História da Economia no Direito

        As influências adquiridas pelo meio em que crescemos refletem diretamente sobre nossas futuras oportunidades ao longo da vida. Influências essas, determinadas não só pela classe social, mas também por costumes de uma sociedade. No decorrer dos séculos, vemos os mesmos padrões que se seguem ano após ano, isso se dá pelo fato de que a sociedade continua a explorar o homem, que sempre foi uma mão de obra muito utilizada e pouco valorizada.

        Podemos perceber, através da história, que há diversas formas de diferenciar uma pessoa ou um grupo de pessoas dentro de uma sociedade, cito o Egito antigo, que possuía uma organização eficiente para seu funcionamento, porém, injusta. A figura do faraó era o mais importante cargo, pois possuía poderes totais sobre a sociedade e logo abaixo, eram os sacerdotes que na escala de poder, estavam apenas abaixo do faraó, logo atrás, vinham os chefes militares, responsáveis pela segurança do seu território, seguindo a hierarquia, estava o povo, formado por comerciantes, artesãos, lavradores e etc. (eram mais da metade da sociedade) e no final da escala, estavam os escravos que geralmente eram capturados em guerras e obrigados a trabalhar muitas horas sem receber salário, em troca, recebiam alimentos e roupas velhas para a sobrevivência. Podemos observar que na sociedade de hoje, assim como na citada, o costume e as diferenças são muito parecidos, mudando apenas alguns detalhes.

        Na Roma antiga, o status não estava no dinheiro e sim em ser cidadão de Roma, homem livre, o escravo poderia ter muito dinheiro, porém, como tinha nascido em famílias de escravos e pertencia à classe dos escravos, não era livre e era submetido às mesmas humilhações de quem não era cidadão. A primeira luta de classes sociais surgiu na Roma antiga. Com a luta das classes, surgiram novas oportunidades, como o acesso à magistratura e cargos que antes só poderiam ser exercidos pelo cidadão de Roma. Observamos que na Roma antiga, o modelo que deu início ao sistema feudal, onde a burguesia prosperou ainda mais às margens desse sistema, esse modelo, ainda pode ser encontrado em nossa sociedade atual embora com outros nomes.

 Durante a revolução francesa, após o surgimento dos direitos humanos, pensava-se em melhorias, porém a vida dos trabalhadores não melhorou. Com o aumento das riquezas da burguesia, as diferenças sociais ficaram cada vez mais fortes, pois o nascimento não garantia mais uma posição na ordem social e sim a riqueza.

Após a formação de movimentos, com intuito de garantir seus direitos, os trabalhadores que tinha uma jornada de trabalho diário de 16h, conseguiram reduzir-la para 10h diárias. As revoltas chamaram a atenção de vários intelectuais, entre eles, o mais conhecido, o filósofo Karl Marx, com suas idéias influenciadoras nas políticas do século XX, defendia uma mudança radical na sociedade. Com o escrito do manifesto comunista, que aborda, em geral, a relação entre a burguesia e o proletariado, mostrando a evolução das duas classes sociais, Marx, com seu pensamento, liderou e representou os trabalhadores com o pensamento de que as classes sociais seriam extintas, porém isso não ocorreu devido à revolução russa, que fez com que o povo passasse fome, com o descontrole total da sociedade.

        Observando o contexto histórico das sociedades, vemos que o que sempre predominou, foi e ainda é, o poder, os metais precisos, o dinheiro e o “status”, os que controlavam e ainda controlam a riqueza de uma sociedade . A sociedade de hoje recebeu muitas influências e costumes oriundas das sociedades antigas, com isso, concluímos que para uma sociedade mais digna e justa, precisamos mudar o modo de pensar,  investir na educação, votar com consciência e não dar continuidade nos erros observados no passado. As sociedades, antes de tudo precisam ser conscientes de sues atos.