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INCLUSÃO DE EX-DETENTOS NA SOCIEDADE E NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  28/5/2017  •  Artigo  •  2.217 Palavras (9 Páginas)  •  1.240 Visualizações

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INCLUSÃO DE EX-DETENTOS NA SOCIEDADE E NO MERCADO DE TRABALHO

                                         

                                                                                                Cledson Rodrigues

             Aluno do 8º semestre de Psicologia. Disciplina: Orientação Educacional

                                                                                       DMA Grupo Educacional

                                                                                     

                                                                                                                  Contato

                                                                                       cledsonrodri@bol.com.br

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RESUMO

Este artigo tem por objetivo instigar a discussão sobre o sistema prisional brasileiro, enfatizando o crescente aumento da criminalidade, retratando o fracasso de nossas politicas publicas na reinserção dos privados de liberdades e a falência do atual sistema.

Neste artigo também é observado as faixas etárias que saturam nossos presídios, sendo a maioria jovem conforme institutos credenciados de pesquisas. Na discussão do artigo é reiterado os desafios da reinserção e a falta de implementação de politicas publicas para um novo modelo de sistema prisional inovador . A importância da orientação profissional e educacional  é apontado com ferramentas estratégicas para que aconteça a reinserção do detento quando receber sua liberdade.

Palavra-Chave: Reinserção de ex – detentos; egresso; mercado de trabalho.

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Pensando nos sérios problemas que enfrenta o nosso país, o tema segurança te sido  assunto de vários debates e  até sinônimo de divindade para boa parte da população brasileira que vive com medo.

O aumento do numero de  presos nas penitenciárias constitui um dos desafios mais complexos para os  gestores públicos do nosso  sistema de justiça brasileiro.  

Segundo o relatório do INFOPEN (Levantamento de Informações Penitenciaria) de dezembro de 2014 o aumento da população carcerária ainda é muito alarmante devido ao seu aumento expressivo e  significativo.

O relatório indica que já ultrapassamos a marca das 622 mil pessoas encarceradas ,com mais de 300 presos para cada 100 mil habitantes sendo que a taxa mundial seria de 144 presos pra cada 100,000 habitantes.

O nosso país é a  quarta nação no mundo com maior numero de presos,ficando atrás somente da China , Rússia e Estados Unidos.

O fato de ser tão alarmante é que enquanto estes países reduzem gradativamente seu numero de presos,o Brasil avança crescendo 7% ao ano aproximadamente.

O encarceramento de mulheres também causa preocupação e vem  acelerando 10,7% ao ano, saindo da casa das 12.925 mulheres encarceradas privadas de liberdades para 33.793 mulheres encarceradas conforme os registros feitos em dezembro de 2014.

Segundo o levantamento de Informações Penitenciaria:

Entre os tipos criminais atribuídos à população carcerária, segundo as grandes categorias do código penal brasileiro, destacam-se os crimes contra o patrimônio, crimes contra e pessoa e crimes  relacionados às drogas que ,juntos, são responsáveis por 87% do encarceramento total.

(INFOPEN –Dezembro 2014).

O sistema penitenciário brasileiro se tornou fator constante de conflito social, que pode ser explicado pela falência de uma metodologia penitenciária ultrapassada. Chegamos a um ponto em que o sistema prisional deve ser revisto. Alternativas devem ser  pensadas.

A prisão, conforme concebida, não está cumprindo as suas funções, não acrescenta peremptoriamente  nada; pelo contrário,  aniquila, destrói, a personalidade de quem passou por esta realidade. A gravidade atual do tema deve-se ao fato de vivermos um momento carente de profundas reflexões acerca da forma como é feita a execução penal no Brasil. Tal carência se traduz na reprodução de velhos procedimentos e práticas de gestão prisional que já nasceram antiquadas cooperando como instrumentos  para o aumento da exclusão dos mesmos  na sociedade ao  invés da inclusão.

É fato que o homem nasceu para ser livre ,porém a historia tem mostrado que o sistema carcerário tem nascido da ameaça que certos indivíduos  desde a antiguidade  tem trazido para sua comunidade. penalizando o individuo por meio de castigos, sem o proposito da recuperação. Relacionando a historia  com o  modelo atual  do nosso  sistema penal brasileiro, não tivemos ainda êxito nesta reflexão no entanto percebemos que o sistema tem mostrado inúmeras falhas na recuperação ou porque não dizer que temos  um sistema falido que  só estigmatiza o individuo ,agindo somente como vingador e não como agente de reinserção  social para as possibilidades visíveis e possíveis. E agindo desta forma, somente fica claro o  mau uso dos impostos arrecadados de  quase 2 bilhões  de reais, gastos anualmente na manutenção carcerária de nossos  presídios.

 O DESAFIO da REINCERÇÂO SOCIAL CONFORME A IPEA

Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada a LEP (Lei de Execução Penal) brasileira enfrenta muitos obstáculos para aplicar seus dispositivos.

A lei em seu artigo 1º decreta  que  “a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”. Neste caso a legislação procura garantir a humanidade e dignidade da execução da pena dando direito aos presos e internos  e outros de assegurar condições para sua reintegração social.

O artigo 10 da nossa constituição assegura  que é dever do Estado dar assistência ao presos  objetivando prevenir  o crime e orientar  para o retorno e convivência em sociedade.

A LEP prevê entre as atenções básicas ,a assistência ,material ,a saúde ,jurídica ,educacional, social e religiosa.

Mesmo com varias implicações polemicas feitas por varias especialistas a ressocialização não é somente uma obrigação porém uma necessidade, que prevê não só a segurança mais dignificar o individuo na vida social e assim promover a paz e a ordem.

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