Nióbio no Brasil

Nióbio

O nióbio é um minério. É comum utilizá-lo em ligas metálicas e estas são utilizadas na fabricação de estruturas, soldas, gasodutos, superligas para fabricação de motores a jato e na fabricação de joias em virtude da resistência a corrosão e altas temperaturas. É indispensável nas indústrias espacial e nuclear.

O Brasil possui 98% das reservas de nióbio do mundo.

Através do site “wikileaks” foi afirmando que no Brasil estava um dos pontos pertencentes a lista de locais de segurança nacional e estratégica dos Estados Unidos. Mais precisamente em Araxá (MG) e Catalão (GO), onde estão localizadas as maiores jazidas de nióbio brasileiro e do mundo

O que gera duvidas é o fato do país como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a 90 dólares o quilograma na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilograma é de 400 reais. O sucesso que o governo diz ter nas exportações é pura enganação.

O Brasil tem que, obviamente, combater o contrabando e aumentar a responsabilidade com seus minérios. Porém também precisa repensar em sua eterna cultura de exportador de commodities. Existem exemplos de matérias-primas exportadas pelo país, para a China por exemplo, por um preço baixo e importado o produto industrializado por um preço altíssimo.

Muitos se perguntam porque o Brasil não estipula o preço do nióbio. Se o Brasil aumentasse esse preço, provavelmente a volta do produto também ficaria mais cara. E segundo as empresas e especialistas, uma grande alta no preço poderia incentivar a substituição do nióbio por produtos concorrentes e até uma corrida pela abertura de novas minas, já existem estudos para desenvolver substitutos deste minério. Nós somos mais dependentes do Estados Unidos ou eles de nós? Um país não vive só de commodities, e os produtos?

“O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado”, afirma a pesquisadora Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ e assessoria da Secretaria-Geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). “O que se esperaria é que o Brasil tivesse uma estratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia de ponta e que pode ser vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o próprio desenvolvimento industrial do país”, emenda.