O Mercado x Sociedade

O mercado é um determinado local, físico ou virtual, que disponibiliza a possibilidade de troca de bens ou serviços, pode se entender também como sendo uma instituição organizada que mediante aos ofertantes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma relação com o fim de realizar negociações. Essas transações acontecem a partir de um momento que o ofertante gera uma necessidade de compra para o demandante ou o demandante, por si só, necessita de certo produto que esta sendo ofertado no mercado. O mercado considerado perfeito, é aquele onde nenhuma das partes, ofertantes ou demandantes, possas interferir de forma mais pesada no preço final do bem ou do serviço trocado, sendo assim tendo pesos iguais em relação à definição do preço final, deve-se também existir um grande numero de compradores assim como de vendedores para que se possa negociar com vários tipos de ideias, transparência de ideias e sempre acesso livre a informação.

Existem diversos tipos de ideologias politicas que consequentemente impactam de diferentes formas na sociedade, podemos citar algumas delas como liberalismo, neoliberalismo, socialismo, comunismo, capitalismo. Com conhecimento sobre cada um é possível identificar boas perspectivas em todos, assim como podemos identificar pontos falhos visando uma sociedade equilibrada, alguns filósofos defendem que este impasse pode ser resolvido com um sistema de governo misto, onde o governo controlaria algumas áreas e deixaria livre outras para o sistema privado proporcionando igualdade social sem massacrar a individualidade natural do ser humano. Hoje em dia, na maior parte dos países, a ideologia econômica implementada predominante é o capitalismo, mas percebemos grandes diferenças se compararmos a maioria dos países europeus com o Brasil, pois apesar do sistema econômico implementado ser o mesmo, a situação econômica da população é bem diferente e favorável aos europeus, podemos identificar logo de imediato um fator que pode estar sendo determinante para essa diferença econômica, a grande diferença no tempo de criação dos países, a grande maioria dos países da Europa foram criados a mais de mil anos ou já existem com outros nomes e o Brasil foi descoberto apenas em 1500 e a partir desde momento foi iniciado uma forma de civilização ate os dias de hoje, esse tempo de criação interfere no fato de tentativas e acertos, pois assim como a democracia ateniense é usada como base nos dias de hoje para a democracia como conhecemos, com a globalização podemos usar muitos exemplos vindos de outros países para a implementação da nossa cultura e ideologia, mas ainda assim ficamos atrás no que diz respeito à evolução.

Ao analisarmos o mercado econômico como um todo, é evidente que o sistema capitalista deixa grandes marcas na sociedade, ao verificarmos como o movimento da sociedade se desdobra de acordo com o mercado econômico, observamos diversas camadas sociais que estão ingressadas no mesmo ambiente, no qual podemos diferenciar como os “opressores” definidos como a minoria que detém o maior poder econômico dentro da sociedade, “oprimidos” a classe trabalhadora que tem acesso a grande parte do que o mercado oferece, mas não tem o mesmo poder aquisitivo dos “opressores” e os “excluídos” que são grande parte da sociedade que não tem quase nenhum acesso ao mercado, pois detêm pouquíssimos recursos. Essa divisão foi gerada e se mantem, em grande parte da população mundial, devido ao que se chama sociedade de consumo, que é um dos pilares do capitalismo e da ideologia neoliberal, que apesar de resultar em aumento de renda e gerar mais empregos, é necessário um consumo desenfreado para manter essa ideologia que visa sempre o lucro exacerbado a qualquer custo e para que isso aconteça diversos tipos de mentalidade são introduzidas de diversas formas no subconsciente da população, no intuído de trazer a felicidade pela aquisição e acabar nos levando a um ciclo-vicioso de compra->felicidade->frustração->compra->felicidade->frustração, visando sempre o lucro a qualquer custo. Foi implementado na sociedade o sentimento da individualidade involuntária, pois assim é mais eficaz a internalização da ideologia de consumo