INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA. CONCEITOS MACROECONÔMICOS BÁSICOS. FORMAS DE MENSURAÇÃO DO PRODUTO E DA RENDA NACIONAIS.
Por: Angerusa • 19/8/2016 • Projeto de pesquisa • 2.462 Palavras (10 Páginas) • 915 Visualizações
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA. CONCEITOS
MACROECONÔMICOS BÁSICOS. FORMAS DE MENSURAÇÃO DO
PRODUTO E DA RENDA NACIONAIS.
1. INTRODUÇÃO
Essas breves considerações sobre a introdução ao estudo dos conceitos
macroeconômicos básicos e das formas de mensuração do produto e da renda
nacionais têm sido bastante cobradas nas provas de economia elaboradas,
principalmente, pela Fundação Carlos Chagas (FCC) e pelo Núcleo de
Computação Eletrônica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCEUFRJ),
bancas bastante requisitadas no momento do cenário nacional, para
concursos fiscais de alguns estados brasileiros. Até a própria ESAF, banca
examinadora do concurso da Receita Federal do Brasil, tem sinalizado em
concursos recentes para a área não fiscal questões com esse corte de assunto.
Esse material introdutório se torna ainda mais relevante em razão do
entendimento do próximo assunto que versa sobre o Sistema de Contas
Nacionais – SCN – Contas Nacionais do Brasil, elaboradas atualmente pelo
DECNA/IBGE, o Departamento de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
As Contas Nacionais, independente da metodologia adotada, se pela antiga,
utilizada no período de 1985 a 1995 ou pela nova, empregada, a partir de 1996,
tem sido o assunto mais freqüente nos concursos da Receita Federal do Brasil
e tem presença garantida nos concursos de fiscos estaduais, qualquer que seja
a banca examinadora.
Sendo assim, observemos e memorizemos o que vêm a ser os conceitos
macroeconômicos relevantes e as formas de medição!
A macroeconomia estuda o comportamento global do sistema econômico; não
se detém em relações individuais, mas pretende estudar a realidade econômica
de forma agregada, completa. A parte da Economia que se dedica ao estudo
de um agente econômico como a estrutura de custos de uma certa empresa na
Grande São Paulo, a dinâmica da despesa de uma família no interior do
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Amazonas , o faturamento de uma empresa de cosméticos na cidade de Juiz
de Fora/MG bem como as despesas correntes da prefeitura municipal de
Cratos/CE são assuntos pertinentes à seção de Microeconomia, não
contemplados nesse estudo preparatório.
O estudo de Macroeconomia versa sobre os grandes agregados
macroeconômicos básicos, como as despesas correntes do setor público, a
taxa de investimento da economia, o volume de compras e aquisições feitas no
exterior, o montante de poupança externa a ser captada, os déficits do Balanço
de Pagamentos, a conta financeira do Balanço de Pagamentos, o estoque da
dívida pública, dentre outros. São fatores que, em menor ou maior escala,
afetam todos os agentes da coletividade, a saber: famílias (consumidores),
empresas, governo e setor externo.
Dessa forma, vejamos, num primeiro instante, o principal agregado
macroeconômico responsável pela riqueza de toda uma coletividade, ou
melhor, a variável que mede a produção de bens e serviços de toda a
economia.
O PIB/PNB é concebido pelo valor de todos os bens e serviços finais gerados
em um certo período de tempo, por convenção, um ano. Somar o valor da
produção de todas as entidades produtivas significa duplicar o valor das
matérias-primas e dos produtos intermediários produzidos e que são utilizados
na produção de outros bens e serviços. Estas duplicações ensejam um
indicador superestimado da produção global de um país e deturpam qualquer
análise de políticas públicas. Daí, a firme necessidade de se utilizar do termo
bens e serviços finais.
A contabilização dupla é evitada pela introdução do conceito de valor
agregado, que desconsidera da produção final a parcela de consumo
intermediário. Calcula-se o valor adicionado em cada etapa de produção,
subtraindo-se do valor do produto da fase em questão os custos dos bens
intermediários e materiais que não foram gerados nesta fase, mas adquiridos
de outras empresas.
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Em síntese, valor adicionado ou agregado reside na contribuição que cada
unidade produtiva acrescenta sobre o insumo para repassar o bem ou serviço
para frente. Um bem final é aquele que foi produzido, mas não revendido
durante o ano.
Vejamos agora uma questão bastante trivial elaborada pela CESGRANRIO
para a prova de Economista da Petrobrás. Vale apenas como fixação do
conteúdo, pois dificilmente será repetida em concursos da área fiscal, qualquer
que seja a banca examinadora.
(CESGRANRIO/Economista-PETROBRAS-2005) Um país produz um único
bem final, o pão, que é consumido por seus habitantes. O processo de
produção do pão é descrito a seguir.
Produto Valor do produto Insumos Valor Adicionado
Trigo 10 0 10
Farinha 15 10 5
Pão 20 15 5
Neste caso, o valor adicionado e o valor bruto da produção são,
respectivamente, iguais a:
a) 5 e 20
b) 20 e 20
c) 20 e 5
d) 20 e 45
e) 45 e 20
Gabarito: “D”
Comentários:
Questão típica da década passada. Essencialmente trivial, sem a necessidade
de maiores explanações.
O valor adicionado é dado pelo consumo final menos o somatório dos
consumos intermediários, isto é, para a tabela em comento, o valor do produto
menos os insumos utilizados nas diversas etapas da produção. Dessa forma,
tem-se: 10 – 0 + 15 – 10 + 20 – 15 = 20.
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