O ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA NA ESCOLA
Por: noslimoj • 12/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.634 Palavras (7 Páginas) • 405 Visualizações
UNIP - Universidade Paulista
Campus Alphaville
Curso: Matemática
O ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA NA ESCOLA
Leonardo Lopes Serrano
INTRODUÇÃO
Para começo de conversa, cabe ressaltar que a Matemática, por sua universalidade de quantificar e de expressar, entendida, portanto, como linguagem, incorpora uma característica única. Nesse contexto, dado o fato do caráter interdisciplinar do mundo em que vivemos, no qual as áreas do conhecimento estão estreitamente relacionadas, e a rapidez com a qual ele se modifica, faz-se necessário que o cidadão seja articulado, tendo agilidade na toma de decisões e na execução de ações relacionadas às mais diversas situações.
O aprendizado da matemática deve ter como principal objetivo contribuir na formação da cidadania. A sua evolução está associada à inserção do indivíduo, no mundo do trabalho, no da cultura e no das relações sociais.
De que forma a matemática está ligada com o mundo do trabalho na cultura e nas relações sociais? O mercado de trabalho exige profissionais atentos, criativos, polivalentes, portanto, a matemática tem como objetivo promover uma educação que coloque o aluno em contato com desafios que possam desenvolver soluções com responsabilidade, compromisso, possibilitando a identificação de seus direitos e deveres.
Essa pesquisa pretende apontar as contribuições da resolução de atividades de matemática financeira no ensino para os alunos do ensino fundamental, bem como, entender algumas das dificuldades presentes na resolução de situações problemas.
Assim o trabalho será dividido em capítulos, no qual se inicia com a introdução. O segundo capitulo trata-se da resolução de problemas, abordando uma breve retrospectiva de contribuições de vários autores, e ao mesmo tempo observando os objetivos da resolução de problemas.
REFERENCIAL TEÓRICO
A resolução de problemas é uma importante contribuição para o processo de ensino e aprendizagem da Matemática financeira, criando no aluno a capacidade de desenvolver o pensamento matemático, não se restringindo a exercícios rotineiros desinteressantes que valorizam o aprendizado por reprodução ou imitação. A importância da resolução está no fato de “possibilitar aos alunos mobilizarem conhecimentos e desenvolverem a capacidade para gerenciar as informações que estão a seu alcance dentro e fora da sala de aula.
Assim, os alunos terão oportunidades de ampliar seus conhecimentos acerca de conceitos e procedimentos matemáticos bem como do mundo em geral e desenvolver sua autoconfiança” (SCHOENFELD apud PCN, 1998). Ainda, segundo Dante (1991, p.25), “é possível por meio da resolução de problemas desenvolver no aluno iniciativa, espírito explorador, criatividade, independência e a habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela”.
O desenvolvimento científico-tecnológico vem adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional, pois sua contribuição perante a sociedade está crescendo rapidamente, bem como sua utilização no processo de ensino-aprendizagem.
Sendo assim a Matemática, apresenta uma série de variâncias, isto é, ela é divida em vários tópicos atribuído pelas características em que ela pode ser trabalhada. No caso, a matemática Financeira, um dos ramos da matemática (tema do nosso projeto), possui diversas aplicações no atual sistema econômico, algumas situações estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realização de empréstimos compra a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações.
Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo, a essa diferença damos o nome de juros. Esta área da matemática estuda a variação de valores financeiros ao longo de um período de tempo. Tem grande utilidade na tomada de decisões referente a financiamentos, investimentos e compras. Sua importância pode ser verificada, por exemplo, em momentos de confronto com situações cotidianas, em que se precisa recorrer aos conhecimentos dessa área para compreender e solucionar problemas de caráter financeiro, como decidir entre uma compra à vista ou a prazo (SCHNEIDER, 2008). Marasini (2001 apud SCHNEIDER, 2008, p. 10) ressalta sua pertinência:
"É grande a importância que essa parte da matemática tem na vida das pessoas, as quais estão permanentemente cercadas pelos problemas de sobrevivência financeira, necessitando de clareza e autonomia para tomar decisões frente às situações diárias e para que possam compreender as transações comerciais e bancarias das quais se utilizam com frequência."
A Matemática Financeira é um dos conteúdos que compõem o currículo escolar, pertence ao conteúdo programático do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, etapas da vida escolar em que essa disciplina tem plena relevância.
De acordo com Reis (2013), o objetivo do ensino de Matemática Financeira corresponde a interpretar, reconhecer, avaliar, utilizar e propor conceitos de Matemática Financeira, sabendo relacionar e identificar seu papel nas situações cotidianas.
O Ensino Médio é a fase que antecede, muitas vezes, o início da carreira profissional e a relação cada vez mais desprotegida com o mundo, ou seja, o contato direto com situações que exigirão conhecimento e responsabilidade (REIS, 2013).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a matemática no Ensino Médio deve ser encarada pelo aluno como um conjunto de técnicas e estratégias que serão úteis em sua vida profissional e adaptáveis a diferentes contextos (BRASIL, 1999).
A Educação Financeira também é um tema que pode ser integrado à disciplina de Matemática Financeira, pois de acordo com Campos (2012, p. 11):
"Quando nós, professores de Matemática, ouvimos o termo Educação Financeira, podemos associar esta proposta ao estudo de conteúdos como porcentagens, descontos, juros simples ou compostos ou amortizações. De fato, são estes os conteúdos associados à Matemática Financeira que é encontrada, por exemplo, nos livros voltados para a Educação Básica. Entendemos que este estudo pode ser importante do ponto de vista de sua utilização prática e da formação matemática e cidadã dos alunos." (CAMPOS, 2012).
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