Formação Economica Brasileira
Por: Navarro.ferreira • 27/10/2019 • Resenha • 1.690 Palavras (7 Páginas) • 136 Visualizações
UFSC – Universidade Federal de Santa Cataria
Ciências Econômicas
Formação Econômica Brasileira II
Docente: Cassiano Ricardo Dalberto
Discente: Sara Cristina de Souza Ferreira
Matrícula: 15201236
Panorama período 1964 a 1985:
No governo de João Goulart ele estava realizando algumas medidas de esquerda, como por exemplo promovendo a reforma agraria, aumentando os direitos dos trabalhadores, entre outros pontos. Porém isso não estava sendo bem visto pela população que achava que ele queria transformar o Brasil em Cuba e fazer uma reforma comunista. Com o descontentamento popular os militares viram que teriam grande apoio para realizarem um golpe no Brasil.
Entre 31/03 e 01/04 de 1964 os militares tomam o poder. Não houve oposição do presidente pois caso houvesse os EUA encaminhariam trocas e começaria uma guerra civil.
O primeiro presidente do regime militar foi o general Castelo Branco e sua primeira medida foi instaurar o ato institucional número 1: eleições indiretas para presidente, cassação de mandatos, reforço do poder executivo. Também criou o órgão chamado SNI – Serviço Nacional de Informação como uma forma de espionagem de quem tentasse contrapor o regime militar.
O ponto de vista dos militares não era igual, e eles se dividiam em dois grupos o primeiro grupo o qual estava incluído Castelo Branco havia a visão que precisava se purificar o Brasil, eliminar a corrupção, comunismo, entre outros pontos, eram um grupo de intelectuais que após a “faxina” no país desejavam a volta da democracia.
Por outro lado, existia um segundo grupo chamado de linha a dura o qual era oposto ao primeiro. Da mesma forma acreditava que precisávamos dessa limpeza, porém há ameaça ao comunismo era tão grande que não havia a possibilidade de voltar a democracia nesse momento. Defendia que deveriam ser tomadas as medidas cabíveis não somente contra os inimigos, mas contra qualquer oposição a suas duras penas, e que para isso era necessário a prorrogação da ditadura.
Houve pressão da linha dura para que o sistema partidário fosse alterado, pois a revolução perderia forças caso houvesse derrota na eleição. Dessa forma é instituído o ato institucional número 2 e é modificado para o bipartidarismo, onde possuía o ARENA (partido politico do governo - militares) e o MDB (partido de oposição – partido da democracia). O MDB era um partido de oposição, porém uma oposição contida que não gerava ameaça aos militares.
Instaurou também o AI3 e o AI 4 que eram para eleições indiretas para governador e para uma convocação constituindo com o intuito de criar uma nova lei do Brasil, porém não houve tantas mudanças.
Houveram algumas medidas para melhorar a economia que estava com a inflação alta. Essas medidas eram impopulares, mas por conta de o governo militar não aceitar oposição ele as incluiu no seu plano de governo diferente de outros presidentes. Essas medidas, incluía corte de gastos, aumento de impostos, o arrocho salarial, o qual o aumento dos salários não crescia na mesma proporção da inflação. Estas medidas possibilitaram uma grande melhora na economia o que mais tarde vai permitir o chamado milagre econômico.
Para os militarias haviam duas forças o mundo, de um lado a União Soviética, promovendo o avanço da guerra, e de outro os EUA que promoviam a defesa da democracia. Castelo Branco precisava optar por um desses dois lados e como já citado anteriormente ele tendia mais a democracia.
Houve uma doutrina de segurança nacional, e com as eleições sendo indiretas, fez com que Castelo Branco não conseguisse fazer um sucessor, deixando o caminho aberto para que o general Arthur Costa e Silva que era do grupo da linha dura seguisse como sucessor do seu governo.
O ano de 1968 foi um ano de grandes mobilizações no mundo, na França por exemplo houve um grande movimento popular por causa principalmente dos costumes políticos, o que se reflete no Brasil após a morte de um jovem estudante por policiais a sangue frio. As manifestações eram gerais e foi nesse período que cantores como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil também expressam pelo meio da arte a sua indignação com o Brasil.
Com essas movimentações o governo decidiu que era necessário endurecer as penas, pois tudo virava desordem e com isso houve o ato AI5 o qual incluía: proibição de manifestações de natureza politica, não haveria “habeas corpus” para crimes contra a segurança nacional, previa ao presidente poderes como o fechamento do congresso, demitir, remover ou aposentar qualquer funcionário, cassar mandatos parlamentares, suspender por dez anos o direito politico de qualquer pessoa, decretar estado de sitio, julgamento de crimes políticos seriam nos tribunais militares, entre outros pontos. Arthur não apenas determinou o AI5 como também não determinou um prazo para o seu fim.
Em 1968 também foi o período em que surgiram ações de luta armada, mas o seu auge foi em 1969/1970. Essa luta foi iniciada por conta principalmente do clima existente na época e por causa da revolução cubana em exercício.
A ideia principal era que por meios passiveis não se conseguiria acabar com a ditadura instaurada no Brasil. Houveram várias organizações sendo as principais delas a ANL – Aliança Nacional Libertados - que teve como figura principal Carlos Marighela (cofundador e guerrilheiro comunista), o qual foi morto na noite de 4 de novembro de 1969, em uma emboscada, Guarda Popular, PPR, entre outros.
Com o regime militar, que mais podemos chamar de ditadura do que simplesmente de um regime politico, a tortura foi implementada como uma forma de punição a qualquer um que não quisesse colaborar com as ideias não propostas, mas sim impostas pelos militares. Houveram grande censura na imprensa, e inclusive na educação.
Com o AVC do Costa e Silva, ele precisou se afastar do governo e quem iria assumir no lugar dele era o Pedro Aleixo que era vice-presidente dele, contudo ele não era militar e se ele tomasse o poder a ditadura deixaria de ser militar e os militares não gostaram disso. Dessa forma eles realizam um golpe dentro do golpe para impedir que o Pedro Aleixo assumisse o poder e colocaram no lugar dele o Médici, este foi considerado o período mais duro da ditadura brasileira. E mesmo com total repressão houve o chamado Milagre Econômico, graças ao saneamento financeiro realizado no período Castelo Branco e também baseado no investimento em produção e para isso o investimento em energia.
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