FEB - Formação Ecônomica do Brasil
Por: thamires10 • 8/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.176 Palavras (5 Páginas) • 350 Visualizações
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Aluna: Thamires Castro de Carvalho – 201269538-6
Disciplina: Formação Econômica do Brasil – Profª: Mônica Martins
Questão1:
a) De acordo com Bielschowsky, Celso Furtado é um estruturalista desenvolvimentista porque este busca coordenar esforços através do Estruturalismo, para que ocorra uma industrialização nos países periféricos; para que os países possam superar empecilhos estruturais. Celso Furtado, integrante da CEPAL, ajudou na reformulação de teses da teoria cepalina, que significava atacar políticas econômicas liberais que eram defendidas pela teoria econômica convencional, e tinha outra função, que era a de recomendar medidas alternativas, que tinha o desenvolvimentismo como marca. De acordo com Ricardo Bielschowksy, o Estruturalismo de Celso Furtado, seguia uma idéia de que o mercado interno constitui um elemento que impulsiona a renda e a produção da Economia. Segundo Celso Furtado, a expansão da renda era limitada por um conjunto de fatores que fazem com que os impulsos externos acabem dentro do próprio setor exportador. Contudo, Furtado vê de maneira boa o trabalho assalariado, já que representava uma das condições básicas para que o impulso externo conseguisse acumular expansionistamente a renda e a produção na economia. Logo, é nessa linha que Bielschowsky diz que Furtado é um estruturalista desenvolvimentista, uma vez que estes tendem à idéia de que a economia tende a um equilíbrio automático.
b) Celso Furtado revoluciona em sua tese pela sistematização dos cinco elementos básicos, que são imprescindíveis para que tenha como resultado a tese cepalina. Estes cinco elementos básicos são: o conceito do subdesenvolvimento como condição de uma periferia. De acordo com Furtado, o processo de desenvolvimento da periferia está na homogeneização dos níveis de produtividade em toda a Economia, que só se faria concretizar com a industrialização. Como segundo ponto, temos a indústria como novo pólo dinâmico, já que para alcançar a solução de superar o subdesenvolvimento, os países têm de entender a dinâmica do processo de industrialização. O terceiro ponto é a industrialização periférica, que ainda teria de importar mais máquinas e matérias-primas para a sua produção, e sofria com a falta de recursos, e também sofria com a pouca diversidade de produção, que gerava insuficiência para importar mercadorias. O quarto ponto é a teorização da inflação; e o quinto é a teorização em favor da industrialização, do planejamento e do protecionismo.
c) De acordo com Celso Furtado, o desenvolvimento dos países periféricos se daria através da industrialização, e esse processo seria o que tiraria os países da América Latina da periferia. Para não ter disparidade entre o desequilíbrio do balanço de pagamentos, os países subdesenvolvidos teriam de conseguir substituir alguns bens importados, para conseguir movimentar mais a economia interna, que sofria com desemprego. Celso Furtado diz também que a malha ferroviária seria muito importante, devido à sua função estratégica de deslocamento e escoamento de pessoas e de cargas/produtos.
No caminho rumo à industrialização, deverá ocorrer a heterogeneidade das estruturas que vão comandar o processo industrial nesses países; e esse ponto iria entrar em choque com uma escassa capacidade de poupança, que se influenciaria pela parcela da população desempregada nos setores de subsistência. E em seguida, aumentaria-se a produção local para que a produção pudesse dar conta da demanda dos produtos do mercado externo. Com isso, a industrialização dos países subdesenvolvidos cria uma necessidade de ampliar a importação, e isso gera um crescimento acelerado, que é acompanhado por investimento global, que se caracteriza pela aquisição de equipamentos e matérias-primas importadas, relacionadas aos investimentos agrícolas.
Questão 2:
Segundo Caio Prado Júnior, para compreender a história brasileira é preciso localizar seu sentido, que se define na nossa formação colonial. Com isso, ele então volta ao passado, e para entender nosso sentido, ele viaja até às Grandes Navegações e às descobertas do século XV e XVI. O sentido histórico do Brasil, se relaciona a essa expansão.
Caio Prado Jr, diz que a colonização não ocorre natural e nem espontaneamente, mas que se encaixa na história do comércio europeu. Todas as políticas colonizadoras nessa época têm em comum o caráter comercial. Não temos como entender isso, sem analisar o movimento da expansão marítima e comercial da Europa. O objetivo inicial é somente as atividades mercantis, ou seja, o que aquele país pode produzir de bom para se levar à Europa para então ser vendido, com isso, deixa-se de lado em um primeiro momento, a preocupação com o povoamento. O povoamento aparece com uma queda com o comércio com as Índias e a necessidade de gerar novas fontes de riqueza. A idéia de povoar surge com a tentativa de promover atividades econômicas que gerassem lucros à Metrópole.
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