Nogami (2001), é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Os recursos, aqui tratados, são os recursos produtivos, divididos em grupos, como: os recursos naturais (terra); o trabalho humano; o capital; e a capacidade empresarial. Alguns autores incluem a tecnologia nesse rol.
O sistema econômico funciona por meio da ação dos agentes econômicos, representados pelas famílias ou unidades familiares; pelas empresas ou unidades produtivas; e pelo governo, que se interagem no mercado, lugar este em que, segundo Passos e Nogami (2001), compradores (lado da procura) e vendedores (o lado da oferta) de bens, serviços e recursos estabelecem contatos e realizam transações.
Para se ter um bem é preciso que se combinem os recursos, atividade que se realiza nas unidades produtivas, administradas por indivíduos capazes, cuja função é planejar, organizar, dirigir e controlar o processo produtivo, os gestores.
Para Moreira (1999), a Gestão da Produção é o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de decisões em todas as fases.
O marco que define o papel fundamental da produção, como motor do crescimento econômico e do desenvolvimento, foi a Revolução Industrial, em 1776, que agregou ao bem produzido, o valor da mão-de-obra, multiplicada pela capacidade das máquinas.
O conhecimento das teorias econômicas, particularmente aquelas que explicam os fenômenos da oferta e da demanda; do equilíbrio e dos desequilíbrios do mercado, tanto a nível micro como macroeconômico; e a gestão da produção, dá suporte para entender o mercado e tomar decisões coerentes com a sinalização que este oferece, no intuito de se obter eficiência e eficácia na produção de uma fábrica.
1.1 Demanda agregada, oferta agregada e crescimento econômico
O equilíbrio macroeconômico refere-se à Economia como um todo, refletindo, no ponto de vista de Rossetti (2007), a totalização da procura e oferta de todos os bens e serviços transacionados na Economia.
A Figura 1 apresenta as funções da procura e oferta agregadas, em que as variáveis de referência são preços em índices no eixo vertical e quantidades, no eixo horizontal, pelo produto real da economia como um todo. A curva da oferta é a OA e a da demanda é a DA.
O equilíbrio do sistema como um todo, ainda segundo Rossetti (2007), é assinalado por E, determinado pelo produto efetivo, Y, que os agentes econômicos externos e internos estão dispostos a adquirir ao preço vigente, p. O nível Ype indica o ponto máximo de equilíbrio a pleno emprego.
[pic 1]
Fonte: Rossetti (2007, p. 736)
Figura 1 – Funções de oferta agregada, OA, e de procura agregada, DA.
1.1.1 Demanda Agregada
A demanda agregada, segundo Rossetti, (2007), expressa os gastos de todos os macroagentes econômicos, consumidores, empresas e governo, agregativamente considerados.
No modelo keynesiano básico (lado real da economia) soma-se, conforme Vasconcellos (2008), a demanda líquida do setor externo (Exportações X- Importação M).
Assim, a demanda agregada (Y) é o somatório das demandas de bens de consumo pelas famílias (C), dos investimentos pelas empresas (I), das compras do governo (G), mais as exportações líquidas EL (X-M)., ou seja: Y=C+I+G+EL ou C+I+G+X-M
A Figura 2 ilustra a inclinação negativa da curva da demanda agregada, que está assim configurada pelo efeito dos níveis dos preços sobre a quantidade demandada de bens e serviços para consumo (C), investimento (I) e exportações líquidas (X-M).
Para Mankiw (2005), existem três razões para essa relação negativa. Quando o nível de preços cai, a riqueza real aumenta; as taxas de juros caem e a taxa de câmbio se deprecia. Esses efeitos aumentam o consumo, os investimentos e as exportações líquidas, demandando uma quantidade maior de bens e serviços.
[pic 2]
Fonte: Mankiw (2005, p. 730)
Figura 2 - A curva da demanda agregada.
A curva de Demanda Agregada pode se deslocar em função dos fatores que a compõe.
Assim, para Mankiw (2005), um evento que faça com que os consumidores gastem mais a um nível de preços dado (um corte de imposto, um boom no mercado de ações), desloca a curva de DA1 para a direta, DA2. Quando gastam menos, inversamente, provocam um deslocamento à esquerda, DA3, como se vê na Figura 3.
[pic 3]
Fonte: Mankiw (2005, p. 733 - Adaptada))
Figura 3 - Deslocamentos da curva da demanda agregada em função do consumo.
Para Froyen (2006), os dispêndios dos consumidores continuam ser o maior componente da demanda agregada.
Assim, outros componentes da demanda agregada, caso aumentem ou diminuem sua participação, podem provocar o deslocamento dessa curva para a direita ou para a esquerda, mantendo o nível de preços, como: o nível de investimentos, os gastos do governo em compras de bens e serviços, o saldo líquido das exportações e importações.
Para Rossetti (2007), essas variações decorrem dos fatores determinantes:
a) nível de renda agregada disponível;
b) oferta monetária;
c) condições de acesso ao mercado de crédito;
d) dispêndios do governo;
e) tributação;
f) taxa de câmbio;
g) política de comércio exterior;
h) atratividade para investimentos externos;
i) clima interno dos negócios; e
j) expectativa dos agentes econômicos.
1.1.2. Oferta Agregada (OA)
A oferta agregada, para Vasconcellos (2008), representa a quantidade que os produtores desejam vender no mercado.
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