Exercício de Macro II
Por: Lucélia Martins • 24/8/2017 • Exam • 1.700 Palavras (7 Páginas) • 833 Visualizações
Exercício de Macroeconomia 2
Lucelia Martins 14.2.3723
Avalie as proposições como verdadeiras ou falsas e justifique suas respostas:
1. Segundo a abordagem de Friedman, Curva de Phillips passa a explicar a aceleração da taxa de inflação (e não simplesmente a taxa de inflação).
Verdadeira, a aceleração da inflação decorre da correção das expectativas e incorporação da mesma nas novas negociações dos agentes
A curva de Phillips é uma relação inversa entre a taxa de desemprego e a taxa de aumento nos salários nominais. Quanto mais alta a taxa de desemprego mais baixa será a taxa de inflação salarial. Em outras palavras, há um hiato entre a inflação salarial e o desemprego. πt = (μ + Z) -α ut .
Ela mostra que quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a taxa de inflação, ou seja, menos desemprego pode ser alcançado obtendo-se mais inflação, ou a inflação pode ser reduzida permitindo-se mais desemprego. Existe ainda a versão da curva de Phillips com expectativas (abordagem de Friednam) é a curva de Phillips aceleracionista. Utilizando o método das expectativas adaptativas ela indica que para que se mantenha a taxa de desemprego a níveis inferiores ao da taxa de desemprego natural, o que importa não é a taxa de inflação, mas sim sua variação, necessitando-se assim de taxas de inflação cada vez maiores para manter as taxas de desemprego abaixo da taxa natural.
π e t = πt-1 Expectativas adaptativas.
π e t = πt Expectativas racionais.
2. Quanto mais horizontal for a Curva de Phillips, menor será o sacrifício decorrente do processo de estabilização.
Falso. Verifique que, quanto mais horizontal a curva de Phillips aceleracionista, maior será o desvio da taxa de desemprego em relação à taxa natural para uma dada redução da taxa de inflação. É exatamente o contrário, quanto mais vertical menor a taxa de sacrifício
3. Quando os preços esperados forem idênticos aos preços realizados, a curva de oferta será horizontal.
Falso. Considere a oferta de Lucas: Y = Ῡ + α (P – Pᶱ) → Y=Ῡ. A curva será vertical.
[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4][pic 5][pic 6] |
4. No longo prazo, a possibilidade de que políticas ativas de administração da demanda sejam utilizadas para reduzir a taxa de desemprego, trazendo-a para um nível inferior à taxa natural, independe do formato da Curva de Phillips.
Falso, no longo prazo, as políticas de administração da demanda (políticas fiscal e monetária) tendem a não alterar a taxa de desemprego da economia, de modo que a mesma permaneça na taxa natural. No longo prazo, a Curva de Phillips é vertical para todas as escolas, pois no LP é a situação em que a economia está, por definição, em sua taxa natural
Obser vaç ão: No CP, a possibilidade de políticas de estabilização depende do
5. Quando os agentes formam expectativas com base em informações passadas, apenas o componente não antecipado da política monetária afeta o produto real.
Falso. No caso de expectativas adaptativas não existe um componente não antecipado da política monetária. Observe que o item estaria correto se fossem “expectativas racionais”
6. De acordo com as expectativas racionais, a política monetária não tem efeito algum sobre o produto real.
Falso. Se as expectativas forem formadas racionalmente, as ações de política de demanda agregada previstas não afetarão o produto real ou o emprego, nem mesmo no curto prazo. O público irá assimilar qualquer “regra” sistemática de política econômica, como, por exemplo, um aumento do estoque de moeda para conter o desemprego. Qualquer conjunto de medidas sistemáticas de política será antecipado e não afetará variáveis reais. Porém, no caso de surpresa monetária, quando o aumento no estoque de moeda não é previsto, o modelo novo-clássico admite que o produto e o emprego sejam afetados
7. Quando preços e salários são rígidos, a oferta agregada é positivamente inclinada.
Falso. No curto prazo, com preços e salários rígidos, a demanda agregada passa a assumir um papel central na determinação do produto e, por conseguinte, nas flutuações que a economia apresenta. Diferentemente do modelo clássico, em que o nível de produto é dado e independe do nível de preços (oferta agregada vertical, isto é, inelástica a preços), no caso keynesiano tradicional, as empresas podem oferecer qualquer quantidade a um nível de preços estabelecidos (oferta agregada horizontal – elástica a preço), de tal forma que é a demanda que determina o nível de produto (prevalece, pois, o princípio da demanda efetiva). Como os preços são constantes, a variável de ajuste é a quantidade.
8. Quando as expectativas são adaptativas, a autoridade monetária tem um “incentivo” a desviar-se da meta de inflação previamente anunciada.
Falso. É quando as expectativas são racionais e não adaptativas. O regime de metas inflacionárias propõe uma meta de crescimento para algum índice de inflação, que é anunciada no início de um período. A meta é estabelecida pelo governo (Parlamento) e deve ser perseguida p elo Banco Central. A política monetária passa a ter um único objetivo: alcançar a meta determinada. Assim, o Banco Central não se preocupa com outras variáveis, como o produto e o emprego, sendo estes objetos de análise somente quando dificultarem o alcance da meta. Para os novo-clássicos, a Curva de Phillips é vertical no curto e no longo prazo, que é a situação em que, por definição, inexistem choques (de demanda ou monetário) e o produto da economia é o de pleno emprego ou natural (y = Ῡ ↔ µ = µn). Mas isso não implica que, no curto prazo, a política monetária deixe de afetar o produto (efeito-surpresa). [pic 7]
A expansão monetária reduz o desemprego (µ) temporariamente. Depois que os agentes percebem que o governo os surpreendeu, eles reveem suas expectativas e tudo volta ao nível natural.
Isso ocorre porque, mesmo que os agentes formem suas expectativas racionalmente, a restrição de informação acaba permitindo a utilização do elemento surpresa por parte do governo.
9. Quando os agentes formam expectativas de forma racional, é nulo o custo em termos de perda de produto real de uma política monetária crível de redução da taxa de inflação.
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