Gerenciando crise
Por: Veronica Martins • 16/5/2016 • Trabalho acadêmico • 681 Palavras (3 Páginas) • 189 Visualizações
“Ao se depararem com uma crise, muitas empresas preferem passar o assunto para seus advogados, ou comunicar-se de forma defensiva e ganhar tempo na esperança de conseguir resolver o problema com rapidez e sem sequelas.” (NETO, 2015, p. 45)
A crise ainda é um evento que surpreende muito os gestores de uma organização e seus diferentes públicos, criando altos níveis de incerteza e ameaças à continuidade da empresa. No entanto, a comunicação por si só não faz milagres e, não consegue resolver os problemas de forma sustentável, a mesma precisa ser acompanhada por uma gestão adequada constituída de boas práticas de governança e de comunicação corporativa. Para isso, o autor recomenda que a empresa realize auditorias de vulnerabilidade, a elaboração de Planos de Gestão e Comunicação de Crises para os principais problemas identificados e ainda não resolvidos e, finalmente, treinamento de gestores e funcionários para desenvolver competências de gestão e comunicação de crises, ou seja, administrar incertezas, responder à crise, resolver a crise e aprender com a crise. (NETO, 2015)
Valle (2015) assevera que, saber como se preparar para enfrentar uma situação de crise não só é o primeiro passo para sobrevivência dos negócios, mas também garantia de sucesso pós-recessão. Não ser pego de surpresa sempre foi um grande trunfo no mundo dos negócios. Com isso, o autor fornece as seguintes dicas de proteção que devem ser seguidas por uma empresa.
- Redução imediata do grau de endividamento: este é um item que merece especial atenção, pois os juros no Brasil estão altos, tornando o crédito inviável para os empresários der qualquer porte podendo asfixiar o negócio em um cenário inflacionário e de retração de vendas.
- Preparação para uma redução nas vendas e pedidos: é necessário adequar às projeções de vendas e enquadra-la a realidade do momento econômico. A retração no consumo é um dos primeiros passos a serem tomadas pelos consumidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.
- Revisão do mix de produtos e serviços: a linha de produtos e serviços que serão mantidos pela empresa devem e precisam seguir critério muito rígido de eficiência. É de extrema importância revisar imediatamente o seu mix de produtos e eliminar aqueles que não estão trazendo giro de estoque e não possuem uma margem de lucro tão atraente.
- Otimização de processos produtivos e rotinas administrativas da empresa: deve-se manter atenção principalmente aos desperdício de recursos e gastos indevidos com essas atividades, pois podem custar a competitividade e em casos extremos até mesmo o próprio negócio para a empresa.
- Avaliação da possibilidade de downsizing: ou seja, caso seja necessário para manter a empresa em pé e enfrentar o ambiente desfavorável, deve-se reduzir o ritmo de atividade da empresa.
- Investimento em marketing: mesmo com as vendas em baixa, o investimento em marketing não deve ser reduzido, pois é justamente em situações como essas que é hora de ganhar mercado. A estratégia de marketing digital é uma opção quem busca custo-benefício, pois além de ser mais barata que o marketing convencional pode ter seus resultados mensurados nos mínimos detalhes.
- Participação em eventos setoriais: é importante para se ter uma avaliação externa da crise e do cenário traçado para o futuro e também para compartilhar experiências e saber o que os demais empresários estão fazendo para enfrentar a situação.
- Criatividade: a empresa precisa estar aberta para sugestões sem qualquer tipo de barreira a mudanças. Em momentos de crise é quando deve-se avaliar de forma mais contundente qual o valor que a organização poderia estar entregando ao mercado que ainda não foi agregado ao produto ou serviço já existente.
Através das ferramentas de um planejamento, empresas bem-sucedidas sabem se adaptar e vencer em um mercado em continua mudança. É preciso que as organizações tenham perspectiva de futuro, focar menos nos estragos causados pela crise e procurar identificar as oportunidades que ela deixou. (REIS; SANTOS, 2015).
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