Formação Econômica Brasileira
Por: Ingrid Egídio • 27/6/2016 • Resenha • 4.198 Palavras (17 Páginas) • 223 Visualizações
FEB- anotações
Aula 9 – a economia açucareira complexo açucareiro nordestino. Celso Furtado- formação econômica do Brasil. (Caps VIII a XV)
A colonização do século XVI surge fundamentalmente ligada à atividade açucareira, favores governamentais eram concedidos a quem instalasse engenhos na Colônia. As dificuldades maiores,eram encontradas na etapa inicial devido a escassez de mão-de-obra, nesta etapa a mão de obra nativa era muito importante; O escravo negro veio substituir outro escravo, menos eficiente e de recrutamento mais incerto (indígenas), essa mão de obra africana chegou para a expansão da empresa, que já estava instalada. Escravos eram um bem durável de consumo; Superadas as dificuldades da etapa de instalação a colônia açucareira se desenvolve rapidamente.
Gastos administrativos de Nassau na época da colonização foram bastante altos, aumentando os lucros de comerciantes.
Havia boas possibilidades de expansão da economia açucareira devido à grande quantidade de terras.
A economia açucareira constituía um mercado de dimensões relativamente grandes, com extrema especialização o que justificava a existência de outras atividades produtivas. Uma outra atividade é a criação de gado que era totalmente diferente da plantação de cana, sendo mais interiorizada e itinerante, pouca gente se dedicava à pecuária, a maioria era de colonos com pouco acesso a capital.
O Século XVII apresentou dificuldades políticas para a Colônia, o desenvolvimento da economia açucareira foi interrompido pelas invasões holandesas. Portugueses defenderam a Amazônia durante a União Ibérica, tendo que ocupar a região do Maranhão após a experiência da França Equinocial. A região não tinha solo de massapê, como o resto do Nordeste, levando a difíceis condições de vida, pois a cana não poderia ser lá plantada;
Portugal tinha noção de não se poderia esperar da agricultura tropical outro milagre similar ao do açúcar A crise na cana de-açúcar levou a uma maior procura por metais preciosos na Colônia (saída encontrada pelos portugueses estava na descoberta de metais); Para a busca de metais se usou dos paulistas, que conheciam bem o interior. A economia mineira abriu um ciclo migratório europeu totalmente novo para a colônia, com isso houve a primeira migração espontânea de Portugal para o Brasil, gente de poucos recursos foram atraídas à Colônia. O financiamento dessa transferência de população em boa medida foi feito pelos próprios imigrantes, os quais eram pessoas de pequenas posses que liquidavam seus bens, na ilusão de alcançar rapidamente uma fortuna no novo eldorado.
Escravos nunca foram maioria da população mineira. Podiam trabalhar por contra própria e alcançar a liberdade (comprando-a); Havia maior mobilidade social em relação ao Complexo Nordestino-Açucareiro;
A natureza da empresa mineira não permitia uma ligação a terra do tipo da que prevalecia nas regiões açucareiras. O capital fixo era reduzido, pois a vida de uma lavra era sempre algo incerto. A empresa estava organizada de forma que pudesse deslocar-se em tempo relativamente curto.
A quase inexistência de abastecimento local de alimentos, a grande distância por terra que deviam percorrer todas as mercadorias importadas, a necessidade defender grandes caminhadas em região montanhosa para alcançar os locais de trabalho, tudo contribuía para que o sistema de transporte desempenhasse um papel básico no funcionamento da economia. Criou-se assim, um grande mercado para animais de carga;
A base geográfica da economia mineira estava situada numa vasta região compreendida entre Serra da Mantiqueira, Cuiabá e Goiás, as regiões mais “ricas” se incluem entre as de vida produtiva mais curta. A Exportação de ouro atingiu seu ápice em 1760, já experimentando declínio em seguida;
O mercado de mineração era maior que na região açucareira, e a renda estava muito menos concentrada, pois apropriação da população livre era muito maior. A população estava mais reunida em núcleos urbanos e semi-urbanos;
Não houve nesse período Nenhum desenvolvimento manufatureiro; Portugal, baseado no ouro brasileiro, também não desenvolveu manufaturas, comprando-as da Inglaterra;
A Inglaterra passou a conseguir saldar suas dívidas relacionadas a matérias primas no norte da Europa através da venda de produtos manufaturados;
Não se havendo criado nas regiões mineiras formas permanentes de atividades econômicas – a exceção de alguma agricultura de subsistência – foi natural que com o declínio da produção de ouro, viesse uma rápida e geral decadência.
A existência de trabalho escravo, impediu, no caso brasileiro, que o colapso da produção de ouro criasse fricções sociais de maior vulto. Com a decadência da mineração houve a Adoção do regime de subsistência na região.
Aula 10- A economia mineradora: nova sociedade ou peculiaridadedo escravismo colonial. Jacob Gorender, o escravismo colonial
Enquanto a agricultura constituiu um eixo do modo de produção escravista colonial durante toda a sua existência, a mineração de ouro e diamante compartilhou esta posição dominante no decurso de três quartos de século.
A influência da organização social da economia mineradora sobre os homens livres foi significativa. A diferença do setor do açúcar, a mineração abriu, segundo Celso Furtado, é que a mineração abriu possibilidades muito maiores de iniciativa aos homens livres, uma vez que podiam começar com ínfimos recursos ou mesmo apenas com o trabalho pessoal, no mister de faiscadores. A mineração representou uma mudança na sociedade, a corrida do ouro provocou um afluxo de imigração portuguesa muito superior ao dos séculos precedentes da colonização. O ouro de aluvião, extraível a céu aberto, aparentemente proporcionava a homem de poucos recursos perspectivas amplas de enriquecimento. Havia um número excepcionalmente grande de pequenas explorações na área da mineração, distinguindo-a, sem dúvida do setor do açúcar. A descoberta das jazidas auríferas provocou efeitos na vida colonial, negros começaram a substituir os índios, e as plantageneta do litoral se viram atingidas pela alta vertiginosa do preço dos escravos. Alguns escravos trabalhavam como faiscadores com o consentimento de seus senhores em troca do pagamento de uma renda fixa. Se o minério fosse abundante, poderiam os negros juntar o suficiente a fim de comprar a própria liberdade e também de suas mulheres. O regime de vida do escravo na mineração não foi melhor do que nas plantageneta
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