Historia - Formação de economia politica pura
Por: Leopoldo Neto • 12/6/2015 • Seminário • 720 Palavras (3 Páginas) • 238 Visualizações
I – PARTE
2.
a) O Celso Furtado caracteriza essa ocupação como uma evolução em relação ao que antes acontecia, baseando na condição da existência de uma empresa agrícola, que tinham características diferentes das feitorias.
b) Para Celso Furtado, o fundamento da ocupação territorial do Brasil se da principalmente pela utilização económica das terras americanas que não fosse a fácil extracção de metais preciosos, ou seja, o desenvolvimento da agricultura visando o mercado europeu. Já para Caio Prado Jr argumenta que a ocupação territorial do Brasil não baseou na construção de uma nova sociedade com interesses próprios, mas sim para o alcance de interesses daqueles que viviam fora da metrópole, mas que se beneficiavam do comércio.
c) A colonização do Brasil não se tratou apenas de um projecto específico de exploração do mar, mas sim, tratava-se de buscar alternativas para ampliar o comércio. Desta forma, é possível dizer que a formação da sociedade brasileira não era um objectivo propriamente dito, mais sim uma consequência da intenção da ampliação do comercio. Assim, a colonização do Brasil toma o aspecto de uma empresa comercial, voltada à exploração dos recursos naturais de um território virgem. Logo, Caio Prado Jr, afirma que este seria o verdadeiro sentido da colonização do Brasil.
5. Essa impossibilidade de recrutar mão de obra portuguesa decorreu principalmente devido à inadequação estrutural qualitativa de mão de obra livre à essência de formação económica que os portugueses queriam instalar no Brasil. Na altura a população portuguesa era de pequena dimensão, o que tornava muito complicado transferir mão de obra qualificada para trabalhar na empresa agrícola que se estavam implantando no Brasil a um preço relativamente baixo. Caso tivessem que transferir essas pessoas mesmo assim, teriam que fazer pelo mecanismo das “compensas”, visto que esses trabalhadores eram livres e assalariados. Mas como o interesse era o lucro, a solução era o comercio de escravos que era mais rentável economicamente.
6. Duas actividades fundamentaram a ocupação efectiva no Brasil. A primária que se deve a criação de uma monocultura a fim de obter lucros. A segunda se deve as actividades acessórias, a fim de fundamentar a existência. Apesar de a secundária ser de forma essencial ela passa de ter maior importância, pois nega aos mesmos direitos elementares, construindo uma ordenação onde a necessidade primária, com a entrada do colonizador passa a ser secundária. Um trecho que foi discutido na aula foi de um trecho da música de Geraldo Vandré onde se resume boa parte da questão, “Pelos campos há fome em grandes plantações”.
II – PARTE
7. A quase totalidade da renda monetária gerada pela economia escravista açucareira era apropriada pelo proprietário do complexo agromanufatureiro do açúcar devido principalmente a esses factores: pouco trabalhador assalariado, pouco fluxo monetário na economia, baixo custo de reposição de capital (compra de novos escravos e equipamentos), etc. Porem esses proprietários também tinham custos com: os assalariados, transporte das mercadorias para a metrópole, etc. Alem de intervir nas relações empresariais, os proprietários também intervinham nas relações sócio-políticos, visto que eles tinham em suas mãos as fazendas produtoras, onde se produziam os produtos agromanufaturados (objectivos das metrópoles), e é a nas fazendas onde viviam os assalariados e não assalariados. Ou seja, directamente os proprietários influenciavam as questões empresariais como as questões politicas, sociais e militares.
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