Matemática na vida cotidiana
Seminário: Matemática na vida cotidiana. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: trabalhojg • 13/11/2014 • Seminário • 1.453 Palavras (6 Páginas) • 288 Visualizações
A Matemática no cotidiano
Dentro do aspecto valorativo dado pelo PCN( Parâmetro Curricular Nacional) ao aluno como elemento imprescindível na construção do conhecimento, ele traz no seu bojo saberes Matemáticos adquiridos na prática da vida. Estes conhecimentos perpassados em sala-de-aula transformam-se em matéria prima – se bem trabalhada pelo professor –, que produz resultados satisfatórios não somente no aspecto cognitivo, como ético, profissional, e pré-requisito para a transformação deles em bons cidadãos.
Vejamos o que o PCN ( Parâmetro Curricular Nacional), esmiuçadamente, nos diz acerca da importância da matemática no contexto da vida:
• “A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
• A atividade matemática escolar não é "olhar para coisas prontas e definitivas", mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade.
•No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras); outro consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando-se o aluno a "falar" e a "escrever" sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos, construções, a aprender como organizar e tratar dados.
• A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
• A seleção e organização de conteúdos não devem ter como critério único a lógica interna da Matemática. Deve-se levar em conta sua relevância social e a contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno. Trata-se de um processo permanente de construção.
• O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construído e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a Matemática em sua prática filosófica, científica e social e contribui para a compreensão do lugar que ela tem no mundo”. PCN ( 1998, p 56-57)
A verdadeira transformação de nossa sociedade virá não de um modo ostensivo, e sim, de forma lenta e disciplinada. O PCN nos aponta para uma mobilização estrutural e organizada das instituições de ensino se quisermos ver nossos jovens pronto para serem bons cidadãos. O desafio está aí: fazer a diferença, aprendendo a trabalhar a diversidade num mundo cada vez mais globalizado e cheio de desafios. O PCN nos diz: “ A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos.” Paremos um pouco para refletir o significado de “apreender na relação da matemática com outros objetos”. No dicionário a palavra APREENDER significa não somente o entendimento de “uma” matéria –APRENDER −, mas de “um conjunto de matérias inter-relacionadas”, ou seja: o aluno passaria de expectador a autor de uma relação necessária com a diversidade, com a forma de pensar do outro, com o método de outro aluno, que por vezes é útil para uma melhor compreensão do próprio conteúdo da matéria e da vida; e aprender a fazer leituras dos objetos e coisas para uma linguagem matemática e universal a adquirir um conhecimento geral. Aqui temos o cruzamento entre investigar, criticar e desvelar, como ato criativo do próprio aluno a partir das leituras destes objetos. Desse modo, quem educa, revela, e só é capaz de se educar ou de ser educado, aquele que souber aprender a revelar, ou seja, o ato de apreender passa a ter o significado de reter de uma forma mais global para fornecer de sua fonte aos demais. Passaria então elemento ativo e não passivo na construção da sociedade.
O que a Matemática nos tem a ensinar é relativamente objetiva do ponto de vista material do meio onde o indivíduo está inserido. Ela faz parte de tudo na vida. Até na morte nos deparamos com ela: nas geometrias do sepulcro, nos valores que temos que calcular para o enterro, e nos símbolos de figuras desenhadas em vitrais na missa de sétimo dia. Segundo o doutor em Matemática D’ Ambrosio , a educação Matemática de Jovens e Adultos ( EJA ) não pode deixar de se ressaltar a importância do contexto cultural para uma análise das habilidades matemáticas dos alunos:
“Destacamos assim elementos essenciais na evolução da matemática e no seu ensino, o que a coloca fortemente arraigada a fatores socioculturais. Isto nos conduz a atribuir à matemática o caráter de uma atividade inerente ao saber humano, praticada com plena espontaneidade, resultante de seu ambiente sociocultural e conseqüentemente determinada pela realidade material na qual o indivíduo está inserido”. (D’ Ambrosio, 1986, p36)
Carraher traz também a preocupação com o conhecimento prévio de das habilidades dos alunos e atrai a atenção dos educadores quando critica os modelos tradicionais de ensino da matemática:
“O ensino da
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