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Neoliberalismo O Mercado Como Princípio Fundador, Unificador E Autorregulado Da Sociedade.

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Por:   •  9/9/2014  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  2.601 Visualizações

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Neoliberalismo o mercado como princípio fundador, unificador e autorregulado da sociedade.

A nossa sociedade capitalista liberal vêm sendo orientada por duas macrotendências: a concorrencial e a estatizante. A concorrencial prega a liberdade econômica caracterizada por uma economia de mercado auto regulável, defendendo a livre concorrência e a iniciativa privada, desqualificando o público em relação ao particular, priorizando a competitividade, a eficiência e qualidade de serviços e produtos, com uma educação voltada para o mercado de trabalho. A tendência estatizante promove políticas públicas de bem estar social e provoca efetivar uma economia de mercado planejada e administrada pelo Estado. Dentro dessas duas macrotendências existem dois paradigmas, o da liberdade econômica, da eficiência e da qualidade, e o paradigma da igualdade, os mesmos sustentam ideologicamente o processo de modernização, sendo que o paradigma da igualdade prioriza a constituição de uma sociedade democrática, moderna e científica que garanta a liberdade. Ao contrário, o paradigma da liberdade econômica, da eficiência e da qualidade é preconizado pelo liberalismo de mercado, com a mínima participação do Estado e a valorização da privatização.

O neoliberalismo existe para atender aos interesses de países desenvolvidos e à uma sociedade elitista, e impõe sua ideologia fazendo com que a população se convença e acredite que tal economia beneficia a todos, o que podemos perceber que não é real. Neoliberalismo o mercado como princípio fundador, unificador e autorregulado da sociedade.

É possível dizer que o capitalismo/liberalismo vem assumindo duas posições clássicas que se revezam: uma concorrencial e a outra estatizante.

A concorrencial ou estatizante que são as duas posições ou macrotendências como pode ser chamada também, vem orientando historicamente os projetos de sociedade capitalista-liberal, de educação e de seleção dos indivíduos.

A preocupação central da tendência concorrencial, é a liberdade econômica (economia de mercado auto regulável), define-se nas seguintes características: a livre concorrência e o fortalecimento da iniciativa privada com a competitividade, a eficiência e a qualidade de serviços e produtos; a sociedade aberta e a educação para o desenvolvimento econômico em atendimento as demandas e às exigências do mercado; a formação das elites intelectuais; a seleção dos melhores, baseada em critérios naturais de aptidões e capacidade.

Agora, a preocupação central da outra tendência, que é a estatizante, se baseia no conteúdo igualitarista-social, com o objetivo de: efetivar uma economia de mercado planejada e administrada pelo Estado; promover políticas públicas de bem-estar social (capitalismo-social); permitir o desenvolvimento mais igualitário das aptidões e das capacidades, sobretudo pó meio da educação e da seleção dos indivíduos baseada em critérios mais naturais.

E com o desenvolvimento das duas posições ou macrotências, percebe-se a existência de dois paradigmas de condução de projetos diferenciados de modernização capitalista-liberal: esses paradigmas são o da liberdade econômica, da eficiência e da qualidade e o paradigma da igualdade.

Dessa forma, com o auxílio dos dois paradigmas, o liberalismo tem demonstrado capacidade de adaptar-se, de incorporar críticas e de mudar de significado em cada momento (tempo e espaço) próprio do desenvolvimento do capitalismo, expressando sempre uma visão de mundo que mantenha a sociedade capitalista como uma realidade definitiva que se aperfeiçoa para o bem comum.

Há, no entanto, uma percepção mais clara dos sois paradigmas quando se voltam os olhos para as condições objetivas do mundo após a Segunda Guerra Mundial.

No período entre as Guerras Mundiais, em que surge a expressão neoliberalismo, duas tendências liberais estavam presentes: uma que aparece como reação ao liberalismo conservador e ao positivismo, e outra fiel ao liberalismo de J. Locke e A. Smith. È comum notarmos que essas duas posições se opõem na adoção de ações políticas, econômicas, sociais e culturais, para obter hegemonia na condução de um projeto de modernização capitalista.

A primeira tendência, o novo liberalismo/social-liberalismo, que tem J. Dewey (1859-1952) e M. Keynes (1883-1946) como maiores expoentes assume a hegemonia ideológica na sociedade capitalista da Segunda Guerra Mundial até a primeira metade da década de 70, quando então começa a se esgotar.

A segunda tendência, o neoliberalismo de mercado (conservador e elitista), cujo maior expoente é F.A. Hayek, sai de seu estado de hibernação para dar novo fôlego e solução à crise mundial da década de 70, alcançando seu ponto mais alto nos governos de Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Inglaterra).

Devido ao desenvolvimento dessas duas posições (concorrencial e estatizante), é perceptível a existência de dois paradigmas: o da Liberdade econômica da eficiência e da qualidade que está ligado ao capitalismo/liberalismo concorrencial e o da igualdade que está relacionado à posição estatizante-democrática.

O neoliberalismo atende os interesses dos países desenvolvidos, prima por uma política que atenda os interesses do capital transnacional, para tanto, propaga a ideias de que tal economia é benéfica para todos, o que de fato, não é verdade. A democracia referida é restrita e sem finalidades para o estabelecimento de uma sociedade justa.

Esses fatores são refletidos na educação de modo a transmitir a desqualificação do público frente ao privado. O Estado por sua vez, mediante esta perspectiva vai desobrigando-se de sua responsabilidade der oferecer a escola única. Contraditoriamente exige-se mais escolaridade da parte do trabalhador, devendo ele possuir habilidades de comunicação a de avançar científico e tecnologicamente junto à empresa.

O movimento pela qualidade total tem como base o enfoque sistêmico, a administração eficiente e a tecnologia educacional. A tentativa de vincular esse processo à educação é chamada de no tecnicismo.

Com relação a essa perspectiva, a avaliação do sistema e dos indivíduos fica a cargo uma abordagem positivista, na qual, oferece-se a precisão, a rigorosidade e a exatidão.

As Universidades públicas também são submetidas a essa ideologia, com discurso de que a única alternativa para alcançarem competitividade e qualidade seria a de aderirem a privatização. Percebe-se, portanto, diante do que foi pontuada, a existência de um novo desafio para os sistema educacional.

A adaptação das Universidades ao novo paradigma produtivo passa, então, por essa ótica economicista,

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