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MERCADO DE TRABALHO: ENFASÊ NO MERCADO DE TRABALHO FEMININO

Por:   •  5/5/2015  •  Artigo  •  2.841 Palavras (12 Páginas)  •  416 Visualizações

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MERCADO DE TRABALHO

ENFASÊ NO MERCADO DE TRABALHO FEMININO

Ernane Nelis de Resende[1] 

Fernanda Goddi Reis Guimaraes1

Marcos Geraldo de Resende ¹

Pablo Henrique Marques de Moura Maia ¹

Sara Jane da  Costa ¹

Tallita Kelly Mendonça Teixeira¹

Resumo

 

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi inicialmente para suprir os homens inválidos após a I e II Guerras Mundiais. A partir do século XIX surgiram leis que passariam a beneficiar as mulheres. Apesar das várias conquistas as mulheres ainda são discriminadas e recebem um salário menor que o do homem. Hoje em dia existe um número maior de mulheres do que de homens no Brasil e elas têm conquistado o espaço no mercado de trabalho. Indicadores como PEA (População Economicamente Ativa) e PIA (População em Idade Ativa) demonstram o aumento dessa presença feminina, a queda da taxa de fecundidade foi importante para que as mulheres pudessem sair de casa e buscar fontes de trabalho. A partir da década de 90 mesmo com a economia passando por crises como a hiperinflação aumento do desemprego a mulher conseguiu se firmar no mercado, políticas de facilitação do credito também contribuíram para essa afirmação. Apesar de estar cada vez mais presente no mercado de trabalho a mulher ainda sofre muita discriminação no trabalho e desigualdades salariais, no geral a mulher tem conseguido se impor no mercado e mesmo com as dificuldades impostas pela sociedade muitas mulheres já ocupam cargos importantes e de influência no mundo.

Palavras-chave: Mercado de trabalho, mulher, desigualdade, mão-de-obra, educação, salário.

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é demonstrar a evolução da mulher no mercado de trabalho. Antigamente as mulheres eram vistas como donas de casa que precisavam do marido para sobreviver, mas nos dias atuais a situação tem mudado. Cada vez mais as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho e tomando lugares que antigamente somente homens poderiam ocupar.

Porém ainda hoje existem grandes diferenças no que se fala de mulher e homem no mercado de trabalho, em uma mesma profissão ou até mesmo em algum cargo igual as mulheres ainda recebem menos que os homens. A mulher não se abate com essa discriminação de salários, sabe que está em alta no mercado de trabalho e disputa de forma igual com os homens vagas por trabalho, temos como exemplo a atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

O crescimento da mulher no mercado de trabalho é eminente e está ocorrendo no mundo inteiro. A mulher tem estudado mais, tem se preparado mais para ingressar no mercado de trabalho, portanto vai ocupando mais espaço a cada dia que passa, novas idéias são introduzidas com a presença da mulher, existe um dinamismo maior por parte delas. Podemos confirmar esse crescimento a partir da analise da PEA (População Economicamente Ativa) que será apresentada mais a frente no artigo, outro fator é o aumento da PIA (População em Idade Ativa).

Vários dados comprovam que as mulheres têm uma alta escolaridade e que estão firme no mercado de trabalho, outros dados que comprovam essa situação é que a taxa de fecundidade diminuiu consideravelmente possibilitando assim uma maior freqüência das mulheres no mercado.

  1. BREVE HISTÓRIA DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vêm tentando se impor no mercado de trabalho, tentando demonstrar que pode sim competir fortemente com os homens quando se fala de trabalho.

A partir das duas Guerras Mundiais, algumas mulheres começaram a assumir os negócios de família, quando os homens iam para as frentes de batalha. Com o fim da guerra, muitos maridos não retornavam ou voltavam mutilados da batalha. Neste contexto, muitas mulheres tiveram que estender sua jornada para além de suas casas e das obrigações para com os filhos, dando continuidade aos projetos e trabalhos de seus maridos.  

Anteriormente, no século XIX, com a consolidação do sistema capitalista algumas mudanças já aconteceram na produção e na organização do trabalho. Boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Ali, era possível encontrar mulheres trabalhando com as máquinas, uma vez que se tratava de mão-de-obra mais barata, que por sua vez, barateava os custos do produto final, acentuando sua competitividade no mercado pelo preço ser mais baixo.

No Brasil, a Constituição Federal do Brasil de 1932 estabelecia que:

sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1932)

Entretanto, muitas formas de exploração foram mantidas durante muito tempo, como as jornadas de trabalho de 14 a 18 horas e as diferenças salariais acentuadas, justificadas pelo fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher e ainda, pelo estereótipo criado da mulher, dona de casa e mãe, que poderia assim, dedicar-se apenas em parte a uma profissão. Por isso, a mulher não precisava ganhar um salário equivalente ou superior ao salário do homem.

  1. PRINCIPAIS POLÍTICAS DE INCENTIVO A MULHER PARA A ENTRADA NO MERCADO DE TRABALHO

3.1 PLANO REAL

No inicio da década de 90 a política econômica estava muito conturbada com a introdução do Neoliberalismo e também sofria muito com a hiperinflação que atingia a nação brasileira. Nesse contexto de crises inflacionárias a renda das famílias ficava cada vez mais apertada, para contorna tais dificuldades a mulher passa a procurar emprego como forma de aumentar a renda familiar subentendido que a renda que o homem introduz não é suficiente para manter a família com o mínimo de dignidade. Lembrando que nesse momento grande parte da população vivia com o salário mínimo e tendo em vista as absurdas variações da inflação o salário do inicio do mês não condizia com o salário do final do mês. Visto que muito antes da década de 90 as mulheres já trabalhavam muitas vezes com o mesmo sentido de incorporar na renda familiar que era pequena.

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